“Em relação à tarja do nosso pavilhão, é lamentável. É injustificável”, disse Vieira numa cerimónia de inauguração da Casa do Benfica em Leiria. “Há um processo de investigação em curso para apurar o responsável. Não há conivência da direcção do Benfica com gestos desta gravidade, mesmo havendo antecedentes e provocações. Nada justifica aquela tarja e lamento o que sucedeu”, disse o dirigente do Benfica, para acrescentar.
“Depois de ver a tarja pedi ao nosso diretor de segurança que fosse retirada. Foi entendimento da PSP e do nosso diretor de segurança que uma intervenção imediata poderia provocar problemas de segurança bem maiores. A tarja está na posse das autoridades e há um processo de investigação a decorrer. Será que podem dizer o mesmo das tarjas de Alvalade” questionou Luis Filipe Vieira.
O presidente do Benfica foi mais longe e acusou: “O Sporting não cortou relações por causa da tarja. A tarja foi um instrumento usado. A tarja do pavilhão da Luz entrou sem autorização e sem o nosso conhecimento. E as tarjas de Alvalade? Foram ou não preparadas nas instalações do Estádio de Alvalade? Foram ou não pintadas na garagem do estádio? Para mim, o Sporting é um clube que merece todo o respeito e por isso quando vai jogar à Luz é tratado pelo nome. É Sporting, não é visitante”, acrescentou.
O presidente do Benfica lamentou ainda a forma como foram tratados os dirigentes encarnados em Alvalade. “Quando os dirigentes do Sporting vêm à tribuna presidencial do nosso estádio são bem recebidos, ninguém lhes diz que são “personas non gratas”. São tratados com a dignidade e o respeito que merecem”, disse Vieira.
O presidente do Benfica deixou claro que no combate à violência não pode haver cedências. “A violência é um problema sério. É um problema de todos, mas a violência não se resolve com demagogia. As tarjas, as tochas na bancada e no relvado, são um problema que devia ser resolvido em dois sítios: na Liga e na polícia. Não no Facebook, em comunicados, e, propaganda”, sublinhou Vieira, recordando o que se passou há anos na Luz.
“Em novembro de 2011 um grupo de arruaceiros incendiou-nos o estádio. Não cortámos relações com ninguém porque o clube não pode ser gerido por impulso, tem de ser gerido com responsabilidade, não com a sensibilidade e o querer de um adeto de bancada. Desde novembro de 2011, ninguém do Sporting lamentou ou pediu desculpas pelo ato. Não foi por isso que cortamos relações”.
Luis Filipe Vieira justificou por só agora ter abordado o tema da faixa no pavilhão da Luz. “Quis ser hoje a dize-lo de viva voz, na minha primeira aparição pública. Já sei que vão aparecer alguns a dizer que passaram seis dias. Passaram mais de três anos do incêndio da Luz e ainda ninguém do Sporting repudiou ou lamentou aquele triste incidente”, concluiu.
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