Há por aí quem vá dizendo que o City pagou 1M€ por um menino de 15 anos, mas na verdade pagou 500.000€, aos quais se comprometeu juntar outro tanto caso o Rony chegasse a jogar pelos seniores do City.
Chegou ao Benfica em 2006 e saiu em 2011 depois de algumas observações do Manchester City que conta, na sua estrutura de observadores, com o português Pedro Marques que fazia parte da equipa de scouting do Sporting.
Quando saiu do SLBenfica, Rony Lopes já marcava a diferença mas não era o único. Jogadores como o Filipe Nascimento ou o Rafael Guzzo, dos juniores e da equipa B do Benfica respectivamente eram jogadores que mostravam um potencial muito próximo do Rony Lopes e que poderiam perfeitamente, num contexto semelhante, chegar a patamares próximos do luso-brasileiro.
Então se assim é porque o Filipe Nascimento este ano nem joga a titular nos juniores e o Guzzo também não é aposta certa na equipa B? A resposta está em dois factores: Metodologia e Planeamento.
Quem acompanha o futebol de formação sabe que no jogo jogado, no contexto de movimentação colectiva, há pelo menos três/quatro anos que o SLBenfica é muito superior ao SportingCP. A equipa, como um todo, onde actuavam Miguel Rosa, Nelson Oliveira, Miguel Victor etc era muito superior à equipa de Adrien, Carriço e Patrício. Mas individualmente os jogadores do Sporting (e escolhi propositadamente jogadores que não são "estrelas") afirmaram-se com maior facilidade que os jogadores do Benfica.
Portanto, ao nível da metodologia de trabalho, o SLBenfica privilegia o contexto de equipa ao nível dos escalões de formação ao invés do "trabalho individual" dos jogadores. Ou seja, na formação do SLBenfica não há tanta preocupação em desenvolver as lacunas técnicas, físicas e mentais dos jogadores, mas sim em contextualiza-los em "algo maior" que é o interesse e a integração colectiva.
É uma metodologia como qualquer outra e ao nível dos escalões de formação tem um resultado prático: Mais vitórias, melhor qualidade de jogo, melhor dinâmica de jogo.
Contudo, tem um problema: Não forma jogadores, forma equipas... o que não seria mau de todo se fosse possível transitar 11 ou 15 jogadores por ano para a equipa senior, algo que não só não é possivel como NUNCA o será nem no Benfica nem em qualquer parte do Mundo.
De um modo geral, o SLBenfica terá, porventura, os jogadores mais cultos e inteligente tactica e colectivamente... mas depois é o Sporting que tem os jogadores capazes de chegar e mostrar a diferença, pois são trabalhados e incentivados no contexto individual em benefício da equipa.
Isto explica uma parte do sucesso do Rony Lopes. Em conversa com um observador que conhece muito bem o Rony e que conhece como poucos a formação em Portugal, confirmei esta perspectiva, o Rony Lopes sempre teve qualidade como têm muitos que estão no SLBenfica, mas a saída para o City permitiu que ele fosse "esticado" para um nível superior, trabalhando outras dimensões que no SLBenfica já não iria ter continuidade, ou pelo menos não com a dimensão e amplitude que teve no Manchester City.
Voltamos então ao de sempre, é preciso planear e criar uma metodologia de trabalho com os jovens de maior potencial desde os juvenis, com vista a lançar esses jogadores na equipa principal. O Manchester City, por exemplo, tem aquilo a que chamam de Elite Development Squad, que não é mais que a antecâmara da equipa principal, mas que por si só não é garantia de futuro... é ali que se vai trabalhar para chegar ao plantel principal.
O Rony não apareceu agora no City. Já integrou a pré-temporada na época passada com o Mancini (com 16 anos), já fora o jogador mais jovem (17 anos) a marcar em competições oficiais pelo Manchester City, etc. O trabalho que está a ser feito com o Rony (como estão a fazer com outros jogadores da formação) tem um planeamento que já leva dois anos e que está agora a entrar numa nova etapa: a entrada gradual na equipa principal.
NADA DISTO É FEITO NO SLBENFICA! NADA...
É perfeitamente possível estabelecermos o paralelo entre o trabalho do Rony no City e dos nossos jovens no Benfica. Pois se é verdade que até podem dizer que hoje em dia não temos jovens que estejam no patamar dele, não é menos verdade que o patamar de entrada da primeira equipa do City é gigantescamente superior ao do SLBenfica, portanto o paralelismo é perfeitamente possível de estabelecer.
Dito isto, jogadores como o Fábio Cardoso, Rochinha, Romário Baldé, Gonçalo Guedes, João Nunes, João Cancelo, André Gomes, Bernardo Silva, Rafael Guzzo, Filipe Nascimento, Bruno Varela, João Teixeira ou Nelson Oliveira, (apenas para referir os mais referenciados) deveriam estar integrados num PLANEAMENTO com vista a desenvolverem, melhorarem ou potenciarem as suas características físicas, técnicas, tácticas e mentais com vista a poderem ser integrados na equipa principal.
Isto passa por ter, em primeira análise, um líder para o futebol do SLBenfica. Neste momento não há liderança e o treinador da equipa principal dá-se ao luxo de fazer o que entender, o treinador da equipa B faz o que o treinador da equipa A lhe manda e o treinador dos juniores e dos juvenis nem sequer têm nada a ver com a estrutura principal, aliás nem é permitido aos miudos sequer ver os treinos quanto mais...
Nessa liderança, que não existe, tem que haver um desígnio estratégico onde, entre vários outros, deve constar: Aposta Estratégica no lançamento de jogadores de qualidade no plantel principal, como factor de sustentabilidade desportiva e financeira.
Não acredito, nem com esta aposta tão mais bem feita, que todos os anos seja possível obter um jogador de top europeu da formação. Nada disso! Mas tenho a plena convicção que é possível anualmente lançar dois (no máximo três) jogadores na equipa principal que possam fazer parte da equipa e constituir boas soluções com valor acrescentado e alguns até titulares. Com muito trabalho, de vez em quando iremos sim ter os nossos jogadores de top, mas de anos a anos.
Esta aposta deve, depois ser complementada com um investimento, em menor dimensão, efectuado de forma criteriosa em jogadores estrangeiros que acrescentem valor imediato às equipa (caso de apostas como Markovic, por exemplo) e tenham também eles um elevado potencial de valorização.
Como perceberam, até esta fase o treinador não faz parte da equação. Aliás, a responsabilidade do treinador, na minha óptica e num clube da dimensão do SLBenfica, deve ser TREINAR e ORIENTAR a equipa respeitando os objectivos desportivos e o modelo estratégico do clube. O Benfica deve ter o treinador adequado à sua estratégia e não adequar a estratégia ao seu treinador.
Só desta forma poderemos perceber o que muitas vezes perguntam aqui os que NADA PERCEBEM de formação e de desenvolvimento desportivo que é, o que seria de jogadores como Miguel Rosa ou Danilo Pereira... noutro contexto que não aquele que conhecemos.
Ou seja, quero com isto dizer que tenho a absoluta convicção que o Miguel Rosa ou o Danilo Pereira seriam jogadores muito superiores ao que vemos hoje deles, se tivessem sido integrados num modelo de trabalho e, acima de tudo, de integração na fase final da formação (a transição para o plantel principal).
Aliás, isso mesmo referiu ontem o Rony Lopes no rescaldo da grande jogo que fez pela equipa principal do City: "Para ser sincero, é fácil jogar com estes jogadores, numa equipa com esta qualidade. É muito bom para mim e para o meu desenvolvimento, por isso espero continuar a treinar e a jogar com eles".
O Rony está a beneficiar do que é uma real aposta na formação - ou seja, do que é uma estrutura feita para maximizar o potencial dos jogadores - sendo que curiosamente aparece num clube que gasta milhões em jogadores e tem jogadores da elite mundial. Curioso, não é? Se eles conseguem apostar na formação, sendo que necessariamente só tiram um ou dois jogadores a cada três ou cinco anos... porque não precisam de mais.
Ninguém pede que nos jogos da Liga apareçam o Cancelo e o Bernardo ou que vendam o Cardozo para jogar o Nelson Oliveira, ou Gaitan para jogar o Ivan Cavaleiro.
O que está em causa é a viabilidade de ter um plano para estes meninos, escolher os jogos onde um pode ser titular, onde outro será suplente utilizado durante 15 ou 20 minutos, os jogos onde alguns jogadores serão convocado, nem tanto para jogar, mas apenas como uma medida de reconhecimento pelo seu trabalho e demonstração que a estrutura principal está atenta e disposta a arriscar.
Não é nada deixar os miúdos jogar aos soluços, em espaços de 5 ou 10 minutos em jogos onde o resto da equipa já está em quebra/descompressão, integra-los em jogos já decididos (como com o Gil no sábado) e sem referências principais do plantel sénior impedido que aconteça o que refere o Rony Lopes de "ser fácil jogar com eles e isso ser bom para os jovens e para o seu desenvolvimento".
Isso não é Estratégia... É Estratagema!
Para terminar, ainda sobre o Rony e o designio estratégico atentem às declarações de David Platt, treinador de táctica do City quando na época passada integraram o Rony na pré-temporada:
"We have not brought Marcos out just to make the numbers up but because everything we have seen and been told from within the club suggested he could cope at this level.
He has had a couple of days on the training pitch and he has coped well – though at 16 we would not push him along in the same way as we push the seniors along.
The boy has taken well to the work and he wouldn’t be at our club now if we didn’t think there is the opportunity for him to develop into a first team player and to do that here at City you have to be talented. But we will take it slowly with him"
Chegou ao Benfica em 2006 e saiu em 2011 depois de algumas observações do Manchester City que conta, na sua estrutura de observadores, com o português Pedro Marques que fazia parte da equipa de scouting do Sporting.
Quando saiu do SLBenfica, Rony Lopes já marcava a diferença mas não era o único. Jogadores como o Filipe Nascimento ou o Rafael Guzzo, dos juniores e da equipa B do Benfica respectivamente eram jogadores que mostravam um potencial muito próximo do Rony Lopes e que poderiam perfeitamente, num contexto semelhante, chegar a patamares próximos do luso-brasileiro.
Então se assim é porque o Filipe Nascimento este ano nem joga a titular nos juniores e o Guzzo também não é aposta certa na equipa B? A resposta está em dois factores: Metodologia e Planeamento.
Quem acompanha o futebol de formação sabe que no jogo jogado, no contexto de movimentação colectiva, há pelo menos três/quatro anos que o SLBenfica é muito superior ao SportingCP. A equipa, como um todo, onde actuavam Miguel Rosa, Nelson Oliveira, Miguel Victor etc era muito superior à equipa de Adrien, Carriço e Patrício. Mas individualmente os jogadores do Sporting (e escolhi propositadamente jogadores que não são "estrelas") afirmaram-se com maior facilidade que os jogadores do Benfica.
Portanto, ao nível da metodologia de trabalho, o SLBenfica privilegia o contexto de equipa ao nível dos escalões de formação ao invés do "trabalho individual" dos jogadores. Ou seja, na formação do SLBenfica não há tanta preocupação em desenvolver as lacunas técnicas, físicas e mentais dos jogadores, mas sim em contextualiza-los em "algo maior" que é o interesse e a integração colectiva.
É uma metodologia como qualquer outra e ao nível dos escalões de formação tem um resultado prático: Mais vitórias, melhor qualidade de jogo, melhor dinâmica de jogo.
Contudo, tem um problema: Não forma jogadores, forma equipas... o que não seria mau de todo se fosse possível transitar 11 ou 15 jogadores por ano para a equipa senior, algo que não só não é possivel como NUNCA o será nem no Benfica nem em qualquer parte do Mundo.
De um modo geral, o SLBenfica terá, porventura, os jogadores mais cultos e inteligente tactica e colectivamente... mas depois é o Sporting que tem os jogadores capazes de chegar e mostrar a diferença, pois são trabalhados e incentivados no contexto individual em benefício da equipa.
Isto explica uma parte do sucesso do Rony Lopes. Em conversa com um observador que conhece muito bem o Rony e que conhece como poucos a formação em Portugal, confirmei esta perspectiva, o Rony Lopes sempre teve qualidade como têm muitos que estão no SLBenfica, mas a saída para o City permitiu que ele fosse "esticado" para um nível superior, trabalhando outras dimensões que no SLBenfica já não iria ter continuidade, ou pelo menos não com a dimensão e amplitude que teve no Manchester City.
Voltamos então ao de sempre, é preciso planear e criar uma metodologia de trabalho com os jovens de maior potencial desde os juvenis, com vista a lançar esses jogadores na equipa principal. O Manchester City, por exemplo, tem aquilo a que chamam de Elite Development Squad, que não é mais que a antecâmara da equipa principal, mas que por si só não é garantia de futuro... é ali que se vai trabalhar para chegar ao plantel principal.
O Rony não apareceu agora no City. Já integrou a pré-temporada na época passada com o Mancini (com 16 anos), já fora o jogador mais jovem (17 anos) a marcar em competições oficiais pelo Manchester City, etc. O trabalho que está a ser feito com o Rony (como estão a fazer com outros jogadores da formação) tem um planeamento que já leva dois anos e que está agora a entrar numa nova etapa: a entrada gradual na equipa principal.
NADA DISTO É FEITO NO SLBENFICA! NADA...
É perfeitamente possível estabelecermos o paralelo entre o trabalho do Rony no City e dos nossos jovens no Benfica. Pois se é verdade que até podem dizer que hoje em dia não temos jovens que estejam no patamar dele, não é menos verdade que o patamar de entrada da primeira equipa do City é gigantescamente superior ao do SLBenfica, portanto o paralelismo é perfeitamente possível de estabelecer.
Dito isto, jogadores como o Fábio Cardoso, Rochinha, Romário Baldé, Gonçalo Guedes, João Nunes, João Cancelo, André Gomes, Bernardo Silva, Rafael Guzzo, Filipe Nascimento, Bruno Varela, João Teixeira ou Nelson Oliveira, (apenas para referir os mais referenciados) deveriam estar integrados num PLANEAMENTO com vista a desenvolverem, melhorarem ou potenciarem as suas características físicas, técnicas, tácticas e mentais com vista a poderem ser integrados na equipa principal.
Isto passa por ter, em primeira análise, um líder para o futebol do SLBenfica. Neste momento não há liderança e o treinador da equipa principal dá-se ao luxo de fazer o que entender, o treinador da equipa B faz o que o treinador da equipa A lhe manda e o treinador dos juniores e dos juvenis nem sequer têm nada a ver com a estrutura principal, aliás nem é permitido aos miudos sequer ver os treinos quanto mais...
Nessa liderança, que não existe, tem que haver um desígnio estratégico onde, entre vários outros, deve constar: Aposta Estratégica no lançamento de jogadores de qualidade no plantel principal, como factor de sustentabilidade desportiva e financeira.
Não acredito, nem com esta aposta tão mais bem feita, que todos os anos seja possível obter um jogador de top europeu da formação. Nada disso! Mas tenho a plena convicção que é possível anualmente lançar dois (no máximo três) jogadores na equipa principal que possam fazer parte da equipa e constituir boas soluções com valor acrescentado e alguns até titulares. Com muito trabalho, de vez em quando iremos sim ter os nossos jogadores de top, mas de anos a anos.
Esta aposta deve, depois ser complementada com um investimento, em menor dimensão, efectuado de forma criteriosa em jogadores estrangeiros que acrescentem valor imediato às equipa (caso de apostas como Markovic, por exemplo) e tenham também eles um elevado potencial de valorização.
Como perceberam, até esta fase o treinador não faz parte da equação. Aliás, a responsabilidade do treinador, na minha óptica e num clube da dimensão do SLBenfica, deve ser TREINAR e ORIENTAR a equipa respeitando os objectivos desportivos e o modelo estratégico do clube. O Benfica deve ter o treinador adequado à sua estratégia e não adequar a estratégia ao seu treinador.
Só desta forma poderemos perceber o que muitas vezes perguntam aqui os que NADA PERCEBEM de formação e de desenvolvimento desportivo que é, o que seria de jogadores como Miguel Rosa ou Danilo Pereira... noutro contexto que não aquele que conhecemos.
Ou seja, quero com isto dizer que tenho a absoluta convicção que o Miguel Rosa ou o Danilo Pereira seriam jogadores muito superiores ao que vemos hoje deles, se tivessem sido integrados num modelo de trabalho e, acima de tudo, de integração na fase final da formação (a transição para o plantel principal).
Aliás, isso mesmo referiu ontem o Rony Lopes no rescaldo da grande jogo que fez pela equipa principal do City: "Para ser sincero, é fácil jogar com estes jogadores, numa equipa com esta qualidade. É muito bom para mim e para o meu desenvolvimento, por isso espero continuar a treinar e a jogar com eles".
O Rony está a beneficiar do que é uma real aposta na formação - ou seja, do que é uma estrutura feita para maximizar o potencial dos jogadores - sendo que curiosamente aparece num clube que gasta milhões em jogadores e tem jogadores da elite mundial. Curioso, não é? Se eles conseguem apostar na formação, sendo que necessariamente só tiram um ou dois jogadores a cada três ou cinco anos... porque não precisam de mais.
Ninguém pede que nos jogos da Liga apareçam o Cancelo e o Bernardo ou que vendam o Cardozo para jogar o Nelson Oliveira, ou Gaitan para jogar o Ivan Cavaleiro.
O que está em causa é a viabilidade de ter um plano para estes meninos, escolher os jogos onde um pode ser titular, onde outro será suplente utilizado durante 15 ou 20 minutos, os jogos onde alguns jogadores serão convocado, nem tanto para jogar, mas apenas como uma medida de reconhecimento pelo seu trabalho e demonstração que a estrutura principal está atenta e disposta a arriscar.
Não é nada deixar os miúdos jogar aos soluços, em espaços de 5 ou 10 minutos em jogos onde o resto da equipa já está em quebra/descompressão, integra-los em jogos já decididos (como com o Gil no sábado) e sem referências principais do plantel sénior impedido que aconteça o que refere o Rony Lopes de "ser fácil jogar com eles e isso ser bom para os jovens e para o seu desenvolvimento".
Isso não é Estratégia... É Estratagema!
Para terminar, ainda sobre o Rony e o designio estratégico atentem às declarações de David Platt, treinador de táctica do City quando na época passada integraram o Rony na pré-temporada:
"We have not brought Marcos out just to make the numbers up but because everything we have seen and been told from within the club suggested he could cope at this level.
He has had a couple of days on the training pitch and he has coped well – though at 16 we would not push him along in the same way as we push the seniors along.
The boy has taken well to the work and he wouldn’t be at our club now if we didn’t think there is the opportunity for him to develop into a first team player and to do that here at City you have to be talented. But we will take it slowly with him"
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