As declarações de Rui Gomes da Silva sobre a performance dos jogadores do Braga frente ao FC Porto tornaram-se o centro das atenções. Parece que não há nada a discutir no futebol português.
Os empréstimos amputadores como o do jogador do Arouca que não jogou frente ao seu clube mãe, o FCP, os direitos televisivos e as movimentações da NOS e de Joaquim Oliveira para concentrem em si novamente toda a gestão dos mesmos, o desaparecido em combate que é Luis Duque, que passou de Messias a um fantasma.
Mas como parece que todos querem falar disto, vamos falar.
Começando por quem veio a público atacar o vice-presidente do Benfica.
Não são nada mais que a pandilha que tem passado a mensagem de que o Benfica andava a ser beneficiado pelos árbitros.
Começando pelo presidente do Braga, passando pelo treinador(que me parece ter sido o único a ser genuíno na sua indignação), indo ao Dragão com o saloio do espanhol também a falar do que (não)sabe, e culminando ontem no azeiteiro ex-treinador que na SICN veio armar-se em virgem ofendida.
Só quem não era nascido ou não tem memória é que não se lembra das performances do azeiteiro ex-treinador azul de coração quando treinava equipas da Primeira Divisão. Contra o Benfica até a relva saltava, contra o FCP era uma auto-estrada. Portanto, se estamos a falar de seriedade, este está fora.
O treinador do FCP é um saloio pouco habituado aos holofotes. E por isso fica empolgado com as mensagens que o Cerqueira lhe passa para ler. Daí que de repente até sabia que RGS tinha sido ministro. Mas caro Lopetegui: sabe o clube em que está? Então esteja calado.
O Salvador é outro cujas motivações já se conhecem. Daí que ouvi-lo ou não é quase a mesma coisa. Tem o mesmo peso na opinião pública que o Luis Filipe Meneses. Zero. E por isso é que precisou de reforços como o treinador do Porto ou dos comentadores ao serviço da causa condenada por corrupção.
O que já não parece muito normal é a falta de resposta por parte dos camaradas de direcção do clube face aos ataques a RGS.
Nem João Gabriel, esse benfiquista-novo, foi capaz de produzir umas palavras sobre o tema.
E isto leva-me às declarações de António Simões. Tão incisivas que foram que, na minha opinião, deixam mais um sinal claro de que há quem queira RGS afastado do Benfica e se possível com a imagem queimada. Logo António Simões, que ainda há-de explicar à malta o que fez de tão estrondoso após ter deixado de jogar à bola para ter tanta moral.
Andou aos caídos a tentar ser treinador ou dirigente, com os fracassos que se conhecem.
O que RGS disse foi o que todos pensamos. É o mesmo que tantos disseram e escreveram tantos anos e que só foi tornado público por mérito do Apito Dourado.
Podia RGS ter-se resguardado? Podia mas essa não é a sua maneira de estar, ao contrário de muitos politicamente cobardes. E foi isso que o levou a ser o único comentador benfiquista aguerrido mas com nível nos programas desportivos. Longe das badernas dos Serrões, Guerras, Barrosos ou outros bandalhos.
Excede-se RGS algumas vezes? Sim e certamente que ele será o primeiro a entender esses momentos e a aprender com eles. Mas se excluirmos isso, RGS tem estado sempre certo nos seus vaticínios.
Lembram-se de quem deu a cara contra JO quando mesmo no Benfica ninguém o fazia?
Será uma coincidência que, noutro momento em que se negoceia com a Olivedesportos o futuro dos direitos televisivos, se queira silenciar ou afastar RGS da ribalta?
Será uma coincidência que se tenha de deixado de ver RGS em muitas das comitivas do Benfica aquando dos jogos fora?
Será uma coincidência RGS ter-se excluído da SAD?
Há temas mais importantes com que nos preocuparmos neste momento.
As arbitragens dos jogos que aí vêm, a formula que JO quer impor no que toca ao futuro modelo de direitos televisivos, as finanças do Benfica e da BTV e em como isso pode condicionar o futuro, enfim.
Espero que este caso hoje fique encerrado. "O Dia Seguinte" de hoje vai certamente ter umas audiências do outro mundo.
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