"Ramos Lopes, antigo presidente do Belenenses, opõe-se determinantemente à atual política de cedências de jogadores. Em vésperas de mais um dérbi lisboeta, e depois de na 1.ª volta os azuis terem poupado Miguel Rosa e Deyverson no duelo com os encarnados, o antigo líder criticou este tipo de acordos.
“É uma vergonha que os jogadores que têm um pré-acordo com o Benfica não participem neste jogo. O caso do Dálcio, por exemplo, não faz sentido pois foi criado no Restelo e nunca teve qualquer ligação ao Benfica. Não se justifica, de maneira nenhuma, esta situação”, afirmou, criticando mesmo a posição do adversário: “Os benfiquistas deviam ter vergonha desta situação. Comigo a presidente, isto nunca aconteceria pois não permitiria que alguém colocasse em causa a dignidade do Belenenses.”
In Record.
A vergonha é inexistente em algumas almas que penam no limbo do futebol português.
Ramos Lopes foi um dos coveiros do Belenenses e alguém que transformou o clube do Restelo numa agremiação submissa aos interesses do FC Porto, na linha de Sequeira Nunes, o sucessor.
Era alguém que defendia a demolição do Restelo para um qualquer projecto imobiliário, ferramenta dos patos bravos que não descansam enquanto não delapidam um património imobiliário que demorou décadas a construir.
Ramos Lopes representa um passado que insiste em não desaparecer. E não desaparecerá enquanto houver quer não queira romper com esse passado.
Não chegam palavras de circunstância de um qualquer púlpito.
São precisas acções.
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