Os direitos televisivos: mais um pouco do véu levantado.

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الثلاثاء، 20 يناير 2015

Os direitos televisivos: mais um pouco do véu levantado.


O programa "O Dia Seguinte", conduzido pelo jornalista Paulo Garcia, ontem abordou novamente o tema dos direitos televisivos.

Um assunto vital para o futuro do futebol português, e acrescento eu, para o futuro de quem tem dominado o futebol português dentro e fora dos relvados.

Um dado importante revelado por Rui Gomes da Silva passou pelo tipo de modelo que possa vir a ser adotado em Portugal. Disse o vice-presidente do Glorioso que esse modelo deverá ser idêntico ao que venha a surgir em Espanha, embora o mesmo já tenha afirmado que se identifica mais com o modelo italiano.

A questão depois levantada por Rogério Alves passa pelo que tem sido o modelo mais comum, não importa as diferenças específicas de país para país, de a centralização ser geralmente realizada apenas com um operador televisivo.

Quem é o operador que tem actuado com exclusividade em Portugal? 
Quem é o operador que face às acções tomadas por Mário Figueiredo procurou logo assegurar, e com sucesso, a fidelização de todos os que poderiam ficar livres de contrato?

A questão que se coloca é qual o papel reservado à BTV.

Tem a BTV capacidade financeira para licitar os jogos da Primeira Liga? Não. 

Aceitarão Sporting ou FC Porto que os seus jogos passem na BTV, como operador centralizador ou num modelo repartido por 2 operadores que inclua a BTV? Duvido. 

Então de que forma pode a centralização nos interessar? 
Não tem sido um modelo de operador único que tem vigorado em Portugal nos últimos anos? Com que proveito real para os clubes? Para o SL Benfica? 

Não vejo que o modelo, seja qual for, possa vir trazer nenhuma mais valia à marca Benfica nem aos cofres do clube.
Também perante o reduzido mercado português e o afastamento das grandes empresas financiadoras do futebol português como o BES ou a PT não sei que mais valia trará aos restantes clubes, a não ser à custa da diminuição das receitas televisivas do SL Benfica. 

O operador único, desde que perdeu os jogos na Luz, entrou numa espiral de prejuízos enorme. O próprio presidente da NOS, um dos accionistas do operador único, mencionou isso de forma clara e inequívoca.

Portanto, se hoje o operador único pagando apenas o suficiente para ir mantendo os clubes à tona já dá prejuízo, como irá pagar mais se os valores a pagar forem mais elevados?
O operador único não detém apenas os direitos de transmissão. Detém também a publicidade estática que rende muito dinheiro. Mas parece que não chega.

Portanto, o que falta ao operador único que queira licitar os direitos da Liga Portuguesa é o seu conteúdo mais valioso: os jogos do Benfica na Luz.

É esse ponto MUITO IMPORTANTE que importa esclarecer.

Domingos Soares de Oliveira lidera a comissão que estuda o assunto. Não sei se como representante do SL Benfica ou noutra qualidade, pois foi nessa outra qualidade que chegou ao SL Benfica.

Qualquer modelo de centralização valerá muito pouco sem os direitos de transmissão dos jogos no Estádio da Luz.

Como Rui Gomes da Silva e Luis Filipe Vieira têm afirmado, o caminho da BTV é irreversível.
Se é irreversível, então o que faz o SL Benfica na dianteira deste processo que, sem os jogos do SL Benfica na Luz, estará condenado ao insucesso?

São muitas as questões. As respostas virão com o tempo, mas continuo a manter as mesmas reservas.

Nunca vi Joaquim Oliveira ou Pinto da Costa preocupados com o futuro do futebol português. Apenas com o seu. E nesta altura o operador único está numa situação financeira muito grave.

O processo de centralização visa salvar quem?

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