1. Que não deveria sair ninguém
2. Que quem sai, só pode ser pela cláusula.
Ora, como ja deu para perceber, estão as duas premissas totalmente erradas - salvo uma ou outra excepção e mesmo assim...
O que quero dizer com isto é que em relação ao primeiro ponto, o Benfica TEM OBRIGATORIAMENTE de fazer 50 a 70M€/ano em vendas de jogadores. É assim que está montado o modelo de gestão, ainda que esse conceito possa ser muito discutível, e é.
Isto leva-nos ao segundo ponto: os jogadores, tendo nós que os vender mesmo, valem o que o mercado der por eles e, face às circunstâncias, formos capazes de dificultar a missão dos compradores. E aqui, mais uma vez, acho que poderíamos fazer um melhor trabalho, mas admito que não seja nada fácil.
Dito isto, ja aqui deixei várias vezes a minha convicção que o Benfica vai perder grande parte da "armada argentina", salvando-se o Salvio mas apenas porque teve uma infelicidade com a lesão grave.
Temos que nos mentalizar que vamos perder Garay, Enzo e Gaitan, pois não temos capacidade de sustentar uma massa salarial condizente com o estatuto europeu que os jogadores atingiram futebolisticamente.
E vamos perdê-los portanto porque temos que os perder... E pelo valor que derem por eles, sendo a nossa missão tornar esse processo o mais duro possível para aumentar o mais possível a parada.
Porém, num plantel tão rico em qualidade como o do Benfica há dois factores que temos que ter em conta:
1. Até que ponto esticamos a corda nas negociações.
2. Qual a relevância do jogador em causa e a capacidade de dar à equipa uma alternativa.
Se para o lugar do Garay e do Gaitan eu sou da opinião que há vários jogadores de qualidade que podemos ir buscar para repor - com custo financeiro, claro - no caso do Enzo a missão é muito mais complexa por se tratar do coração desta equipa e de um dos órgãos vitais do plantel.
Portanto, se no caso do Gaitan é aceitável e que saia abaixo da cláusula - desde que perto dela e com objectivos e eventualmente jogadores envolvidos, até tendo em conta ser um jogador fantástico, mas irregular ao longo do ano.
No que toca ao Garay e Enzo a minha opinião é diferente, por diferentes motivos:
O Garay tem uma cláusula relativamente acessível para a tremenda qualidade e experiência do jogador. O Enzo tem uma importância excepcional no plantel e na equipa tornando-se um processo de muito longo prazo a sua substituição.
Assim sendo, negocialmente é minha convicção que o Benfica deveria ser instransigente com os valores de transferencia de ambos os jogadores (Garay e Enzo), mas ser mais flexível com o Gaitan - reforço mais uma vez que isto é obviamente tendo em conta o pressuposto de ter de vender e fazer mais valias.
Se isso representar um "esticar a corda" das negociações e acabarem por não se efectivarem, o SLBenfica tem neste momento uma cartada que não tinha: alternativas para venda. Portanto mantendo um desses por inflexibilidade negocial, poderíamos sempre abrir espaço negocial para manter um desses e libertar o Salvio e/ou Markovic, que na minha óptica se irão manter no Benfica.
Nesse caso dever ser proposta aos jogadores uma renovação contratual com revisão em alta do ja pesado salário, porque isso vai implicar menor esforço de novas contratações e, com isso, menores custos com salários nesses jogadores.
Outro caso que ja aqui chamei a atenção que devemos ser intransigentes e até, se possível, rever o contrato e a cláusula com urgência: Jan Oblak.
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