Luís Filipe Vieira na entrevista de ontem negou a existência de um "aval pessoal" a créditos concedidos ao BES, no âmbito da conta caucionada que o Benfica tinha ou ainda tem com aquela instituição.
Algumas pessoas afirmaram que apenas existiam como garantias dadas ao BES futuras receitas de direitos televisivos e de bilheteira, e outras pessoas tentaram negar a existência de um "aval pessoal".
Nessa medida como tem existido muita desinformação sobre este assunto, incluindo por parte do próprio Presidente do Benfica, nada melhor do que consultar as GARANTIAS PRESTADAS e que constam do R&C da Benfica SAD 2012/2013, na altura em que o crédito de curto prazo do BES se iniciou e foi sendo renovado e ampliado:
Nessa medida como tem existido muita desinformação sobre este assunto, incluindo por parte do próprio Presidente do Benfica, nada melhor do que consultar as GARANTIAS PRESTADAS e que constam do R&C da Benfica SAD 2012/2013, na altura em que o crédito de curto prazo do BES se iniciou e foi sendo renovado e ampliado:
Em termos históricos o Benfica deu as seguintes garantias aos Bancos:
- Project Finance: todos os saldos da conta da SAD e créditos de utilização do estádio.
- Renegociação do project finance: contratos que na altura existiam da Olivedesportos e também o contrato com a PT. Desde 2002 o contrato com a Adidas também foi considerado.
- Reestruturação do Grupo Benfica: penhor sobre todas as acções da Benfica Estádio, bem como de todos os suprimentos e/ou prestações acessórias, no montante de 29.297.419 euros.
- Banco Efisa: Livrança
- CGD (Caixa Futebol Campus):
- Hipoteca de primeiro grau sobre o direito de superfície dos terrenos sitos no Seixal.
- Penhor de créditos do contrato de naming e patrocínio com a Caixa Geral de Depósitos
- Penhor de créditos provenientes das receitas dos bilhetes de época associados aos títulos Fundador e Centenário a partir da época 2010/2011, inclusive.
- Domiciliação do pagamento a partir de 1 de Julho de 2013 de créditos referentes ao contrato de utilização das lojas do Centro Comercial actualmente exploradas pelas sociedades Adidas Portugal, etc.
Com os financiamentos do BES, em 2009 ao nível do "papel comercial" foram fornecidas como garantia as receitas do contrato celebrado com a Central de Cervejas.
No entanto, a partir de Maio 2013 tudo muda com o BES, sendo que para o tal financiamento da "conta-caucionada de curto prazo" (54M€+10M€) o BES pediu desde o início como garantia passes de jogadores com valor contabilístico de 38,1M€, e também a entrega de 2 livranças!!!
Para quem não sabe o que são livranças, "a Livrança é um título de crédito, que se traduz numa promessa de pagamento, na qual o subscritor (devedor) se compromete a pagar à ordem do seu credor (Banco), uma determinada importância, num prazo determinado.".
Em todas as instituições bancárias, "a principal garantia de uma Livrança subscrita é o aval dos sócios e cônjuges". Em muitas instituições bancárias a livrança chega a ser assinada com valor em branco, como sabem os milhares de portugueses que já tiveram de realizar crédito à habitação e assinar uma Livrança como garantia a entregar ao banco.
Será que Luís Filipe Vieira esqueceu-se das 2 Livranças que teve de assinar e entregar ao BES como garantia do empréstimo de curto prazo?
Luís Filipe Vieira ontem também não conseguiu lembrar-se do valor da clausula de rescisão de Gaitan, e como tal irei considerar que ao nível do "aval pessoal" não terá existido uma "falta à verdade," mas sim outro "esquecimento" por parte de Luís Filipe Vieira, ao não se lembrar das livranças que assinou ;)
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