Após ler com atenção tudo o que foi divulgado sobre o novo regulamento de empréstimo de jogadores, fico com a sensação de que se perdeu mais uma oportunidade para fazer da verdade desportiva um símbolo do campeonato nacional de futebol.
Em primeiro lugar, impedir a utilização de jogadores emprestados aquando dos jogos com a casa-mãe é ridículo.
Isso vai querer dizer que, por exemplo, quando o melhor jogador da equipa adversária for o emprestado pelo clube que disputar o campeonato com o Benfica , esse jogador vai jogar com o Benfica mas não joga com esse clube.
Ou seja, o clube que joga com o Benfica jogará desfalcado contra o nosso adversário pela conquista do campeonato.
Isto é verdade desportiva? Não é.
Mais: pelo visto, cada clube poderá emprestar até 3 jogadores a outro clube do mesmo escalão.
Ou seja, não se limitou o número de jogadores a emprestar dentro do mesmo escalão, mas sim a cada clube.
Isto significa que um clube pode emprestar até 51 jogadores no mesmo escalão.
Isto é verdade desportiva? Não é.
Se é considerado que um jogador é menos sério quando defronta o clube dono do seu passe, então esse jogador nunca deveria jogar no mesmo escalão do seu "dono".
Alguém que queira defender a competitividade e a imparcialidade dos restantes clubes do campeonato nunca podia defender que o empréstimo de jogadores, a existirem, seja nestes moldes.
Os dirigentes do futebol português continuam a ter dificuldade em agir com transparência.
Os otários dos adeptos que continuem a sustentar isto tudo.
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