A AG da Liga teve o condão de revelar, aos que andavam a dormir, que Pinto da Costa e o "seu" FC Porto nunca serão parceiros sérios para negociar seja o que for.
O que sucedeu ontem é um ataque claro à arbitragem e aos árbitros.
Um ataque, não do Sporting porque nas instituições vale pouco mais que zero, mas do FC Porto.
Esta espécie de sorteio já existiu no futebol português e não resolveu nada.
Até agora, concorde-se ou não com algumas das suas decisões, as nomeações tinham um responsável e uma cara: Vítor Pereira.
O que o FC Porto quer é o regresso das bolas quentes e frias. O regresso da pressão aos árbitros para que não passe mais um ano sem vencer nada.
O que o FC Porto quer, com o apoio de Pedro Proença e de José Gomes da APAF, é o afastamento de Vítor Pereira. E não se enganem : Fernando Gomes está na linha da frente deste endosso a Proença.
Quem sai claramente derrotado deste processo é Luís Filipe Vieira.
Por culpa própria.
Por ter achado que podia confiar no seu amigo Pinto da Costa.
Por ter cometido o erro que Damásio cometeu, com a agravante de que Damásio era um otario e Luís Filipe Vieira nada tem disso.
Luís Filipe Vieira tinha que ter marcado presença ontem na AG. Não o fez.
Se não fosse egocêntrico, teria um vice presidente ou administrador da SAD com peso no futebol português para o ter substituído.
Preferiu mandar alguém cuja presença vale zero. Cujo poder de influência junto dos outros é nenhum.
Não elegemos Paulo Gonçalves.
Elegemos uma direção para representar o clube. Para o bem e para o mal.
É claro que este processo não está concluído. Mas o que importava a Pinto da Costa era mandar um sinal de força. Pois conseguiu isso à custa da inoperância de Luís Filipe Vieira.
Uma palavra final para os jornalistas presentes no final da AG e cuja prestação podemos assistir em directo no "Dia Seguinte ".
É triste assistir a alguém como Pinto da Costa estar a falar de árbitros e nenhum dos jornalistas presentes perguntar ao presidente do FCP se é legítimo alguém como ele falar em árbitros.
O servilismo de alguns jornalistas ficou patente no patético papel do jornalista dá SIC Miguel Torrão que após a entrevista coletiva ainda foi atrás de Pinto da Costa para lhe fazer uma pergunta claramente encomendada.
Com jornalistas assim, será sempre um passeio para o presidente do clube condenado por corrupção desportiva.
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