Os tempos são de austeridade e os clubes não lhe estão imunes. Filipe Vieira, numas das suas últimas intervenções, já aludiu à necessidade de refrear os investimentos, chamando a atenção para o caráter decisivo dos próximos tempos para o futuro do clube.
O investimento maciço em infra-estruturas associado ao investimento desportivo que se tem verificado, mais a desvantagem nos apoios públicos relativamente aos principais rivais e também o afastamento regular da Liga dos campeões, conduziram ao sobreendividamento do Benfica, traduzindo-se numa desvantagem desportiva face à principal concorrência.
Apesar de, nas contas consolidadas, o balanço apresentar o ativo superior ao passivo, tal não basta para nos sossegar. É necessário analisar em detalhe cada um dos items e, sobretudo, consultar os correspondentes anexos, para perceber qual a saúde financeira do Grupo Benfica.
As contas estão disponíveis no site do clube numa peça de, apenas, 212 páginas. É necessário arregaçar as mangas e dar corda aos neurónios, para levar a cabo tal tarefa.
Aos que dizem que o Benfica não é uma mercearia - falarei mais tarde sobre este tema -, respondo que, sem “o faz-me rir” não há pédibol! A não ser que regressemos ao futebol amador ou semi-amador, que, quanto a mim, é o inevitável destino de boa parte dos clubes da primeira e segunda ligas, graças às UEFAS, FIFAS e UE.
O caso é que, os custos financeiros - juros mais despesas correspondentes - dos clubes estão “a disparar” para níveis incomportáveis atingindo na época 2010/2011 os valores de 18,5ME, 7,4ME e 7,7ME, respectivamente para o Benfica, Porto e Sporting, representando, face à época anterior aumentos de, respectivamente, 58,9%, 37,2% e 135%. No primeiro trimestre desta época 2011/2012 o conjunto das três SAD registou um aumento de custos de 22,8%! (CM 12/12/2011). Acresce que, mercê da conjuntura, os bancos têm pouca liquidez disponível e o crédito é escassíssimo.
Os maiores encargos financeiros do Benfica traduzem-se numa desvantagem competitiva importante; mais cerca de 11 ME para os principais rivais! Portanto, menor poder de investimento desportivo, ajudando-nos a perceber as múltiplas ultrapassagens na contratação de atletas, pelos Dirigentes Portistas.
Reduzir, no curto prazo, os custos financeiros, sem prejuízo da competitividade desportiva, constitui, iniludivelmente, o grande desafio da gestão do nosso clube. É necessário comprar cada vez melhor, falhar menos nas aquisições, formar e promover melhor os atletas da nossa formação e reduzir custos, bem como maximizar as receitas, assumindo extrema importância a renegociação dos direitos desportivos do clube.
E é aqui que “temos levado na corneta”; a construção das nossas magníficas infra-estruturas exige maior esforço do nosso clube, devido, essencialmente, ao relativamente menor apoio público verificado. Por outro lado, o quadro competitivo da Liga dos Campeões, associado às tendências históricas do desempenho da generalidade dos Árbitros em benefício de um dos contendores, tem agravado a desvantagem competitiva do nosso Benfica, regularmente afastado desta prova e assim privado da valorização que proporciona aos atletas participantes, bem como das correspondentes receitas extraordinárias.
Face a este quadro, ninguém, mas mesmo ninguém, poderá escamotear os habituais erros grosseiros dos Árbitros, que definem campeões, branqueando o seu desempenho, na estafada justificação do erro humano e estúpida e prepotente ocultação da verdade a pretexto da não desacreditação do futebol. Sem dó nem piedade; Árbitro incompetente; rua com ele.
Por tudo isto, não posso deixar de achar graça à alegada intenção de Platini e da UEFA em analisar a aquisição dos passes dos jogadores pelos fundos de investimento, com o fim, dizem eles - não se riam por favor - de assegurar o fair-play! Á pano encharcado!
Um abraço a todos
O investimento maciço em infra-estruturas associado ao investimento desportivo que se tem verificado, mais a desvantagem nos apoios públicos relativamente aos principais rivais e também o afastamento regular da Liga dos campeões, conduziram ao sobreendividamento do Benfica, traduzindo-se numa desvantagem desportiva face à principal concorrência.
Apesar de, nas contas consolidadas, o balanço apresentar o ativo superior ao passivo, tal não basta para nos sossegar. É necessário analisar em detalhe cada um dos items e, sobretudo, consultar os correspondentes anexos, para perceber qual a saúde financeira do Grupo Benfica.
As contas estão disponíveis no site do clube numa peça de, apenas, 212 páginas. É necessário arregaçar as mangas e dar corda aos neurónios, para levar a cabo tal tarefa.
Aos que dizem que o Benfica não é uma mercearia - falarei mais tarde sobre este tema -, respondo que, sem “o faz-me rir” não há pédibol! A não ser que regressemos ao futebol amador ou semi-amador, que, quanto a mim, é o inevitável destino de boa parte dos clubes da primeira e segunda ligas, graças às UEFAS, FIFAS e UE.
O caso é que, os custos financeiros - juros mais despesas correspondentes - dos clubes estão “a disparar” para níveis incomportáveis atingindo na época 2010/2011 os valores de 18,5ME, 7,4ME e 7,7ME, respectivamente para o Benfica, Porto e Sporting, representando, face à época anterior aumentos de, respectivamente, 58,9%, 37,2% e 135%. No primeiro trimestre desta época 2011/2012 o conjunto das três SAD registou um aumento de custos de 22,8%! (CM 12/12/2011). Acresce que, mercê da conjuntura, os bancos têm pouca liquidez disponível e o crédito é escassíssimo.
Os maiores encargos financeiros do Benfica traduzem-se numa desvantagem competitiva importante; mais cerca de 11 ME para os principais rivais! Portanto, menor poder de investimento desportivo, ajudando-nos a perceber as múltiplas ultrapassagens na contratação de atletas, pelos Dirigentes Portistas.
Reduzir, no curto prazo, os custos financeiros, sem prejuízo da competitividade desportiva, constitui, iniludivelmente, o grande desafio da gestão do nosso clube. É necessário comprar cada vez melhor, falhar menos nas aquisições, formar e promover melhor os atletas da nossa formação e reduzir custos, bem como maximizar as receitas, assumindo extrema importância a renegociação dos direitos desportivos do clube.
E é aqui que “temos levado na corneta”; a construção das nossas magníficas infra-estruturas exige maior esforço do nosso clube, devido, essencialmente, ao relativamente menor apoio público verificado. Por outro lado, o quadro competitivo da Liga dos Campeões, associado às tendências históricas do desempenho da generalidade dos Árbitros em benefício de um dos contendores, tem agravado a desvantagem competitiva do nosso Benfica, regularmente afastado desta prova e assim privado da valorização que proporciona aos atletas participantes, bem como das correspondentes receitas extraordinárias.
Face a este quadro, ninguém, mas mesmo ninguém, poderá escamotear os habituais erros grosseiros dos Árbitros, que definem campeões, branqueando o seu desempenho, na estafada justificação do erro humano e estúpida e prepotente ocultação da verdade a pretexto da não desacreditação do futebol. Sem dó nem piedade; Árbitro incompetente; rua com ele.
Por tudo isto, não posso deixar de achar graça à alegada intenção de Platini e da UEFA em analisar a aquisição dos passes dos jogadores pelos fundos de investimento, com o fim, dizem eles - não se riam por favor - de assegurar o fair-play! Á pano encharcado!
Um abraço a todos
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