Ou seja, para lançar jovens valores, é preciso "fazer-lhes a cama" ao invés de querer que eles a saibam fazer desde o momento zero. Contudo, no Benfica de Jesus não há espaço para quem não sabe fazer (ainda) a cama... E quando isso acontece vemos o homem aos gritos e impropérios, irritado com tudo e todos.
Para Jesus só pode jogar quem o pode fazer sempre em alto rendimento.
Mas um jovem de 17, 18, 19 ou mesmo 20 anos não tem ainda a estrutura mental e até física para que isso aconteça. Além disso, não podem jogar "sobre brasas" a olhar por cima do ombro sempre que erram - e vão errar mais do que gostaríamos e que eles próprios gostariam.
Quer isto dizer que Jesus é mau treinador? Claro que não... Apenas que o seu foco é o máximo rendimento sempre é em todos os jogos - independentemente dos objectivos em jogo, da marcha do marcador, etc.
Para lançar jogadores da formação é preciso ter um plano para eles, é preciso prioritizar o trabalho neles em alguns momentos, tem que se seleccionar dois/três não mais de cada vez, é preciso sacrificar algumas vezes a perfeição em favor do incentivo aos miúdos e das oportunidades, é preciso levá-los para o banco não apenas para os últimos 4 min mas para os lançar sem medos logo que estejamos a ganhar por dois ou mais na segunda parte, etc...
... Nada disto é compatível com o tipo de trabalho que tem vindo a ser feito por Jesus - com os resultados desportivos (apesar de tudo) positivos que estão à vista.
Portanto, se queremos realmente apostar nestes miúdos e ao mesmo tempo continuar a exigir "este Benfica" de alto rendimento... Só vejo uma via:
Estabelecer uma parceria com "os clubes de Liga Europa" em Portugal como o Braga, Marítimo, Guimarães, Estoril e Nacional... É meter todos os anos dois/três miúdos a rodar nesses clubes, mas deixando que sejam os clubes a seleccionar quem querem de modo a que sejam eles a assumir que os querem em proveito próprio mas para jogarem com regularidade e com isso continuarem a crescer e a um ritmo competitivo.
Talvez seja essa a solução para o Bernardo Silva, Fábio Cardoso, João Cancelo, João Teixeira, Ivan Cavaleiro e Hélder Costa numa primeira "leva" que abrirá espaço na B para a subida dos magníficos que vimos hoje a evoluir em Nyon e a dizimar o Real Madrid.
Mas isto não poderia ser feito "em cima do joelho" teria que ser um trabalho de relação desportiva com esses clubes, não numa óptica de favorecimento ou de "caldinho" mas sim numa perspectiva de ganho mútuo desportivo - o clube tem o jogador e nos temos o desenvolvimento do atleta com vista a uma possível integração futura.
O que acham?
- Máximo Rendimento?
Ou
- Desenvolvimento de atletas em competição?
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