Análise à Entrevista de José Rodrigues dos Santos

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الخميس، 18 أكتوبر 2012

Análise à Entrevista de José Rodrigues dos Santos


Tópico interessante retirado do blog Chama Gloriosa

Ponto prévio. Rui Rangel é um homem sério e com compostura.


Foi para a 1ª entrevista na condição de candidato a Presidente do SLBenfica, preparado sobre os vários temas, mas numa entrevista que pensava ele que seria de "Isento para Candidato". Puro engano!

Saindo do contexto por breves instantes, quando Rui Rangel partiu para a entrevista, a sua entourage deveria ter preparado e estudado quem ele iria enfrentar.

Enganaram-se, isto não era uma entrevista, isto era um frente a frente!

José Rodrigues dos Santos teve um processo disciplinar que quase conduziu à sua demissão da RTP em 2007. Nessa altura, deu uma entrevista ao público, que foi sintetizada e cito uma parte:

"Numa altura em que os espanhóis da Prisa parece apostar forte no reforço da credibilização da Informação da estação e nos novos canais no cabo (um deles de informação), José Rodrigues dos Santos parece ter o perfil credível e popular que o accionista pretende. Acresce que no comando da TVI está José Eduardo Moniz, com quem o jornalista já trabalhou na RTP. Na entrevista ao Público, José Rodrigues dos Santos lamenta não ter aceitado os convites das privadas que lhe foram formulados nos últimos anos. O de Moniz, que tentou também Judite de Sousa, sabe o DN, foi o mais insistente." (aqui)

José Rodrigues dos Santos, é amigo pessoal de longa data de José Eduardo Moniz. É também adepto Benfiquista, e não hesitou em manipular a entrevista, com a sua experiência de pivot televisivo, interrompendo sistematicamente o raciocínio e a explicação do candidato, tendo demonstrado a a postura que queria ali impor, alterando inclusive resultados como o "8-0" contra o Vigo, a título de exemplo do seu processo de intenções.

Eu não esperava tanta rispidez, em contraponto com o olhar melado e as perguntas doces a Moniz.

A isto tudo, Rui Rangel respondeu com uma elegância olímpica, digna da pessoa de bem que é, mas que infelizmente no mundo do futebol, não cola bem perante os adeptos.

Porque de seguida à entrevista, assisti ao programa Justiça cega, no qual o Rui Rangel entra, e que tem lá outro mediático homem das leis, veio-me à memória, aquela vez que a Manuel Moura Guedes, armando-se em espertinha com ele, levou uma reprimenda ali, ao vivo e a cores, porque o feitio de Marinho Peres, é assim mesmo, sem papas na língua, muito, mas muito distante de Rui Rangel. Ás vezes é preciso. Citando o Bastonário; "Não sei Sr. Juiz o que é que o senhor vai fazer para aquele mundo. Deixava-se estar na sua posição, de vez em quando vinha aqui ao Justiça cega desabafar connosco e era mais feliz. Eu sou do Benfica, nunca me fiz sócio de clube nenhum, mas fica aqui a jura que me faço sócio se você ganhar!".

José Rodrigues dos Santos caso não saibam é mesmo unha com carne, amigo da família Moniz como podem ver aqui.

Para finalizar, acho que Rui Rangel falou e bem em 8 minutos ... e quando o deixaram, abordou o número excessivo de jogadores debaixo de contrato e que o Benfica tem de reduzir e com isso cortar na despesa, falou no monstruoso passivo, na auditoria que quer fazer após ser eleito, nos estatutos e foi sincero quando afirmou que não tinha um Jardel na manga, porque os tempos são de crise! ... Aqui falhou, um simples "vamos ver!" teria alimentado o imaginário Benfiquista.

Para mim mau foi quando foi surpreendentemente confrontado, com uma tirada de Ribeiro e Castro extraída duma entrevista dada ao DN em 29 de Setembro. Mandou-o ligeiramente abaixo, mas um notável poder de encaixe, fez com que respondesse correctamente e bem. "Não conheço as declarações", afirmou.

As declarações foram estas retiradas do final da entrevista:

Esteve ligado ao Benfica enquanto dirigente, na qualidade de vice- presidente do clube. Como interpreta a contestação ao presidente, Luís Filipe Vieira, após a não aprovação, em assembleia geral, do Relatório e Contas para 2012?

RC - Temos uma relação boa, ainda que distante, pois cada um tem as suas vidas, mas não aceito que enxovalhem e vexem quem está a procurar ajudar o clube . Defendo um ambiente livre no clube, mas desde que não ponha em causa a estabilidade da própria instituição. As pessoas não se podem esquecer de que, na década de 90, o Benfica andou sempre a tropeçar. E que Manuel Vilarinho [ ex- presidente dos encarnados], primeiro e, depois, Luís Filipe Vieira, contribuíram para a recuperação do clube. Hoje em dia, o Benfica tem um centro de estágio, tem estado na alta roda do futebol e, ao mesmo tempo, ganho alguns títulos. O Benfica está, por tudo isto, diferente para melhor. contudo, triste, surpreendido e preocupado com tudo o que se passou na assembleia geral. O mesmo já tinha acontecido em 1997, então na presidência de Manuel Damásio. A direção tinha caído, houve um “chumbo”, em assembleia geral, do projeto SAD, denominado na época por Projeto Finibanco, e esse “chumbo” ditou a queda da direção. Já a direção estava demissionária, na altura, e o Relatório e Contas foi vetado.

Continua a fazer sentido a recandidatura de Luís Filipe Vieira? Deveria o presidente sair do clube após o “chumbo” de quinta- feira?

RC - Não acredito que se demita ou que não vá a eleições. Tudo o que o Benfica menos precisa agora é de uma crise diretiva. O que não significa que o presidente não preste alguns esclarecimentos. Há coisas que poderão melhorar, mas o que o Benfica não precisa, nesta fase, é de uma rutura no rumo.

O passivo do Benfica é de 426 milhões de euros. Como se sente perante este número?

RC - O passivo não se resolve de um dia para o outro, são precisos anos, mas isso faz parte de uma gestão prudencial. Há coisas de que discordo, e critico, mas não conheço ninguém melhor para o lugar do que Luís Filipe Vieira.

Como classifica o trabalho de Luís Filipe Vieira, desde 2003? Que nota lhe atribui?

RC - Dou- lhe, numa escala de zero a 20, uma nota entre o 15 e o 16. E estou de acordo com ele quando adoptou discursos a chamar a atenção para a necessidade de contenção financeira. O Benfica não vive na estratosfera e a saúde económica de uma instituição é indispensável para a sua sobrevivência.

Um grama de acção vale mais do que uma tonelada de teoria.

Friedrich Engeles

Abraço e que a próxima entrevista vá mais longe e esclareça ainda mais!

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