A guerra do futebol português.

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الاثنين، 16 فبراير 2015

A guerra do futebol português.


A guerra entre os clubes da Segunda Circular continua sem tréguas ou fim à vista.

Depois de quase uma semana ter decorrido, Luis Filipe Vieira respondeu aos ataques do Sporting no único sítio em que se sente bem: o púlpito de uma qualquer Casa do Benfica.

Leu um bom discurso na generalidade, provavelmente escrito por João Gabriel, mas faltou-lhe o costume: convicção e paixão. 
Convicção porque Luis Filipe Vieira sabe que o que está na origem destes conflitos nada tem a ver com o sucedido na semana passada. 
Paixão porque ninguém pode assistir 6 dias ao enxovalho do nome do Benfica em público e dizer que só falou naquele momento porque foi a sua primeira aparição pública. Onde esteve o resto da semana? Não será que qualquer momento ou altura são bons para se defender o Benfica?

As explicações dadas por Luis Filipe Vieira são certeiras mas com algumas falhas. Uma delas muito grave e que coloca em causa a própria atenção e importância(ou falta dela) dada à tarja no jogo.
Já assisti a dezenas de jogos nos pavilhões da Luz. Nunca a PSP se coibiu de intervir fosse onde fosse, estivesse quem lá estivesse. 
Aliás, mesmo em jogos com o Sporting, já foram várias os varrimentos dados a adeptos do Benfica dentro do pavilhão e aí ninguém se preocupou com a segurança dos espectadores.

Também do lado da PSP, não vi a polícia preocupada com a segurança dos milhares de manifestantes em São Bento quando, devido a cerca de 50 agitadores na frente dessa "manif" carregou indiscriminadamente sobre mulheres e idosos que se manifestavam pacificamente.
Não vi essa preocupação da PSP quando em pelo Chiado agride à bastonada jornalistas e transeuntes numa manifestação do género.

Não me lembro de ver a PSP preocupada com a segurança dos milhares de benfiquistas quando varreu uma das zonas das roullotes em frente ao Estádio da Luz em 2012, tudo devido a meia dúzia de arruaceiros.

Portanto, a desculpa dada por Vieira não pega e revela a sua falta de paixão pelo clube e pelo seu bom nome. O que protege Vieira quando se nega a agir perante arruaceiros e criminosos que se misturam entre as claques do Benfica? Será que este inquérito sobre o que se passou vai ter o mesmo destino que o inquérito sobre quem era o "bufo" dentro do Benfica?

Embora tenha sido de facto um bom discurso, o mesmo só prolonga a guerra e, como se previa, resultou em que o presidente do Sporting tivesse pretexto para mais algumas acusações ao presidente do Benfica.

BdC acabará, a seguir este caminho, por sufocar no próprio vómito. Escolheu o caminho da arruaça, da baixeza e da baderna, em vez de seguir uma caminho mais elevado na linguagem, elegante no trato e agregador para uma espécie de alternativa ao poder do FC Porto.

O que está aqui em causa não são as camisolas da Juve Leo, a tarja dos No Name ou até mesmo os petardos ou as agressões. Deveria ser só isso mas afinal essas coisas não passam de um pretexto.

O que está aqui em causa é a guerra pelo poder e o isolamento do Sporting, em que o Benfica continua a participar como representante dos interesses dos únicos que podem ser prejudicados se tiverem que concorrer com o Sporting: o FC Porto.

BdC, na sua estupidez, não percebeu que fazer um jogo tipo FC Porto só acabaria por o isolar, até mesmo dentro do seu próprio clube. 

Vieira, por seu lado, continua a achar que é mais esperto que os outros e por isso continuará a pensar que fazendo um acordo temporário com Pinto da Costa lhe irá trazer dividendos futuros, em especial quando se tratar de fazer regras para a centralização dos direitos televisivos.
O Benfica garantirá a maior fatia do bolo desde que o FC Porto receba a segunda maior. 

BdC cedo percebeu que Luis Filipe Vieira prefere andar a apalpar terreno e tentar garantir uma boa posição negociando com PC e JO do que assumir uma ruptura com o poder dominante e arranjar uma alternativa a esse poder.
Daí ter sido escolhido o nome de Luis Duque, depois de convidados Soares Franco ou Godinho Lopes. Daí o Sporting ter sido marginalizado nessa escolha.

BdC, de lufada de ar fresco no futebol português, transformou-se numa piada de mau gosto e a prosseguir neste caminho, rapidamente teremos no Sporting novamente capachos do FC Porto prontos a acabar com o resto.

No entanto, nada disto desculpa a posição de Vieira. Prefere seguir um caminho com corruptos, tendo em mente a célebre frase "confiem em mim". 
Preferiu não assumir uma alternativa ao poder dominante e deu prioridade a manter as velhas amizades com JO e PC.
Está a fazer do Benfica um "testa de ferro" do FC Porto na sua luta por eliminar a concorrência.

A raiz deste problema todo vem dessa escolha de Vieira e da personalidade odiosa de BdC.

Neste momento quem está a beneficiar deste barulho todo é o FC Porto e PC, como sempre. 
Más relações entre Benfica e Sporting sempre beneficiarão o clube condenado por corrupção.

É fácil responsabilizar os outros por falta de acordos ou entendimentos. 
Mas quem afinal andou e anda nos bastidores do futebol a fazer campanha pela manutenção do actual poder dominante?

Nota: O Benfica cumpriu a sua missão frente ao Setúbal. Quem não viu o jogo que tivesse ido ao estádio ou tivesse a BTV. Quando se ganha por 3-0 e se é superior, não sei o que há mais a dizer. Só tenho a dizer que acho curioso que este semana já se falou no segundo classificado. É que na jornada passada parece que só existiam primeiro e terceiro quando se tratou de realçar que o Benfica tinha perdido 2 pontos.

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