O sistema está longe de estar morto.

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Monday, July 27, 2015

O sistema está longe de estar morto.



As declarações de Luis Duque, fazendo referência à questão da centralização dos direitos televisivos, é um recado claro do homem de mão de Joaquim Oliveira ao universo votante da Liga de Clubes.

Aliás, assistiremos nos próximos tempos a uma “luta” interessante sobre quem conseguirá “passar por” representante de Joaquim Oliveira.

Como já escrevi no passado aqui no NGB, sou contra qualquer modelo de centralização que envolva a atual safra de dirigentes, em especial os do FC Porto.

O Sport Lisboa e Benfica representa a grande fatia do mercado televisivo desportivo português. É inquestionável. 
Daí que recuso qualquer cedência do devido valor da Marca Benfica para alimentar um sistema corrupto que passou os últimos 20 anos a financiar a corrupção corporizada no FC Porto de Pinto da Costa.

Não esqueço que a Olivedesportos andou 10 anos a pagar uma miséria ao SL Benfica pelos seus direitos televisivos enquanto sobrevalorizava o que pagava ao FC Porto, permitindo até que o clube condenado por corrupção desportiva colocasse uma clausula no seu contrato de que receberia sempre um mínimo de 80% do valor pago ao Sport Lisboa e Benfica.

Por isso nunca entendi a “gratidão” que o presidente do Benfica sempre ecoou no que respeita a Joaquim Oliveira.

Um dos argumentos usados para defender a centralização é que permitirá distribuir mais dinheiro por todos e não apenas pelos mesmos, permitindo assim dar mais liquidez a todos os intervenientes no futebol português.

Ora, se é Joaquim Oliveira que tem vindo a marcar posição contratual junto da esmagadora maioria dos clubes, o que mudará num cenário de centralização?

O que fez Joaquim Oliveira pelo futebol português  desde que a Olivedesportos ficou com os direitos da primeira Liga senão explorar os clubes, criando uma situação de dependência doentia? Que preocupação pela sustentabilidade do futebol português demonstrou Joaquim Oliveira até hoje?

Na realidade, o que muda no cenário de centralização de direitos televisivos face à situação atual? Não é verdade de que todos os direitos das equipas da Primeira Liga, à excepção do Benfica, já estão com Joaquim Oliveira?

Se hoje Joaquim Oliveira tem uma operação deficitária, então como estará em condições de pagar mais aos clubes? Recebendo de volta os direitos do Benfica, a galinha dos ovos de ouro do futebol português.

E para pagar mais aos outros, terá de retirar do valor a pagar a quem origina receitas, ou seja,  audiências: Benfica como grande campeão de audiências e Sporting numa escala menor.

Tudo para alimentar clubes subservientes ao FC Porto e o próprio clube de Pinto da Costa.

Esta forma de condicionamento por parte dos “actores” do futebol português impede, de certa forma, que outros grupos media como a Cofina possam tentar entrar num jogo já à partida decidido.

Luis Filipe Vieira e Domingos Soares de Oliveira já tinham deixado no ar o recado. Agora o homem de mão, Luis Duque, quer demonstrar perante todos de que é o homem de Joaquim Oliveira.

Aceitará o benfiquista que o Sport Lisboa e Benfica fique de novo debaixo do jugo da Olivedesportos e de Joaquim Oliveira?

Aceitará o benfiquista que, após o sucesso e apoio que tem sido dado pela massa benfiquista ao projecto da Benfica TV, se deite fora o trabalho realizado para voltar a alimentar o sistema à custa do valor da marca Benfica?

Acredita mesmo que Joaquim Oliveira ou o sistema que ele representa estão interessados em potenciar o futebol português?

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