Os porta-vozes oficiosos dos regimes

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Monday, January 5, 2015

Os porta-vozes oficiosos dos regimes





O episódio sucedido com o Sporting envolvendo presidente, treinador e o comentador José Eduardo foi exemplificativo do efeito perverso que pode ter o envio de recados por terceiros, tornados porta-vozes oficiosos dos presidentes, revelando no seu discurso uma aparente legitimidade como tal e nunca sendo desmentidos pela parte dos que os nomeiam oficiosamente.

No caso de José Eduardo, conseguiu passar de comentador bastante credível (até muito mais do que o foi como jogador), a uma espécie de Luis Filipe Meneses do desporto. Morreu para qualquer cargo a que ambicionasse chegar num futuro próximo. 

Custa-me a perceber o que levou José Eduardo a ser uma voz do dono sujeitando-se agora à figura de fralda descartável. Usou, enrolou e vai fora.
Aliás, neste embróglio do Sporting curioso é também o pormenor de ter sido um vice do clube, neste caso Inácio, a intervir junto de Marco Silva para que o treinador se sentasse com José Eduardo.

Que dirigente se sujeita a isto? Um que procura tacho. Só.

Mas no SL Benfica temos também alguns exemplos disso. Coloco a foto de Pedro Guerra mas não é o único, cujas aparições na CMTV não passam de uma triste propaganda que em nada beneficia o Benfica nem aumenta a sua popularidade ou tolerância por parte dos outros. 

Exigimos fair-play ou respeito aos outros e depois temos frases como aquela de ontem em que se dizia que Jorge Coroado não percebia nada de arbitragem de uma forma quase ofensiva. 
Gritos e insultos pessoais aos comentadores que participam no painel em qualquer assunto em que se discorde. 
Tudo isto coroado com aquele telefonema para a BTV já conhecido.

E diz quem sabe que o presidente do Benfica vê em Pedro Guerra um grande exemplo de benfiquismo. 

Nada disto é no entanto inovador.

O primeiro aprendiz de feiticeiro a usar isto foi Pinto da Costa. Aprendeu tudo o que conseguiu com o seu mestre, Pedroto, executava na perfeição a defesa do treinador e principal incitador do ódio no futebol português, e assim que conseguiu provocou a revolução no FC Porto onde os que preferiam um clima de paz foram expulsos, até ao dia de hoje.

É com muita preocupação que vejo Benfica e Sporting imitarem este método da dupla Pinto da Costa/Pedroto.

No Sporting, a massa associativa que em tempos parecia adormecida perante o servilismo do clube ao FC Porto deu uma prova clara de que nenhum presidente pode ir contra a vontade esmagadora dos adeptos.
As redes sociais tiveram nisto um papel fundamental. Veremos até quando.

No Benfica, não conheço um benfiquista de gema que se reveja no papel deplorável que Pedro Guerra ou outros como ele desempenham como supostos representantes do SL Benfica. Não é por acaso que se no passado era o autocarro do FC Porto que era apedrejado por todo o país em virtude do ódio que faziam questão de cultivar junto de todos os outros, hoje é o SL Benfica que é recebido com hostilidade por algum do país, fruto do clima que os "Pedros Guerras" e outros propagandeam como sendo "bom benfiquismo".

Lamento que o FC Porto e Pinto da Costa sirvam de exemplo para alguém. Todos os seus métodos deveriam provocar repugnância junto de todos os que amam o desporto, os seus clubes e o fair-play.

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