Desde que se começou a desenhar o cenário de eleições na FPF, desde logo muitos benfiquistas e eu incluído destacamos a importância das mesmas para o futuro a médio prazo do futebol português, bem como em particular para o Benfica e para a sua luta contra todo o polvo que tem viciado os resultados nos últimos 30 anos.
Impunha-se que o Benfica agregasse vontades e apoios e patrocinasse uma candidatura forte, capaz de criar uma vaga de apoio, e que convencesse a maioria dos delegados às eleições que havia ali alguém em quem podiam apostar, aproveitando o facto de o voto ir ser secreto. Entre muito ruído criado dentro e fora dos círculos do futebol, o Benfica não quis ou não soube ser essa força motriz da mudança. Talvez um dia o Presidente do Benfica se dê ao trabalho de explicar aos benfiquistas o porquê disso. Pelo contrário, assistimos à ida do Benfica na onda de apoio a um candidato que emergiu repentinamente, assumindo ser a face de uma reacção do sistema vigente a uma possível candidatura que se falava ser possível surgir, patrocinada por Benfica e Sporting.
Esvaneceu-se essa possibilidade e a onda de apoio 'unânime' dos clubes da Liga a Fernando Gomes começou a ter proporções reais. Quer através de Associações, quer por declarações de apoio de clubes. O Benfica foi um deles, através de uma declaração sem margem para dúvidas de LFV.
Tem Fernando Gomes mérito e capacidade demonstrada para assumir este cargo?
Se tivermos em conta o seu mandato incompleto na Liga de clubes, não. Grande parte do seu programa não foi cumprido. Aliás, de medidas com impacto público conhecem-se muito poucas. Talvez a mais visível tenha sido a mudança do local da Taça da Liga para o centro do país, retirando assim às gentes do Sul a possibilidade de assistirem ao vivo a uma competição que já ganhou o seu espaço. Também a transformação do troféu da Taça da Liga numa coisa preta horrenda pertence aos méritos de Fernando Gomes.
Quanto ao resto, foi um Presidente da Liga quase invisível, escusando-se de aparecer durante os momentos mais quentes da época passada onde se impunha uma posição firme e de liderança por parte do Presidente da Liga. Não o foi. Nem de perto. Apareceu agora para justificar, qual técnico de luz, as falhas da iluminação do Estádio de Braga no jogo frente ao Benfica.
É alguém demasiado discreto, não conhecido por ser capaz de assumir publicamente as suas posições, e com pouca capacidade de motivar a opinião pública, algo essencial para o futuro líder do futebol português.
Mas a história de Fernando Gomes não é só esta. Durante anos, foi a cara das finanças do FCP. E quem tem essa responsabilidade naquele clube tem obrigatoriamente um conhecimento privilegiado de tudo o que se passa lá. Tudo.
Não ficou fora das escutas publicadas no Youtube, surgindo em conversa comprometedora com um dos piões de PC no fornecimento de fruta. E isto implica-o em tudo o que se passa e passou no âmbito do Apito Dourado.
As suas ligações ao universo da Olivedesportos também não são pontos a seu favor. É alguém demasiado comprometido com o 'sistema' que tanto prejudicou o futebol português e o Benfica. Alguém que esvaziou a Liga de Futebol de qualquer papel na regeneração do futebol.
Apesar de ter com ele alguém que foi importante no surgimento do processo Apito Dourado (Hermínio Loureiro) e um homem que considero que devia ser o responsável máximo pelo futebol do Benfica desde à muito (Humberto Coelho), não vejo condições para que Fernando Gomes deva ser escolhido para presidir ao orgão máximo do futebol. É um ser demasiado nebuloso e sem qualquer garantia de que seja desta que vai mudar.
Dirão muitos: E que garantias dá Carlos Marta? Conheço pouco do seu trabalho. Mas entre alguém que foi braço direito de PC e outro que não tenha estado envolvido nesse mundo, desculpem lá mas eu nem hesito. E o facto de ele até ser benfiquista é secundário. Também Fernando Martins era benfiquista e foi ele que abriu muitas portas a PC no futebol. Também Manuel Damásio se dizia benfiquista e quase destruiu o clube permitindo a destruição de um plantel campeão, trocando internacionais de qualidade por 'Nelos e Tavares'.
Os nomes para os diversos orgão são secundários. Como se viu no passado. Quem lidera é quem dita o rumo. E para um benfiquista que está completamente farto da falta de jogo limpo, o apoio a alguém que esteve na estrutura que mais mal fez ao Benfica é algo que nem se põe.
Nota: Primeiro lugar na Champions, fantástico! Mas atenção pois temos que apresentar melhor futebol na Madeira.
PUBLICADA POR SHADOWS
Impunha-se que o Benfica agregasse vontades e apoios e patrocinasse uma candidatura forte, capaz de criar uma vaga de apoio, e que convencesse a maioria dos delegados às eleições que havia ali alguém em quem podiam apostar, aproveitando o facto de o voto ir ser secreto. Entre muito ruído criado dentro e fora dos círculos do futebol, o Benfica não quis ou não soube ser essa força motriz da mudança. Talvez um dia o Presidente do Benfica se dê ao trabalho de explicar aos benfiquistas o porquê disso. Pelo contrário, assistimos à ida do Benfica na onda de apoio a um candidato que emergiu repentinamente, assumindo ser a face de uma reacção do sistema vigente a uma possível candidatura que se falava ser possível surgir, patrocinada por Benfica e Sporting.
Esvaneceu-se essa possibilidade e a onda de apoio 'unânime' dos clubes da Liga a Fernando Gomes começou a ter proporções reais. Quer através de Associações, quer por declarações de apoio de clubes. O Benfica foi um deles, através de uma declaração sem margem para dúvidas de LFV.
Tem Fernando Gomes mérito e capacidade demonstrada para assumir este cargo?
Se tivermos em conta o seu mandato incompleto na Liga de clubes, não. Grande parte do seu programa não foi cumprido. Aliás, de medidas com impacto público conhecem-se muito poucas. Talvez a mais visível tenha sido a mudança do local da Taça da Liga para o centro do país, retirando assim às gentes do Sul a possibilidade de assistirem ao vivo a uma competição que já ganhou o seu espaço. Também a transformação do troféu da Taça da Liga numa coisa preta horrenda pertence aos méritos de Fernando Gomes.
Quanto ao resto, foi um Presidente da Liga quase invisível, escusando-se de aparecer durante os momentos mais quentes da época passada onde se impunha uma posição firme e de liderança por parte do Presidente da Liga. Não o foi. Nem de perto. Apareceu agora para justificar, qual técnico de luz, as falhas da iluminação do Estádio de Braga no jogo frente ao Benfica.
É alguém demasiado discreto, não conhecido por ser capaz de assumir publicamente as suas posições, e com pouca capacidade de motivar a opinião pública, algo essencial para o futuro líder do futebol português.
Mas a história de Fernando Gomes não é só esta. Durante anos, foi a cara das finanças do FCP. E quem tem essa responsabilidade naquele clube tem obrigatoriamente um conhecimento privilegiado de tudo o que se passa lá. Tudo.
Não ficou fora das escutas publicadas no Youtube, surgindo em conversa comprometedora com um dos piões de PC no fornecimento de fruta. E isto implica-o em tudo o que se passa e passou no âmbito do Apito Dourado.
As suas ligações ao universo da Olivedesportos também não são pontos a seu favor. É alguém demasiado comprometido com o 'sistema' que tanto prejudicou o futebol português e o Benfica. Alguém que esvaziou a Liga de Futebol de qualquer papel na regeneração do futebol.
Apesar de ter com ele alguém que foi importante no surgimento do processo Apito Dourado (Hermínio Loureiro) e um homem que considero que devia ser o responsável máximo pelo futebol do Benfica desde à muito (Humberto Coelho), não vejo condições para que Fernando Gomes deva ser escolhido para presidir ao orgão máximo do futebol. É um ser demasiado nebuloso e sem qualquer garantia de que seja desta que vai mudar.
Dirão muitos: E que garantias dá Carlos Marta? Conheço pouco do seu trabalho. Mas entre alguém que foi braço direito de PC e outro que não tenha estado envolvido nesse mundo, desculpem lá mas eu nem hesito. E o facto de ele até ser benfiquista é secundário. Também Fernando Martins era benfiquista e foi ele que abriu muitas portas a PC no futebol. Também Manuel Damásio se dizia benfiquista e quase destruiu o clube permitindo a destruição de um plantel campeão, trocando internacionais de qualidade por 'Nelos e Tavares'.
Os nomes para os diversos orgão são secundários. Como se viu no passado. Quem lidera é quem dita o rumo. E para um benfiquista que está completamente farto da falta de jogo limpo, o apoio a alguém que esteve na estrutura que mais mal fez ao Benfica é algo que nem se põe.
Nota: Primeiro lugar na Champions, fantástico! Mas atenção pois temos que apresentar melhor futebol na Madeira.
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