Leio que a Sagres não pode isto, não pode aquilo, que tem responsabilidades, que não se pode brincar com um jogador da Selecção, que não se pode comparar com as mortes de Paris, etc, etc.
Realmente, alguns portugueses são uns cinzentos sem qualquer sentido de humor ou capacidade de se rirem de si próprios.
Ninguém, ou pelo menos por aqui se compara as mortes de Paris com isto.
O que sim é comparável é que a liberdade de que usufruíam os cartoonistas do Charlie é a mesma que neste país ainda se defende.
E se tanta gente defendeu que eles, que mexiam com crenças e pessoas sem olhar a limites, tinham esse direito não será agora que por causa de uns gajos que correm atrás de uma bola que se vão colocar limites à liberdade criativa de alguém, mesmo que não apreciemos o seu sentido de humor.
Na minha opinião, o vídeo da Sagres é engraçado e todas as jornadas deveríamos ter mais vídeos destes que envolvessem todas as equipas. Espero que o façam.
A Sagres, uma marca mítica que alguns procuram agora denegrir, é a mesma que através do seu patrocínio tem sustentado grande parte dos prémios pagos ao Patrício quando ele vai à selecção.
É a mesma marca que tem sido um dos principais financiadores do futebol português.
Os clubes, a Liga e a FPF têm problemas muito mais sérios para resolver que andar preocupados em censurar uma das empresas que lhes permite funcionar.
Que ocupem o seu tempo a combater a violência, a batota e os ataques em surdina que estão a ser feitos a árbitros, dirigentes e atletas. Que se preocupem em defender a liberdade de expressão dos jornalistas desportivos que são ameaçados. Ou para isso fingem que não sabem?
Aqui o ordinarão do Shadows continuará a beber Sagres com muito gosto.
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