O que falhou nas operações de segurança ontem - parte 2

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Monday, May 18, 2015

O que falhou nas operações de segurança ontem - parte 2

Quando este dia deveria ser de alegria e reflexão sobre o #34, eis que a violência em Guimarães e em Lisboa emergem como alvo prioritário de análise.

Em Lisboa:
Na minha opinião, o erro foi,  como já li num comentário neste blogue, fazer uma festa a pensar na TV e em imitar outras festas como as de Madrid.


Toda a cerimónia com os jogadores e as mensagens dos antigos atletas teria sido o ideal para fazer no último jogo na Luz. E o lógico. A segurança de todos, inclusive dos atletas, é assegurada. Além de que isso lugar certo para isso é mesmo o Estádio da Luz!

Então a ideia de montar uma "tenda VIP" nas imediações é ridícula e típica de novos-ricos. O SL Benfica não é nada disso.

Mas além do planeamento da festa,  antes teria de haver o planeamento de segurança. E mais uma vez aí também há falhas graves.
 
No ano passado, a festa embora espontânea na medida do possível teve um planeamento diferente privilegiando o contacto com todos os adeptos. 
Em termos de segurança, evitou o que se passou este ano.


No ano passado, devido à passagem do autocarro descoberto com os atletas foram criadas várias caixas de segurança que impediam a circulação descontrolada de pessoas. Num ajuntamento com tanta gente isso é uma mais valia. 

No ano passado quem queria festejar e saudar os jogadores esperou onde estava.

Este ano não existiam caixas de segurança. 
O arremesso de dezenas de petardos e de latas de cerveja cedo começou a anunciar o que viria a suceder.


Eram às dezenas a quantidade de gandulos que circulavam aos encontrões em toda a gente, sempre com uma postura provocatória e esperando reacção.


A PSP ía fazendo o que podia com algumas detenções. Enquanto a equipa aterrava na Portela, já alguns feridos eram assistidos.

Segundo alguns relatos que me chegaram da zona onde tudo começou, já desde as 22h e pouco alguns elementos estavam preocupados em contar o número de policias na zona bem como o número de carrinhas das forças da ordem na zona do Marquês.

Elementos esses que seriam vistos a arremessar garrafas mais tarde contra 
a multidão e a polícia.

As imagens dizem o resto. 
O fim de festa antecipado pelas piores razões.


Uma polícia que usa a força de forma desproporcionada com arruaceiros e com cidadãos pacatos. 
Uma polícia que tem nas suas fileiras gente mal formada e que usa estes momentos para descarregar, como o polícia que coloca o cacetete na virilha num gesto inqualificável e indigno de um agente da autoridade.


Quem um dia disse que limpar cadastros seria uma medida para não marcar ninguém para o futuro esqueceu-se de que agora alguns desses antigos cadastrados hoje, fruto dessa limpeza, vestem uma farda.


Mas a polícia e os arruaceiros, no âmbito do fenómeno desportivo,  não ficam com todas as culpas. 
Na parte 3 abordarei essa vertente.

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