Já era esperado que Bruno de Carvalho reagisse às declarações de João Gabriel. O presidente do Sporting não ía perder a oportunidade de se fazer ouvir, depois de nos últimos dias já haver a ideia de que ele estava subjugado a Jorge Jesus.
Ora, no seguimento do apelo do Benfica by GB , e na parte que me toca, não deixarei de responder a um índio que por acaso é presidente do Sporting.
Não mudei de pensamento, e continuo a achar que o parceiro natural do Benfica para mudar o futebol português é o Sporting. Achei que BdC era diferente dos presidentes servis ao FCP que passaram pelo clube de Alvalade desde Roquette. E é. Para o bem e para o mal.
Quer Bruno de Carvalho quer João Gabriel teriam feito muito melhor se ficassem calados.
Têm assuntos para resolver legalmente? Força nisso. Mas calem-se publicamente.
Se os sportinguistas e os lagartos gostam da postura de índio de BdC, é um problema lá deles. Se atacarem a instituição Sport Lisboa e Benfica terão a resposta adequada.
No entanto, não contem comigo para defender pessoas que se metem elas próprias em alhadas.
João Gabriel, como já escrevi ontem, ultrapassou as suas competências. E fala do que não deve. É uma espécie de João Malheiro, mas bem falante, de fato e de banho tomado.
Para gestor profissional de comunicação, para quem chegou a servir um presidente da República, João Gabriel parece estar a desaprender. E a arrastar o Benfica para um nível de discussão a que não pertence.
O que (mais) este episódio está a confirmar é que em Portugal não há uma ideia de futebol espectáculo.
Pelo menos com uma série de dirigentes, a guerrilha e o conflito parece ser a chave para a manutenção do poder.
Em vez de promoverem a rivalidade saudável, acicatam os ânimos promovendo a violência verbal, e dessa forma, municiando a violência física entre os adeptos mais básicos de cada clube.
Por isso é que me merece pouca ou nenhuma credibilidade qualquer proposta de centralização de direitos televisivos que venha a surgir no futuro como salvação do futebol português.
Com este tipo de dirigismo, pouco virado para o negócio mas muito virado para o seu umbigo e imagem, a centralização será apenas para consolidar poderes e influências.
A questão de fundo prende-se com as opções recentes de Benfica e Sporting nos corredores do poder do futebol português.
O Benfica preferiu ter o FCP como parceiro estratégico, deixando o Sporting a falar sozinho. Entre um índio e um corrupto? Escolhia um novo caminho. Só nosso.
Só que a falta de visão tem destas coisas e mais uma vez o FCP fez o que mais lhe convinha e agora num ápice a mesa virou e quem ficou a ver navios foi o Benfica e Luis Filipe Vieira.
E nestas guerras de poder se vai mantendo o futebol português. Cheio de patos bravos, chicos espertos, deslumbrados e gestores falhados. Todos a viver à custa da paixão dos adeptos.
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