"Sentir o Benfica
Joaquim Ferreira Bogalho, o presidente que sonhou…
O Estádio da Luz foi o seu desafio, de tal forma que no dia da inauguração, a 1 de Dezembro de 1954, depois de lida a mensagem de felicitações de Salazar, António Ribeiro dos Reis, a quem competiria, por protocolo, a inauguração do estádio que se chamava ainda de... Carnide, na sua condição de presidente da Assembleia Geral, não o quis fazer, para não ser injusto com Bogalho. O seu discurso sucumbiu às lágrimas e longas pausas: «Foi um milagre! Um milagre da nossa fé inquebrantável; milagre do nosso querer irresistível; milagre do nosso amor a esta colectividade que se chama Sport Lisboa e Benfica. Eu profetizara este acontecimento em 29 de Maio de 1952, no Porto, no banquete comemorativo da inauguração do Estádio do F. C. Porto e consideraram-me um lunático, um sonhador, ou simplesmente um louco...»
No dia em que o Benfica comemorou 50 anos nasceu um grande estádio, construído em pouco mais de dois anos. «Aqui instalámos, enfim, o nosso lar, aqui queremos viver para todo o sempre, porque o Benfica será eterno», ao dizê-lo, Joaquim Bogalho desfaleceu de emoção. As palmas tornaram-se mais vibrantes e o Estádio só não ficou nesse dia com o nome de Bogalho porque ele não quis. Por modéstia. São assim os grandes homens...
Sentir o Benfica é algo de magnífico, está emprenhado no espirito. Não é fácil às palavras atingirem o alcance deste sentimento, motivo pelo qual escolhi este episódio presente nesta imagem para relembrar o porquê de este clube ser muito mais do que o seu lema ou estatutos. Sinto orgulho de ser deste clube, um clube construído com o suor dos sócios, um clube que une as pessoas para realizar sonhos.
O Benfica reside em cada um que o sente e ousa sonhar."
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