Hoje o Record fala das "cinco jóias da Luz!" como se fosse algo de novo e para excitar a imaginação daquela pequena minoria que gostaria de ver uma equipa do Benfica com uma forte espinha dorsal portuguesa em vez de ser o entreposto comercial que é hoje em dia.
Aparentemente "a SAD liderada por (pequena adição minha: o nosso Querido Líder) Luís Filipe Vieira segue com especial atenção o percurso a SAD liderada por Luís Filipe Vieira segue com especial atenção o percurso trilhado por Bruno Varela, João Cancelo, Hélder Costa, Ivan Cavaleiro e Bernardo Silva."
É óptimo saber que ou o Shéu ou o Lourenço Coelho ou o Rui Costa ou o Jesus ou o Vieira ou o roupeiro estão atentos ao percurso destes cinco jovens. Esperemos é que no meio da barafunda que é a gestão do futebol do Benfica ninguém se esqueça de dar uma oportunidade a um destes cinco jovens.
Ou se calhar o senhor responsável por ler a blogosfera encarnada lá mandou o relatório para o departamento de comunicação a mencionar as bocas dos papagaios que repararam que volta a haver talento esbanjado proveniente da formação do clube em detrimento de uma dúzia de refugos sul-americanos que forram os bolsos de intermediários.
Convém esvaziar este balão que enche a cada dois aninhos e por isso toca a encomendar uma capa de jornal para mostrar que afinal são importantes.
Eu lembro-me das últimas jóias das camadas jovens do Benfica.
Dois deles fizeram uma grande época no Paços de Ferreira, e continuam a demonstrar que têm potencial para estar no clube - um deles tanto potencial como o Rodrigo, tivesse também custado 6 milhões ao clube e haver necessidade de rentabilizá-lo e provavelmente era parte do plantel e não andava de empréstimo em empréstimo até ser esquecido pelos adeptos.
Outro foi duas ou três épocas considerado o melhor jogador da Liga de Honra e lá vai demonstrando no Belenenses que podia ter sido algo mais, tivesse a tão famosa estrutura apostado nele em vez de contratar camiões de jogadores para a mesma posição (e tendo em conta o papel de Carlos Martins e a saída de Bruno César na época passada não teria feito sentido apostar em Miguel Rosa?).
Sensação de dejá-vu? Querem provar que isto não é apenas outra manobra de marketing para enganar papalvos? Apostem num desses jogadores a sério, mantenham-no no plantel uma época como alternativa directa a um dos titulares e sem arranjar mais jogadores para essa posição. Comecem a racionalizar o despesismo que grassa na gestão do plantel e pode ser que comecemos a acreditar que isto não é mais do mesmo.
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