Um inimigo cobarde e traiçoeiro, esse Al.

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Thursday, March 19, 2015

Um inimigo cobarde e traiçoeiro, esse Al.



Habituei-me a ouvir e admirar o jornalista Fernando Correia como admirava o jornalista Jorge Perestrelo, símbolos de um jornalismo desportivo apaixonado e isento mas sempre com opinião própria.

A "Bancada Central", nos anos 90 e então na TSF, era de escuta obrigatória. A forma como Fernando Correia moderava o debate era um exemplo de como gerir sensibilidades de vários quandrantes clubísticos. O que é certo é que Fernando Correia reunia no seu programa adeptos de todos os clubes e muitas vezes levava o programa a colectividades, clubes ou associações para promover o desportivismo e fair-play.

Fernando Correia tem mantido a mesma postura ao longo dos anos. Continua a granjear o respeito de todos os adeptos do futebol. Pelo menos dos que conseguem manter despida a camisola do fanatismo.

Acaba de partilhar através de um livro a sua terrível experiência de vida. 

Lê-se no livro:
"Pode um livro nascido da dor transmitir consolo e felicidade? Fernando Correia escreveu Piso 3, Quarto 313 para dar testemunho, com total compreensão pelos doentes e pelos familiares que sofrem, amam e tantas vezes choram, na impossibilidade de fazerem melhor. 

Fernando Correia apresenta-nos Vera, a mulher da sua vida, bonita, inteligente, lutadora, mãe-coragem de três filhas, que se transformou na habitante incógnita de um mundo sem memória, sem saudade e sem amor."

“Pode um livro nascido da dor transmitir consolo e felicidade? Fernando Correia escreveu ‘Piso 3, Quarto 313’ para dar testemunho, com total compreensão pelos doentes e pelos familiares que sofrem, amam e tantas vezes choram, na impossibilidade de fazerem melhor."

Mais que um ato de coragem, este livro é um ato solidário para com quem tem familiares doentes com esta terrível doença. 
Pode-se não conseguir inverter ou curar este mal, mas mesmo que eles não percebam, podemos continuar a dar-lhes a mesma dignidade, respeito e o amor que eles já sentiram no passado.
Hoje podem não se aperceber disso, mas amar alguém é mesmo isso. É dar, sem esperar nada em troca.

Um abraço ao Fernando Correia.  

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