Finalmente conseguimos perfumar o nosso blogue com a admissão de uma mulher e enorme Benfiquista no nosso cardápio de escribas. Ainda não tem nome de guerra porque só nos próximos dias é que vamos ao Registo Civil fazer a sua inscrição, mas já nos enviou um cheirinho da sua prosa.
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Faltam apenas três jornadas para o final do campeonato, e eu já sinto uma angústia... a angústia que todos os amantes do desporto rei, mas sobretudo, que nós, Benfiquistas, sentimos a partir de Maio. Que falta me faz, todos os anos, o meu Glorioso, jornada após jornada. É como se de um vazio se tratasse, até que chegue o início da pré-época e, com ela, os sonhos de sempre: “NÓS SÓ QUEREMOS O BENFICA CAMPEÃO”.
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Faltam apenas três jornadas para o final do campeonato, e eu já sinto uma angústia... a angústia que todos os amantes do desporto rei, mas sobretudo, que nós, Benfiquistas, sentimos a partir de Maio. Que falta me faz, todos os anos, o meu Glorioso, jornada após jornada. É como se de um vazio se tratasse, até que chegue o início da pré-época e, com ela, os sonhos de sempre: “NÓS SÓ QUEREMOS O BENFICA CAMPEÃO”.
Mas mais do que o período saudosista do costume, a minha angústia é outra... faltam três jornadas, nove pontos a conquistar, cinco pontos a recuperar ao adversário... e....
Meus amigos, ainda é possível! Enquanto for matematicamente possível, nós vamos continuar a acreditar e a lutar até ao fim, com a raça e o querer do costume!
Não vamos criar (grandes) ilusões. Todos nós temos consciência do quão difícil será. Mas... “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”. Com os pés bem assentes na terra, encarando cada jogo como se do último se tratasse, vamos fazer aquilo que nos resta: ganhar todos os fins-de-semana, lutando até ao fim. Bem sei que não dependemos apenas de nós, que há uma série de circunstâncias que nos empurram para o insucesso, mas nós somos Benfica!
Eis a resolução deste campeonato: Rio Ave vs Benfica; Marítimo vs Porto; e Benfica vs Leiria; Porto vs Sporting.
Todo este sofrimento seria evitável, é certo. Erramos onde jamais poderíamos ter vacilado. Demos o trunfo ao adversário. Como foi possível?! Depois da importante vitória frente ao Braga, tínhamos tudo para ter embalado até à vitória final. Perdemos mais do que três pontos em Alvalade: colocamos quase toda uma época a perder, pusemo-nos nesta difícil e sufocada situação. Por muito que me custe dizê-lo, estamos a quatro pontos do líder por grande culpa nossa. Uma equipa como o Benfica não pode falhar em situações decisivas deste género. Pressão? Faz parte. Jogamos ao mais alto nível, pelo que não serve de desculpa. O que passou querida equipa? Tivemos o pássaro na mão e...
Não vou entrar em grandes “arbitragens”, até porque não me foi possível ver “o tal” jogo. Vou falar daquilo que sei e vi. Sabíamos de ante-mão que o nosso Pablito Aimar falharia o jogo com o Sporting, por uma... expulsão... que lhe valeu... dois jogos... de suspensão!! Ora, e pegando desde já por aqui, lembram-se disto? Eu também! Expulsão? Dois jogos de suspensão? Inacreditável!
Não estamos ilibados de responsabilidades, por aquilo que me apercebi. A equipa falhou, é um facto. Mas não deixa de ser uma grande coincidência expulsar Aimar - pela primeira vez na carreira, segundo li, não tendo, contudo, confirmado oficialmente – e aplicar-lhe dois jogos de suspensão (por aquela entrada gravíssima, onde qualquer um, por mais vesgo que seja, consegue VER que Aimar não toca no adversário), abrangendo, casual e não intencionalmente, o jogo decisivo com os de Alvalade. O nosso El Mago é só um dos jogadores que consegue dar outro toque (leia-se magia!) e impulso ao jogo, conseguindo, muitas vezes, fazer a diferença. Coisa pouca! Estas manobras de bastidores e a maré de lesões levaram-nos ao abismo, praticamente.
Foram jogos complicados, onde superar a dor física e psicológica da equipa foi, talvez, muito mais difícil que (tentar) vencer os adversários. Isto para não falar que o calendário dos últimos jogos da equipa foi o... terror! Jogos atrás de jogos, com muita arte e engenho da gestão do plantel, enquanto outras equipas – que se dizem... grandes – tinham a árdua tarefa de jogar semana após semana. Ó memória curta!!
Em pouco tempo, num calendário tão difícil, distancia-mo-nos do primeiro lugar, fomos eliminados da Champions e conquistamos a Taça da Liga.
Uma palavra apenas para a Champions: grande, enorme Benfica!!! Fomos injustamente eliminados, depois de termos sido – arriscaria-me a dizer – unanimamente prejudicados na Luz (ainda não me esqueci da mão na bola de Terry, por exemplo!) e após termos feito uma soberba exibição em Londres, encostando o Chelsea às cordas. Acabamos por morrer na praia (“Ai se te pego”, Raúl Meireles!!!), mas de cabeça bem erguida, embora isso não chegue. Nós merecíamos ter passado, não eles, aqueles blues... por temos demonstrado em campo que fomos superiores, por toda a magia espalhada pelo relvado, mas, sobretudo, pelo grande sacrifício e espírito de entre-ajuda presente na equipa. Orgulho em vocês rapazes! Orgulho em termos um Artur, um Maxi, um Luisão, um Javi Garcia, um Aimar, um Cardozão, um Rodrigo, um Nelson Oliveira,... querem mais? E eles, o que têm?! Nada! Nada em comparação com a nossa “raça, querer e ambição”.
Depois deste desabafo, concentre-mo-nos no campeonato! “Contra os canhões marchar, marchar”! Ou melhor, “sou de um clube lutador, que na luta com fervor, nunca encontra um rival, neste nosso Portugal”!!!!
Até à próxima, Papoilas Saltitantes!
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