José Eduardo Moniz: "Banca perdoou dívida ao Sporting"José Eduardo Moniz, em entrevista exclusiva a Bola Branca, critica a actuação da banca portuguesa quando, há um ano e meio, decidiu beneficiar o Sporting com um "perdão de dívida".
O posicionamento da banca relativamente às conhecidas dificuldades financeiras dos leões é alvo de críticas por parte do Benfica, com o administrador da SAD e vice-presidente do clube a criticar o facto.
"Há cerca de um ano e meio [altura da eleição de Bruno de Carvalho como presidente do Sporting], o sistema financeiro introduziu um factor de distorção competitiva inexplicável, quando decidiu perdoar a um determinado clube dívida contraída e quando em relação à dívida remanescente, decidiu reescaloná-la em 20 anos. De alguma forma, o que acabou por se verificar foi que um conjunto de administrações que não geriu tão bem o clube, acabou por ser premiada. É natural que haja reservas da parte do sistema financeiro e, da parte do Benfica, legítimas preocupações face ao que o sistema financeiro fez", salienta o dirigente dos campeões nacionais.
"Não pode haver filhos e enteados", prossegue Moniz, considerando que foram proporcionadas "condições a um clube que outros nunca tiveram".
"O Benfica e o FC Porto são clubes cumpridores e não tiveram nem perdões de dívida, nem taxas de juro de favor, nem incumpriram pagamentos de juros ou de capital", argumenta José Eduardo Moniz.
Quanto às relações com o Novo Banco - instituição que foi formada na sequência da grave crise do Banco Espírito Santo -, Moniz considera que deverão ser boas, lembrando que a instituição tem muitos problemas para resolver, reforçando que não acredita que a entidade vá colocar os parceiros cumpridores "no topo da sua agenda".
"O Novo Banco tem muitos problemas graves para resolver. Não estou a ver que o Benfica, que nunca teve de um perdão de dívida, que nunca beneficou uma taxa de juro de favor e que nunca incumpriu um prazo de pagamento de juros ou capital esteja no topo da agenda dos assuntos que o Novo Banco precisa de tratar. O Benfica sempre se portou bem nas relações com a banca e era estranho que fosse encarado com reserva ou cepticismo nessas circunstâncias", assegura.
Fonte: Rádio Renascença
Depois, do post exclusivo que escrevi a 7 de Agosto "A ligação entre o BES, Benfica e Promovalor" que apresentou em primeira mão a existência de fortes tensões entre o NovoBanco e o Benfica, confirmadas pelo Expresso a 9 de Agosto, nesse mesmo dia o Director de Comunicação do Benfica João Gabriel reagiu e deixou um "recado" ao NovoBanco (link).
Hoje, 13 de Agosto é a vez do Vice-Presidente do Benfica José Eduardo Moniz deixar outro "recado" demasiado evidente sobre as "tensões" que se estão a verificar entre o Benfica e o "NovoBanco".
Na altura do "Exclusivo" que decidi publicar, muitos benfiquistas não acreditaram e chegaram mesmo a "criticar" e a "atacar", incluindo alguns bloggers benfiquistas. Só que agora, após as declaração de João Gabriel e de José Eduardo Moniz, a situação já é demasiado óbvia para ser "negada" por quem quer que seja.
Como já tive a oportunidade de escrever, sendo o "NovoBanco" uma instituição financeira que precisa de se valorizar no médio-prazo, se decidir cortar a parceria que tem com o Benfica essa decisão tornar-se-á na decisão mais incompentente de Vitor Bento. Basta analisar o que aconteceu à Controlinveste que 1 ano após ficar sem a parceria com o Benfica teve de ser reestruturada. No caso do "NovoBanco" a debandada de receitas, clientes e depósitos também será uma realidade.
Atendendo a estas declarações do Director de Comunicação e também do Vice-Presidente do Benfica, acredito que amanhã à noite o Presidente do Benfica Luís Filipe Vieira poderá abordar esta questão, na entrevista que vai dar à BenficaTV, e colocar ainda mais pressão no tema "NovoBanco".
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