(Albert Einstein)
Jorge Jesus é indiscutível um homem de origens humildes, que trabalhou imenso para chegar onde chegou e que conseguiu construir, sempre na adversidade (até chegar ao Benfica) um percurso em que a sua arte teve que aguçar o engenho para se superiorizar algumas vezes a outros com mais recursos.
Quando, por mérito chegou a um grande clube e, já perto dos 60 anos de idade lhe chegaram as primeiras conquistas, deslumbrou-se com os elogios que até então se limitavam ao seu círculo mais fechado.
À Luz chegavam jogadores de grande qualidade, desconhecidos da maioria dos adeptos, que a dimensão de treino (acima de tudo isso) faziam esses jogadores de grande qualidade atingir um patamar de regularidade e de envolvimento no jogo da equipa que nunca tinham conseguido evidenciar.
Da Luz esses jogadores saiam por milhões nunca antes vistos e Jorge Jesus era diariamente tido como o "Deus da Valorização de Jogadores", da potencialização (como ele gosta de dizer).
Jesus considera-se superior a todos e faz questão de o mostrar e evidenciar, numa espécie de que "se não sabem, eu explico a minha importância" e ouvimos as conferências de imprensa sempre carregadas de "eu fiz", "eu mudei", "eu vi", "eu decidi"... Quando corre bem! Sim, porque quando corre mal já foi "a equipa"...
Como diz Einstein no início do texto, Jesus não se libertou do seu ego e por isso o seu valor nunca será tão grande como o seu trabalho merece.
É essa necessidade de se auto-valorizar que o impede de ter um lugar na história do futebol e, como dizia o José Marinho na sua página do Facebook hoje, "espero que não seja o ego a orientar a equipa até final da temporada, mas sim o treinador. Caso contrário teremos algumas desilusões".
Esta conversa de "agarrem-me senão o melhor do Mundo vai-se embora e vocês enfrentam a escuridão" foi uma palhaçada que eu entenderia da parte do Jorge Mendes para pressionar o Vieira a dar esse aumento a Jesus, mas jamais entendo que, em semana de derby, o Jesus alinhasse nessa conversa de forma tão grosseira...
Foi traído pelo seu ego... Mais uma vez! Apenas mais uma, como em tantas outras. É pena!
Vieira tem agora, curiosamente, uma posição negocial bem mais favorecida. Está agora em condições de dizer ao Jesus "boa sorte nesse novo desafio a ganhar mais de 4M€ e com uma atitude de arrogância perante as estrututuras de clubes de dimensão mundial" - os tais seus clubes que ele falava.
Nem precisamos de ir muito longe, para ver o que está a acontecer ao Luis Enrique por ter chegado a Barcelona com a mania que era o novo Guardiola. Durou 2 meses... No fim da época vai de viola, mesmo que ganhe!
Jesus sabe, o Mendes sabe, todos sabem que não há esse mercado de top mundial à espera do Jesus. Este "número" desta dupla foi ridículo e indigno do treinador que ele é, mas digno de um "cagão de meia tigela" como ele se porta, quando a conversa lhe foge para a Reboleira.
Se Jesus queria que o Benfica lhe compensasse o que o Vitor Gaspar lhe tirou... Eu também queria que me fizessem isso a mim e até sou pessoa para desejar que o fizessem a todos os nossos leitores do blog. Mas nenhum patrão o vai fazer e o Benfica também não.
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