Nos bastidores do futebol português jogam-se cartadas decisivas para o futuro do actual "statu quo" e para o futuro dos "barões da bola", onde estão nomes como Joaquim Oliveira, Pinto da Costa, Lourenço Pinto, Fernando Gomes e Jorge Mendes - o que doravante passarei a apelidar de "G5" do futebol português.
Este contexto não se esgota na Liga Portuguesa. O G5 tem interesses em todos os campeonatos nacionais, desde o novo CNS até à I Divisão... com extensão à UEFA - já aqui vos referi o que, na minha opinião, é o posicionamento que Fernando Gomes e Pedro Proença procuram no contexto da "Europa do futebol" (O Proença saberá esperar pelo "MasterPlan"?).
Um funciona como principal fonte de receita dos clubes (e está em dificuldades financeiras), outro é o principal aglutinador dos beneficios e da sua distribuição em campo (e está numa situação de não poder perder o próximo campeonato seja de que fora for), outro é o elo de ligação entre as associações nacionais (e tem visto a sua capacidade de influência reduzir-se com as revisões estatutárias), outro é o testa de ferro dos anteriores nos orgãos de liderança do futebol (primeiro Liga, depois FPF) e porventura o único que ainda está em estado de graça e por fim o ultimo é, tal como o primeiro, uma importante fonte de receita e angariação de jogadores para os clubes que colaborarem com o Sistema.
Nada se faz sem dinheiro, percebe-se por isso a importância que tem o "ataque feroz" de Mário Figueiredo ao império dos direitos televisivos em Portugal. A alteração dos "poderes" em Portugal pode fazer "falir" toda a estratégia e afastar Fernando Gomes do "projecto Europeu à Durão Barroso", limitando os benefícios que podem dar aos "grupo/clubes dos amigos do G5" e com isso reduzindo fortemente a sua capacidade de influência e submissão a alinhar com as estratégias de liderança do futebol nacional em campo e fora dele e ainda reduzir a sua exposição à circulação de jogadores apenas porque interessam a determinadas pessoas, nomeadamente ao "todo poderoso".
Mário Figueiredo está ao ataque directamente ao coração do "G5"! Se vencer, irá mudar o futebol português para sempre e dará início à regeneração do futebol. Assistiremos à "fuga" ou à fuga (mesmo, sem aspas) de alguns dos responsáveis deste G5 não só do futebol como mesmo do país, antecipando que o "levantar do tapete" possa vir a mostrar o "lixo" que tem sido escondido.
Infelizmente, os clubes mais interessados na "limpeza do futebol", ou pelo menos que deveriam mesmo estar interessados (veremos se estão) parecem ser os testículos desta história... "Não atrapalham, mas também não entram", uma posição que tornou Portugal famoso na II Guerra Mundial.
Se correr bem, cá estarão para posar para a fotografia e recolher os louros juntamente com o herói da mudança. Se correr mal, assim como assim não estavam a apoiar, pelo que não lhes podem assacar responsabilidades. Posição cómoda, hein...
Nem apoiam, nem deixam de apoiar... andam por ali a ver o que dá, por vezes apoiando nos bastidores e não o fazendo publicamente... ou o contrário. Ainda nas últimas eleições da Liga ficaram famosos alguns telefonemas "de bastidores" a apelar ao voto dos Clubes em terminada candidatura que, depois, não era apoiada publicamente. Houve até quem não votasse em ninguém para poder dizer a todos que não apoiava o opositor.
Posição cómoda, como digo! Num momento em que, com sorte e muito engenho, pode dar-se a viragem do futebol português, exige-se mais de quem mais quer (será que quer?) mudar o futebol português e lutar pela verdade desportiva.
E quando falo e exigir mais não falo em alianças! NÃO! Impossível sentar à mesa com quem não tem os mesmos interesses, com quem não quer a verdade desportiva nem a seriedade e honestidade do futebol nacional. Essa ideia começou na pseudo-campanha eleitoral de José Eduardo Moniz, foi depois reforçada já em funções quando falou na normalização das relações com o FCPorto e culminou na penultima entrevista do Presidente a afirmar que seria o caminho a estabilização do futebol.
Pois claro... já todos sabemos quem sai a ganhar quando todos se juntam "pelo futebol português". Não é sequer preciso ir muito atrás na história.
Uma coisa é certa, os adeptos não vêem, mas os bastidores estão "a arder" e tudo pode mudar drasticamente, pode dar-se a queda de um regime com mais de 30 anos a prejudicar o futebol português... ou podem mudar algumas questões de fachada e manter-se tudo basicamente na mesma ou perto disso, deixando a ilusão de mudança.
Qual das vias acontecerá? Ninguém sabe, mas para ser a "queda de regime" é preciso que não deixem Mário Figueiredo a lutar sozinho e lhe dêem poder de fogo, é preciso dizer-lhe "I cover your back" e que ele sinta que não está a lutar por uma convicção dele, mas sim pelo um bem comum. Mas será que todos pensam assim?
Um funciona como principal fonte de receita dos clubes (e está em dificuldades financeiras), outro é o principal aglutinador dos beneficios e da sua distribuição em campo (e está numa situação de não poder perder o próximo campeonato seja de que fora for), outro é o elo de ligação entre as associações nacionais (e tem visto a sua capacidade de influência reduzir-se com as revisões estatutárias), outro é o testa de ferro dos anteriores nos orgãos de liderança do futebol (primeiro Liga, depois FPF) e porventura o único que ainda está em estado de graça e por fim o ultimo é, tal como o primeiro, uma importante fonte de receita e angariação de jogadores para os clubes que colaborarem com o Sistema.
Nada se faz sem dinheiro, percebe-se por isso a importância que tem o "ataque feroz" de Mário Figueiredo ao império dos direitos televisivos em Portugal. A alteração dos "poderes" em Portugal pode fazer "falir" toda a estratégia e afastar Fernando Gomes do "projecto Europeu à Durão Barroso", limitando os benefícios que podem dar aos "grupo/clubes dos amigos do G5" e com isso reduzindo fortemente a sua capacidade de influência e submissão a alinhar com as estratégias de liderança do futebol nacional em campo e fora dele e ainda reduzir a sua exposição à circulação de jogadores apenas porque interessam a determinadas pessoas, nomeadamente ao "todo poderoso".
Mário Figueiredo está ao ataque directamente ao coração do "G5"! Se vencer, irá mudar o futebol português para sempre e dará início à regeneração do futebol. Assistiremos à "fuga" ou à fuga (mesmo, sem aspas) de alguns dos responsáveis deste G5 não só do futebol como mesmo do país, antecipando que o "levantar do tapete" possa vir a mostrar o "lixo" que tem sido escondido.
Infelizmente, os clubes mais interessados na "limpeza do futebol", ou pelo menos que deveriam mesmo estar interessados (veremos se estão) parecem ser os testículos desta história... "Não atrapalham, mas também não entram", uma posição que tornou Portugal famoso na II Guerra Mundial.
Se correr bem, cá estarão para posar para a fotografia e recolher os louros juntamente com o herói da mudança. Se correr mal, assim como assim não estavam a apoiar, pelo que não lhes podem assacar responsabilidades. Posição cómoda, hein...
Nem apoiam, nem deixam de apoiar... andam por ali a ver o que dá, por vezes apoiando nos bastidores e não o fazendo publicamente... ou o contrário. Ainda nas últimas eleições da Liga ficaram famosos alguns telefonemas "de bastidores" a apelar ao voto dos Clubes em terminada candidatura que, depois, não era apoiada publicamente. Houve até quem não votasse em ninguém para poder dizer a todos que não apoiava o opositor.
Posição cómoda, como digo! Num momento em que, com sorte e muito engenho, pode dar-se a viragem do futebol português, exige-se mais de quem mais quer (será que quer?) mudar o futebol português e lutar pela verdade desportiva.
E quando falo e exigir mais não falo em alianças! NÃO! Impossível sentar à mesa com quem não tem os mesmos interesses, com quem não quer a verdade desportiva nem a seriedade e honestidade do futebol nacional. Essa ideia começou na pseudo-campanha eleitoral de José Eduardo Moniz, foi depois reforçada já em funções quando falou na normalização das relações com o FCPorto e culminou na penultima entrevista do Presidente a afirmar que seria o caminho a estabilização do futebol.
Pois claro... já todos sabemos quem sai a ganhar quando todos se juntam "pelo futebol português". Não é sequer preciso ir muito atrás na história.
Uma coisa é certa, os adeptos não vêem, mas os bastidores estão "a arder" e tudo pode mudar drasticamente, pode dar-se a queda de um regime com mais de 30 anos a prejudicar o futebol português... ou podem mudar algumas questões de fachada e manter-se tudo basicamente na mesma ou perto disso, deixando a ilusão de mudança.
Qual das vias acontecerá? Ninguém sabe, mas para ser a "queda de regime" é preciso que não deixem Mário Figueiredo a lutar sozinho e lhe dêem poder de fogo, é preciso dizer-lhe "I cover your back" e que ele sinta que não está a lutar por uma convicção dele, mas sim pelo um bem comum. Mas será que todos pensam assim?
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