OFICIAL: Benfica vence a Liga dos Campeões dos Euros

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Wednesday, January 21, 2015

OFICIAL: Benfica vence a Liga dos Campeões dos Euros

Ah e tal são quinze milhões agora, ou trinta ou quarenta, e tudo isto teria algum valor para nós se nos dissessem que com estes 15, 25 ou 30, nos próximos três anos seríamos capazes de construir uma equipa sem ter de vender ninguém. Mas não. Embriagam-nos com os 15 de hoje, os 25 de amanhã e os 45 de depois, parece que quanto mais dinheiro entra mais pobres e necessitados estamos, e a nós, aos adeptos, resta o triste fado de nos irmos habituando a esta debandada de talento, que só não tem sido absolutamente devastadora no plano desportivo porque o Benfica tem de facto um excelentíssimo treinador.

Mas também não vou dizer que o Benfica fez uma má venda com Bernardo Silva. Mesmo que eu  me esteja absolutamente a borrifar para este campeonato dos euros que o Benfica parece disputar em surdina com o FCPorto, percebo que mal ou bem o Benfica precisa vender. E tendo de vender, convenhamos que andarmos a vender por 15 milhões em épocas de vacas magras, jogadores que pouco ou nada calçaram na equipa A e cujo futuro a nível profissional continua uma incógnita, tem de ser considerado excelente.

Portanto, eu não vou aqui catalogar a venda de Bernardo como excelente ou catastrófica. Se me cingir ao plano desportivo, que é o que me interessa, não gostei. Estou-me a borrifar para os euros porque eles não me dão alegrias nenhumas. Quem me dá alegrias é o Enzo, o Matic, o Di Maria, um dia possivelmente seria o Bernardo, e por isso gostava que todos os bons jogadores ficassem. Mas como quem decide coze-se com outras linhas, a venda de Bernardo é por mim percebida, o que não significa que me agrade.

Mas isto obviamente leva-me para a confirmação uma vez mais daquilo que sempre aqui defendi. Que o Benfica Made in Benfica é uma utopia em que só alguns iludidos acreditam. Num dia estão nas nuvens e no seguinte no precipício, num dia é tudo um sonho lindo e no outro parecem acordar de um pesadelo do assombro da realidade, incapazes de perceber a verdade que sempre se revelou tão cristalina bem à frente dos seus olhos: O Benfica com que alguns sonham não existe, nunca existiu, jamais existirá!

Eu, repito, não estou contra as vendas. Estou sim contra a areia que o Presidente LFV tem deitado para os olhos dos benfiquistas (alguns), reclamando para si uma bandeira que a prática tem mostrado ser apenas mais uma forma (e excelente segundo parece) de realizar euros. E tenho pena porque esses benfiquistas revelam-se frágeis, facilmente influenciáveis e vão no engodo da mentira.

E serei capaz de fazer marcha atrás nesta minha critica presidencialista, no dia em que um jornalista tiver coragem de perguntar a Jorge Jesus o que pensa ele hoje da época que o Bernardo, o Cancelo, ou o André Gomes estão a fazer... Se lhe perguntarem por exemplo se os empréstimos/vendas foram uma decisão sua ou do presidente... Se lhe perguntarem qual era a confiança que ele depositava nesses jogadores há 6 meses atrás quanto à sua capacidade de conseguirem impor-se num grande clube a alto nível... Se os jogadores eram ou não aposta de futuro...

Se Jorge Jesus respondesse assim: “Nunca acreditei no futuro desses jogadores”, ilibo imediatamente o presidente das minhas críticas e o foco das minhas análises terá de passar a ser o treinador. Se Jorge Jesus respondesse que sempre acreditou no seu futuro mas que não valia a pena investir muitos recursos nessa aposta porque era certo e sabido que os jovens já estavam com guia de marcha, então aí a música é outra. De uma forma ou outra, gostava que fizessem essas pergunta a Jorge Jesus. Com mais dados, a minha avaliação seria muito menos especulativa.

Mas em suma, isto é o que sempre pensei, que sempre aqui escrevi, que sempre disse que iria acontecer, e que pelos vistos está a acontecer:

O Benfica Made in Benfica é uma farsa.

O Benfica Made in Benfica é um sonho cor-de-rosa que só tem projeção prática dentro das nossas portas até ao dia em que alguém mostre a cor de 10 ou 15 milhões de euros.

O Benfica Made in Benfica só será uma realidade no dia em que o Benfica decida não vender esses jogadores ao fim de 5 ou 6 bons jogos, O QUE IMPLICA TER NÃO SÓ OS BONS JOGADORES MAS TAMBÉM CAPACIDADE FINANCEIRA PARA OS SEGURAR DOIS OU TRÊS ANOS PELO MENOS. Ter apenas os bons jogadores sem ter a capacidade financeira de os segurar vale tanto para nós como para qualquer clube exportador de talentos da América do Sul!

Se os jogadores foram “emprestados” com cláusulas de compra, é porque o interesse sempre foi vender. Simplesmente óbvio, ou então não se colocavam as cláusulas nem fazíamos de nós próprios reféns dos interesses de terceiros. Se os jogadores se revelarem bons durante os empréstimos são vendidos. Se forem maus ou medianos, ficam. Daí a minha conclusão de sempre: UM BENFICA MADE IN BENFICA SERÁ SEMPRE UM BENFICA MEDIANO.

E onde fica Jorge Jesus no meio disto tudo? Onde sempre ficou. Qual o interesse de andar a formar jogadores para 10 ou 15 jogos, cometendo eles todos os erros próprios da idade nesses jogos, que custam pontos e campeonatos, para ao fim desses 15 jogos, já mais maduros e capazes irem brilhar para outras paragens?

A Jorge Jesus interessa fazer o que sempre fez: Apostar em outros miúdos que já chegam à Luz com alguma bagagem de futebol sénior e mais imunes à pressão e ao erro, apostar nos Bernardos da América do Sul, jogadores que já passaram um ano pelas mãos de um qualquer Leonardo Jardim e que chegam à Luz num estágio mais avançado da sua evolução, em suma no estágio em que o Bernardo se prepara para entrar agora, mas o tal Bernardo que o Benfica já não poderá ter.

Reparem: Qual o interesse para Leonardo jardim andar um ano a apostar no Bernardo chegado de uma segunda liga portuguesa, se agora, num altura em que ele claramente evoluiu, fossem outros a recolher os louros do seu brilhantismo? ABSOLUTAMENTE NENHUM. PARA ISSO CONTRATAVAM UM JOGADOR JÁ FEITO.

A diferença é que no caso do Leonardo Jardim, o Bernardo agora fica no Mónaco para evoluir ainda mais e consolidar-se como grande jogador de futebol que poderá vir a ser. Se fosse no Benfica, agora seria a altura em que o Jorge Jesus possivelmente o perderia. Ou seja, para Jesus, existiria apenas o Bernardo dos erros e da imaturidade.

Apostar na miudagem da Luz? Totalmente de acordo. Mas para os treinadores de clubes de topo, para os treinadores de clubes em que duas derrotas seguidas significam despedimentos, essa aposta só faz sentido se for para formar para manter os jovens entre nós.  Se é para formar para vender ao fim de 10 bons jogos, não há formas bem mais simples de ganhar campeonatos?!

Essa, como sempre aqui escrevi, é a grande diferença entre a aposta na formação de um clube como o Benfica ou o Penãrol... e o Real Madrid!


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