Ao contrário da jornada passada, o Benfica não entrou muito bem no jogo. Não vimos, inicialmente, uma equipa rápida, com o pé no acelerador e com atitude, querendo resolver logo o jogo, algo que elogiei na semana transacta.
Foi uma primeira parte morna, ainda que, para não variar, houvesse mais Benfica. Notava-se que o Nacional explorava, de quando em vez, jogadas rápidas, aquando alguma perda de bola, tentando surpreender, mas nada de relevante.
Faltou-nos, desde logo, e a meu ver, naturalmente, alguma afinação, sobretudo na ligação do meio campo com o ataque. Houve, de facto, algumas bolas perdidas, alguns passes falhados.
Ainda no primeiro quarto de hora, vimos, numa grande jogada, o Salvio mandar uma bola ao poste, depois de ser servido com um toque de calcanhar de Carlos Martins . A esta hora, dado ao forte disparo, o ferro da baliza ainda deve estar a abanar... que pontaria!
Sem surpresa, o Nacional fechava bem os espaços, havendo momentos em que a nossa defesa estava bem subida, uma vez que o adversário estava todo à defesa. O chamado “autocarro” estava instalado.
Por volta do minuto 30’, Enzo Perez sofreu um toque nada meigo. Não fizeram grande eco da situação, mas a verdade é que um jogador do Nacional, voluntária ou involuntariamente, pisou a cara do Enzo Perez. Foi um gesto ternurento que deixou mal tratado o nosso jogador. Convenhamos que ser calcado, ainda por cima com uma chuteira, não deve ser nada agradável.
Rodrigo, ainda antes do intervalo, ia marcando um grande golo, com direito a acrobacia, depois de uma boa recepção. Foi pena a bola não ter entrado, por pouco. Seria um golo de levantar todo o estádio.
Ainda antes de terminar o primeiro tempo, Carlos Martins, que justificou a titularidade pelo bom trabalho que desempenhou na pré-época, foi substituído por lesão. Em abono da verdade, não esteve nos seus melhores dias, ainda que tivesse um ou outro apontamento ao nível daquilo que nos habituou. Teve azar, depois de uma justa oportunidade. Para o seu lugar entrou Matic, que tem tudo para ser um grande jogador e para nos dar grandes alegrias. Gostei do seu jogo.
Praticamente no início da segunda parte, finalmente chegamos ao golo, por Óscar Cardozo, que bisou esta noite. Foi um belo golpe de cabeça Tacuara, depois de um centro de Maxi, tendo estado, ainda, Melgarejo na jogada. E por falar no nosso “Melga”, nota-se que se está a esforçar e que, principalmente, está a crescer.
Apesar ainda de um pouco verde, como é natural – e isso foi visível num ou noutro lance que, com a ajuda dos companheiros e com a sua garra acabou por resolver -, esteve defensivamente bem: limpou alguns lances; não inventou, pelo que em nada comprometeu. Gostei de ver que foi muito acarinhado pelo público, manifestação essa que já tinha ocorrido várias vezes depois da sua estreia menos feliz no campeonato.
Ao contrário do que aconteceu no primeiro tempo, na segunda parte o Benfica entrou claramente mais forte, com um jogo mais conseguido, mais rápido e eficaz. O intervalo fez bem à equipa. Portanto, não foi de admirar que o segundo golo tivesse aparecido, por Rodrigo, depois de uma grande jogada de Salvio, que depois de tanto insistir e fintar, conseguiu sair da encruzilhada e centrou milimetricamente para mais um golpe de cabeça.
Depois de algo desaparecido no início do jogo – aliás, à semelhança do que aconteceu com o resto da equipa -, Salvio fez uma grande segunda parte. Esteve imparável.
Enzo Pérez foi substituído por Nolito, mas antes disso quase marcou um grande golo, após um passe de Cardozo. Foi uma autêntica bomba. Só faltou a finalização ser perfeita para, mais uma vez, termos um grande momento de futebol.
Rodrigo foi substituído por Aimar, que à semelhança do que aconteceu na jornada passada, aquando da sua entrada no jogo, teve momentos de inspiração que só ele sabe demonstrar. Grande “El Mago”.
Só dava Benfica, ainda que o Nacional de vez em quando tentasse surpreender a nossa linha mais recuada, mas sem perigo.
Para matar o jogo, depois de uma segunda parte muito bem conseguida, Cardozo bisa na partida.
Foram três golos, mas poderiam ter sido marcados mais alguns. Genericamente, gostei do jogo, e gostei ainda mais do resultado. É importante continuar assim, vencedores. Deste modo, o que se passa nos outros jogos passa-nos ao lado, ainda que seja sempre bom que os adversários mais directos tenham deslizes.
Com isto quero dizer que temos de nos preocupar só e unicamente connosco, fazendo o nosso trabalho e cumprir os objectivos, jogo a jogo.
CARREGA BENFICA!!!
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