O regabofe das posições "sete", "onze" e "nove e meio" na era Jorge Jesus

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الاثنين، 15 يوليو 2013

O regabofe das posições "sete", "onze" e "nove e meio" na era Jorge Jesus

Na primeira época de Jorge Jesus no Benfica, para a posição 7 chegou Ramires (e Ruben Amorim para remediar). Na posição 11 já havia Di Maria, ao qual se juntou Fábio Coentrão, e para a 9.5 (como JJ gosta de chamar à posição de segundo avançado) chegou Saviola que nunca teve substituto natural.

Nessa primeira época, Saviola era a peça da cristaleira que não se podia partir, ainda que os substitutos do 7 e do 11 fossem também de qualidade muito inferior à dos titulares (Coentrão raramente funcionou a extremo, e o Ruben era o Ruben).

Mas Saviola era a chave do sistema, e sem Saviola não havia Benfica com mobilidade. Vai daí, Jorge Jesus trouxe o primeiro 9.5 alternativo, Éder Luís (5 milhões de euros), que todos os benfiquistas perceberam que era bom de pés mas que não se adaptou, e mostrou o nervoso miudinho que às vezes impede grandes jogadores de triunfar, por não terem a mentalidade certa.

Ainda em Janeiro dessa primeira época de 2009/2010, o Benfica, na busca urgente dessa alternativa para Saviola e já prevendo a saída de Di Maria no final da época, mexe-se muito bem (em teoria) no mercado, contratando Gaitan e Jara que só chegariam no Verão seguinte.

Entramos então em 2010/2011, já sem Di Maria mas com Gaitan (que virou peça única já que o substituto Fernandez foi um barrete, Peixoto estava amaldiçoado e Coentrão virou defesa), e à direita um grande problema causado pela saída de Ramires, com muitos jogadores a serem falados mas que nunca chegaram, acabando nós à ultima da hora com o empréstimo de Sálvio, excelente jogador, mas muito ofensivo, bem diferente de Ramires, e que levou o Benfica de Jorge Jesus para essa dimensão super ofensiva e atrás sempre com o credo na boca.

E Sálvio virou também peça única, sem substituto natural, enquanto na frente, Jara (que tem vídeos no youtube de jogador simplesmente fabuloso na Argentina), também nunca se mostrou à altura de substituir Saviola. E com Jara foram mais 5 milhões de euros à vida.

Entramos em 2011/2012, e Sálvio regressou a Madrid. E para as posições 7 e 11 chega Bruno César, Nolito, Djaló e Enzo. Gaitan passou para a posição 7 porque Enzo bem cedo deixou de contar, e Bruno César e Nolito discutiam a posição 11. Yanick nunca contou. E finalmente, dois anos depois e depois de 10 milhões de euros gastos, Jorge Jesus acertava finalmente com a alternativa a Saviola, chegando Rodrigo, jogador muito promissor e que custou mais 6 milhões de euros. Tudo mais ou menos bem até aqui.

Mas em 2012/2013 começou o desnorte! Gaitan não saiu como os dirigentes do clube adivinhavam (não encontro outra explicação possível). Já tínhamos 3 extremos de qualidade para as alas a que se juntou o quarto com o regresso de Enzo Peres à Luz. Mas não satisfeitos com o que havia, investiu-se ainda muito, muito dinheiro em Olá John e Sálvio, elevando o numero de extremos no plantel para 6 (!!), e todos eles, à exceção de Nolito, a custar de 5.5 milhões para cima. Com Ola John foram mais quase 10 milhões (pagos por nós?), e Sálvio mais 15 milhões! 

Em compensação, este nível de qualidade escasseava em outras posições do campo, e tínhamos, claro, um plantel desequilibrado. As vendas de Witsel e Javi enfraqueceram mas ajudaram a equilibrar, pois Enzo passou para o centro e os extremos passaram a ser 5, ainda assim, um número desajustado. E continuaram a ser cinco até Janeiro, altura em que Nolito e Bruno César sairam, reduzindo o número de extremos para 3, ao qual de juntou Urreta para equilibrar as contas. O equilíbrio voltou.

Mas para a nova época, e bem sei que os planteis ainda não são definitivos mas, a Ola John, Sálvio e Gaitan (33 milhões de euros de "mercadoria" da boa!!), e presumindo que Urreta já não conta, juntam-se agora Sulejmani e Markovic (mais 9 milhões de euros investidos na posição 11 e mais dois jogadores que chegam para ser titulares), voltando a elevar para 5 o número de jogadores que disputam duas posições, e todos eles internacionais e com objetivos de titularidade. 

Sairá Gaitan? Sairá Olá John? Sou só eu a achar que pelo menos um deles terá de sair?

Resumindo e baralhando: Muito dinheiro se tem gasto nestas posições 7, 11 e 9.5. O nível dos jogadores contratados tem sido de forma geral elevado, e Jorge Jesus não se tem enganado mas, seremos hoje, nestas posições, muito melhores do que éramos em 2009/2010 quando o regabofe dos extremos começou? 

Pessoalmente acho que não! Inegável que temos nas alas grande parte da nossa força mas, essa força sempre existiu em qualquer das épocas de Jorge Jesus. O que não existe é essa força noutras posições, esse sim um grande problema, e que tem sido quase sempre muito mal resolvido. 

Tivéssemos nós, ou quem dirige o clube, claro, gerido estes dossiers com outro critério, e talvez hoje pudéssemos ter um plantel, no geral bem mais equilibrado e com mais qualidade em mais zonas do campo.

Temos sido, de facto, nas posições 7, 11 e 9.5 um clube de ricos mas, em outras posições, se calhar até mais importantes, um clube de tostões, remendos e soluções momentâneas! 

É preciso lembrar os folhetins dos defesas esquerdos ou direitos, ou a fragilidade gritante que o ano passado revelámos nas posições 6 e 8, sempre com o coração nas mãos, para que aqueles dois pêndulos do meio nunca se partissem? 

Ou serei só eu a achar que esta gestão das necessidades da equipa não tem sido bem feita?


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