A Justiça portuguesa continua efectivamente a prestar um excelente contributo à sociedade portuguesa. Desta feita o Tribunal da Relação do Porto confirmou a condenação a 25 meses de prisão, com pena suspensa, de um adepto do Benfica que lançou um petardo no Estádio do Dragão em maio de 2010.
Sensivelmente 1 ano e meio volvido após o célebre Clássico que fruto das demagogias de Pinto da Costa contou com de tudo um pouco, e no qual a PSP do Porto, por intermédio de um seu emissário, reiterou que «nada se passou» e tudo foi fruto da imaginação encarnada, finalmente começamos a ver «justiça».
A novidade que os últimos meses trouxeram até aos portugueses é que a Juve Leo – segundo parece - também não está acima da lei. Isto já depois de em maio de 2010 a sentença relativo ao processo dos No Name Boys ter por sinal resultado em penas efectivas de 12 anos. O douto presidente do colectivo de juízes - o magistrado Renato Barroso, sócio do FCPorto e ex-presidente da MAG da Casa do FCP em Lisboa – decidiu assim por bem ter mão pesada sobre os «energúmenos» encarnados.
Quanto à recente decisão do Tribunal da Relação do Porto, tem como pano de fundo o arremesso de um petardo por parte do benfiquista para "para junto da bancada dos adeptos" portistas (que por acaso não feriu nenhum) e agrediu um polícia com dois pontapés, um na perna esquerda e outro no abdómen (não tendo, no entanto, provocado qualquer ferimento).
Subscrevo que a violência deve ser banida do futebol, e partindo do princípio que as penas pesadas podem contribuir para que tal aconteça, basta que sejam aplicadas de um modo transversal. Penso que importa não esquecer como o Tribunal de Penafiel “condenou” António Oliveira, conhecido como "Tony do Seco", a uma multa mixuruca de 900 euros por ter agredido um GNR antes de um FC Penafiel–FC Porto, e por acréscimo ilibou Hélder Mota, que foi acusado de agredir guardas e de vender bilhetes antes do desafio.
Se na questão do benfiquista foi a questão do petardo, convém também recordar que no Clássico de Hóquei em Patins FC Porto-Benfica de 2005, num lance de ataque da equipa benfiquista, um petardo foi lançado por um elemento dos Super Dragões e ao rebentar feriu inclusivé um jogador Benfiquista.
Agora perguntem-se o porquê de dois pesos e duas medidas.
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