A indispensável análise à arbitragem pelo ex-árbitro Reborn:
LANCES CHAVE
Min. 8 - Algumas dúvidas rapidamente desfeitas quanto à posição de Maxi Pereira no momento do passe de Jonas, e antes do cruzamento deste para golo de Lima. No momento da desmarcação de Maxi, o uruguaio está inclusivamente antes do penúltimo defensor penafidelense. Boa decisão de Luís Cabral. (golo bem validado ao Benfica)
Min. 11 - Ínicio da hecatombe disciplinar de Jorge Tavares. Junto à linha de meio campo, Luisão ao tentar disputar um lance aéreo com Rabiola, atinge o mesmo de forma imprudente com o cotovelo na zona da cabeça, num lance onde Rabiola ficou inclusivamente deitado no solo a protestar a acção do brasileiro. A entrada com o cotovelo de Luisão era nitidamente merecedora de cartão amarelo que Jorge Tavares deixou passar, assinalando somente a respectiva falta técnica. Este lance seria o rastilho para uma relação dificil entre Rabiola e Luisão (cartão amarelo por mostrar a Luisão)
Min. 22 - Lance de díficil análise, mas onde Jorge Tavares volta a falhar no capítulo disciplinar. Após cruzamento para a área de grande penalidade, Haghighi e Sálvio disputam um lance aéreo, com o argentino a tentar chegar ao lance de forma imprudente para a condição física do guardião iraniano. Haghighi, que está dentro da área de grande penalidade, lançou-se e socou a bola, colocando-se também a jeito para o choque que se verificou. Contudo, Sálvio, foi, apesar de se notar que apenas tentou disputar o lance, tremendamente imprudente ao saltar com a sua perna direita na direcção do iraniano. Não existe maldade, mas facilmente se verifica que Haghighi acabou por não ficar em bom estado, e felizmente não teve outro tipo de consequência. A vontade de Sálvio chegar ao lance não o iliba da imprudência e perigo de saltar da forma como o fez especialmente com o guarda-redes. Jorge Tavares erradamente apenas aplicou punição técnica. (cartão amarelo por mostrar a Sálvio)
Min. 26 - Lance de díficil análise para o árbitro assistente Luís Cabral. Sálvio (parece-me), isola Jonas que seguia de forma totalmente isolada para a baliza do Penafiel quando Luís Cabral resolve parar a jogada. Fê-lo mal, e acabou por errar gravemente. Em sua defesa, poder-se-á dizer que era um lance muitissimo dificil de analisar, mas como as imagens comprovam, Jonas parte em linha com o penúltimo defensor visitante. Cortou-se assim uma clara oportunidade de golo para o Benfica. (Fora-de-jogo mal assinalado a Jonas)
Min. 35 - Na sequência do que sucedeu aos 11 minutos, Rabiola foi tirar de esforço a situação previamente ocorrida com Luisão. Desta feita foi o português que na disputa de bola com o brasileiro, e quando se encontrava nas costas do mesmo, acabou por o carregar com uma pancada com ambas as mãos na zona da nuca de forma imprudente. As imagens televisivas, são elucidativas. O lance parece ser demasiado para uma agressão, mas a imprudência é evidente e visivel. Rabiola foi claramente dar a resposta á acção de Luisão, e que Tavares deveria ter gerido de outra forma logo em primeira instância. Marcou bem a infracção técnica, mas faltou a disciplinar (cartão amarelo por mostrar a Rabiola)
Min. 42 - Em lance que Sálvio escorrega dentro da área do Penafiel, um defesa penafidelense, ao sair com a bola controlada, acaba por raspar a sua bota na face do argentino. Não consigo perceber quem é o defesa que o faz, mas parece-me uma acção normal de jogo, onde não existe qualquer intencionalidade ou maldade. Fez bem em deixar prosseguir Jorge Tavares (não infracção bem ajuizada)
Min. 55 - Quando Quinones conduzia um ataque do Penafiel em direcção à area do Benfica, ainda que rodeado de alguns jogadores encarnados, Pizzi, entra de forma negligente sobre o colombiano cometendo um rasteira que derruba nitidamente o adversário. A falta não era merecedora de advertência por ter sido uma entrada normal de jogo, sem imprudência ou força excessiva, mas a punição técnica, e era já perigosa porque era a 3 ou 4 metros da área de grande penalidade do Benfica, ficou por assinalar. (falta perigosa por assinalar a favor do Penafiel)
Min. 61 - Aquando do 4-0 do Benfica, Lima arranca à frente do penúltimo defensor do Penafiel, mas o lance é de fácil análise para Miguel Aguilar, uma vez que quem isola Lima é Romeu Ribeiro do Penafiel, anulando assim qualquer posição de fora-de-jogo (golo bem validado ao Benfica),
Min. 67 - Quando Lima se preparava para ultrapassar André Fontes e sair para um ataque perigoso do Benfica, já depois da linha de meio campo, o jogador do Penafiel, mal se vê ultrapassado pelo brasileiro, atinge-o em cheio na zona das canelas, rasteirando-o de forma completamente imprudente. Jorge Tavares que até aí não havia mostrado nenhum cartão amarelo, forçou mais uma vez a sua não amostragem num lance por demais evidente, e onde estava colocado a cerca de 3/4 metros da jogada. (Cartão amarelo por mostrar a André Fontes)
Min. 68 - Na sequência do lance anterior, gera-se a grande confusão da partida. Após a falta, Vitor Bruno do Penafiel, acaba por espicaçar de forma completamente desnecessária Samaris, dando um toque nos pés do mesmo enquanto lhe mandava umas bocas. O grego, que estava em risco para o próximo jogo, acabou por ir no engodo, e virou-se a Vitor Bruno dando um ligeiro empurrão ao mesmo na zona do peito. O árbitro, de imediato, e ao contrário do que havia feito ao longo de todo o jogo, puxou dos cartões e advertiu Bruno e Samaris. Acaba por o fazer de forma correcta, porque Bruno provoca a situação e Samaris acaba por cair na armadilha do seu adversário. Mas o lance não terminaria por ai. Após as duas advertências, Vitor Bruno continuou verbalmente a protestar com o grego, tendo de imediato chegado Maxi Pereira a defender o seu colega, empurrando também ele Bruno. Ambos acabaram por descair para a zona do árbitro assistente Miguel Aguilar, perto do banco do Benfica, e aí, além dos respectivos contactos, Vitor Bruno já depois do empurrão de Maxi, dirigiu desta feita ao uruguaio, já depois de também lhe ter tocado, uma série de impropérios. O árbitro assistente chamou de forma lesta o seu chefe de equipa, que adverte Maxi pelo seu comportamento, e que, deveria também, ter voltado a advertir Vitor Bruno, e consequentemente ter-lhe mostrado o respectivo cartão vermelho. As advertências aos jogadores do Benfica podem ser desagradáveis para os seus adeptos, mas ate´se ajustam pelo comportamento dos dois jogadores mas, Vitor Bruno foi o grande provocador da situação. Não só provocou Samaris, como já depois de advertido se envolveu da mesma forma com Maxi Pereira. Tudo ficaria entendido se o árbitro tivesse advertido ambos os benfiquistas, e dado ordem de expulsão a Bruno, mas é realmente estranha a advertência ao lateral encarnado e Vitor Bruno ter permanecido no terreno de jogo. Erro grave do árbitro e do seu assistente Miguel Aguilar. Bruno foi reincidente e persistente no seu comportamento. (Cartão bem mostrado a Samaris, Maxi e Vitor Bruno - SEGUNDO AMARELO POR MOSTRAR A VITOR BRUNO)
Min. 71 - Advertência a Rabiola por protestos (manifestar desacordo por palavras ou actos)
Min. 72 - Advertência correctamente efectuada a Jardel por entrar de forma imprudente sobre Aldair num lance onde a bola vinha a meia altura. Quando o penafidelense tinha já tocado na bola, Jardel chega por trás, e de forma imprudente ceifa o seu adversário nitidamente. Desta feita Jorge Tavares agiu de forma correcta. (cartão amarelo bem mostrado a Jardel).
Min. 79 - Numa jogada em tudo semelhante ao lance de Luisão na primeira parte, desta feita é Talisca quem entra com o cotovelo num lance aéreo sobre Dani Coelho, deixando o mesmo estatelado no solo. Talisca é reincidente neste tipo de situação, sendo muitas vezes descuidado jogo após jogo. Tavares marcou e bem a falta, mas deixou a advertência por efectuar (cartão amarelo por mostrar a Talisca).
Min. 83 - Lance que ocorre já com 4-0 no marcador, mas que não pode deixar de ser analisado à luz da importância da decisão. Quando Aldair entra na área de grande penalidade do Benfica, do lado do árbitro assistente Luís Cabral, e mesmo junto ao bico da área de grande penalidade, Talisca aproxima-se do mesmo, e de forma negligente, acaba por derrubar o jogador duriense como as imagens comprovam, tocando no mesmo com o seu pé direito, e atingindo-o, na perna esquerda (pé de apoio), quando esta estava colocada atrás da perna direita (como se pode ver nas imagens). Não é um toque clarissimo, mas existe um toque de Talisca, disso não existe a menor dúvida, e na minha opinião é um toque mais que suficiente, especialmente por apanhar o pé de apoio de Aldair, para o derrubar e impedir de prosseguir a jogada, que provavelmente até nem daria em nada. O lance não é merecedor de advertência, por ter sido uma entrada negligente e até existirem de imediato jogadores do Benfica na zona, como se verifica pelo corte imediato da bola após a queda do visitante, mas não me parece existir grande dúvida - fica por marcar uma grande penalidade a favor do Penafiel. Talvez induzido pela queda algo teatralizada de Aldair, Tavares nada marca, mas deveria. (GRANDE PENALIDADE POR ASSINALAR A FAVOR DO PENAFIEL)
SUMÁRIO
Desta feita não existe grandes comentários a efectuar sem ser que Tavares e a sua equipa realizaram um mau trabalho. Tecnicamente acabou por deixar uma grande penalidade a favor da equipa do Penafiel por marcar (mesmo sem influência no desfecho final do desafio), assim como mais um ou outro lance sem grande influência no jogo.
Desta feita não existe grandes comentários a efectuar sem ser que Tavares e a sua equipa realizaram um mau trabalho. Tecnicamente acabou por deixar uma grande penalidade a favor da equipa do Penafiel por marcar (mesmo sem influência no desfecho final do desafio), assim como mais um ou outro lance sem grande influência no jogo.
Foi contudo disciplinarmente que falhou na medida grande. Não teve critério rigorosamente nenhum, e deixou, não só, uma série de cartões por mostrar, como ainda poupou a Vitor Bruno a expulsão e o Penafiel de jogar com 10 jogadores mais de 20 minutos. Foi mau quer para uma, quer para outra equipa, deixando alguns jogadores do Benfica por advertir (Luisão, Talisca e Sálvio), e poupando uma expulsão ao Penafiel (Vitor Bruno)
Num jogo fácil de dirigir, teve o condão de não conseguir fazer o que já neste espaço se elogiou a outros árbitros: desta feita complicou o que era fácil. Decidiu dar muito espaço aos jogadores (leia-se, fazer o jogo sem cartões), e apertou a corda já demasiado tarde. Arbitragem fraca a todos os níveis, sem benefícios ou prejuízo claro de uma ou outra equipa, prejudicou sobretudo o próprio jogo. Beneficiou do avolumado resultado para não se lhe imputarem culpas ou responsabilidades no desfecho final, mas foi uma trabalho realmente fraco.
Quantos aos assistentes: Luís Cabral falhou um fora-de-jogo que impediu Jonas de provavelmente obter golo, enquanto Miguel Aguilar auxiliou muito mal o seu chefe de equipa no lance da advertência de Maxi Pereira, e que deveria ter resultado na expulsão de Vitor Bruno. Na linha do seu colega: actuação a roçar o fraco.
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