Se a FIFA é assim, que esperança existe para um futebol limpo?

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Thursday, June 12, 2014

Se a FIFA é assim, que esperança existe para um futebol limpo?


Para quem não perceber inglês peço desculpa. John Oliver é um comediante na linha de Jon Stewart: diz as verdades sobre o disfarce de um jornal satírico mas onde se acabam por colocar as questões mais pertinentes e se divulgam mais factos do que em qualquer jornal "de verdade".

Neste segmento descreve eloquentemente o lodaçal que a FIFA se tornou. Uma organização corrupta que não olha a meios para atingir or seus fins. Uma organização que:
1 - Exige isenção total de impostos para atribuir a organização do Mundial a um país, recolhendo todos os lucros de tal organização,
2 - Consequentemente o país escolhido tem que recuperar sozinho, financeiramente de investimentos avultados em estádios que são inúteis para o dia a dia dos cidadãos e que desviaram dinheiro necessário noutras áreas (como saúde, educação, etc),
3 - Obriga os países a retirarem leis de prevenção de consumo de álcool em recintos desportivos para beneficiar os seus patrocinadores,
4 - Ignora por completo as condições de segurança dos trabalhadores que constroem os estádios para o Mundial como se observa com a escolha do Qatar para 2022. Como é que é possível a FIFA atribuir a organização do Mundial a um país assente em trabalho escravo? Onde os trabalhadores são obrigados a entregar o seu passaporte e de onde não podem sair sem autorização do empregador?

Eu lembro-me de uma FIFA que promovia a luta pelos Direitos Humanos, que tinha em consideração factores para além do dinheiro que entrava na conta bancária dos seus dirigentes quando escolhiam os Mundiais.
Neste momento a FIFA tornou-se um Estado supra-nacional e que não tem que respeitar nenhuma Lei ao não admitiram que nenhuma decisão de Justiça não-desportiva se sobreponha á "Justiça" da própria FIFA.

Com esta FIFA (tal como com esta UEFA) isenção desportiva é uma utopia. A verdade desportiva está subordinada aos interesses económicos e aos jogos de poder e influência. Isto torna-se cada vez mais evidente a cada Mundial (e a cada Liga dos Campeões). No fundo, trata-se do triunfo de uma visão para o mundo do futebol "Pinto da Costiana" - uma visão em que jogadas de influência nos bastidores, subornos (monetários e de conforto) decidem o que se passa no campo e não o contrário.

Boa sorte a Portugal neste Mundial e para este futuro no futebol!

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