Facto 1. O jogador tem historial de problemas físicos (chumbou nos exames médicos no SCBraga) e problemas de conduta fora de campo (reportado por um jornalista uruguaio que depois tentou emendar a mão de forma vergonhosa).
Facto 2. Diz quem o conhece que estamos perante um jogador de enormíssima qualidade. Eu não faço a mínima ideia. Nunca o vi! Nem sequer fui à procura de videos dele. Para mim é um perfeito desconhecido que, até que me demonstre em campo, deve estar atrás do Rui Fonte nas opções para o ataque.
Dito isto, sendo um negócio de risco, o SLBenfica tinha duas vias: abdicava de uma contratação com potencial de valorização (por agora é só mesmo isso, potencial) ou acautelava-se devidamente em termos contratuais.
Os jornais dizem que a forma escolhida pelo SLBenfica para isso foi transformar uma aquisição que se fala que está entre os 4 e os 6M€ num empréstimo com opção de compra durante 3 anos.
Ora, o que isto quer dizer é que o SLBenfica chegou ao Peñarol e disse: vocês assumem o risco das lesões e da possível má conduta do jogador, eu fico com ele em Portugal e se correr bem e eu o valorizar, pago os 4 ou 6M€ (seja lá o que for) e vendo a seguir com brutal mais valia.
Bom... isto para mim nem se estivesse a falar para surdos faria sentido. Os uruguaios nem fazem encaixe financeiro agora, nem sabem se o vão fazer no futuro... e ainda ganham zero a mais por esperar se o jogador efectivamente rende. Teriam que ser mesmo muito burros para aceitar isto...
É que 4M€ pagos agora (ainda que em tranches) ou pagos daqui a 3 anos... não são os mesmos 4M€, pois esse valor no vosso bolso agora, vale muito mais que no bolso de alguém durante três anos e depois ser vosso.
Ao final do dia de ontem, havia algumas informações que davam conta que o negócio poderia ser diferente e cheguei a ler isso algures que já não me lembro onde e que fez todo o sentido: O SLBenfica condicionava o pagamento do jogador à realização de um número relevante de jogos, de modo a garantir que a potencial lesão e a conduta do jogador não afectavam o seu rendimento e, com isso, desvalorizavam o investimento do SLBenfica.
Aqui seria win-win e parecia-me fazer todo o sentido: O Peñarol recebe o dinheiro logo que se prove que "a mercadoria" (perdoem-me a analogia comercial) está nas condições que eles prometem estar ao pedir uma soma tão avultada pela sua transferência. É uma espécie de "Try & Buy".
O cenário que os jornais referem só faz sentido se o SLBenfica tiver que pagar ao Peñarol uma % da mais-valia da transferência, senão penso ser muito forçado acreditar que os uruguaios têm em casa um jogador que vem com rótulo de jogador de grande potencial... e sujeitam-se a estar três anos a espera de um pagamento. Não acredito na carochinha...
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