Empréstimos de jogadores: uma questão de transparência.

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Thursday, December 11, 2014

Empréstimos de jogadores: uma questão de transparência.


Muito deu que falar a não utilização dos jogadores do Belenenses frente ao Benfica. Mas na realidade esses jogadores não estavam emprestados. O que esteve por detrás dessa não utilização já foi por demais entendido.

O que isto deixou à vista foi a dificuldade que os clubes têm em propor e votar normas para o futebol que o tornem mais transparente, mais atrativo.

Li várias opiniões de que os jogadores emprestados não deveriam poder jogar contra o clube mãe. Pergunto onde está aí a defesa do espectáculo e dos jogadores? Onde está aí a defesa do clube onde o jogador trabalha no momento? Onde está aí a defesa da verdade desportiva?
Se o jogador impedido for o melhor jogador da equipa?

A questão principal, no meu ponto de vista, é que os empréstimos servem para manter a influência dos clubes mais fortes financeiramente. E são claramente um meio de adulterar a verdade desportiva. Ou será que andamos todos a dormir estes anos enquanto certo clube emprestava dezenas de jogadores?

Eu sou contra empréstimos a clubes da mesma divisão. Aliás, muito me surpreendeu quando a 28/06/2012 foi aprovada pelos clubes(19 a favor, 9 contra e 1 abstenção) essa proibição. Pela primeira vez em muitos anos eu via uma medida que iria beneficiar a transparência no futebol português.

O que esperava? Que o clube que usava esse estratagema lutasse contra essa norma que o iria limitar tanto.

O que aconteceu na realidade? Foi o Benfica que meteu o recurso na FPF contra a aprovação dessa norma. E o resultado veio a 19/07/2012 com o Conselho de Justiça da FPF a dar razão ao Benfica.

Perdeu-se aí (mais) uma oportunidade de terminar com um expediente usado pelo clube condenado por corrupção. E (mais) uma vez não foi esse clube que deu a cara pela sua luta. 

Como já disse antes, sou contra os empréstimos de jogadores a clubes do mesmo escalão. Os clubes portugueses, em especial os grandes, que deixem de ter sob contrato mais de 100 jogadores ao mesmo tempo. Que gastem o que as suas carteiras realmente comportam e quando comprarem jogadores que seja para apostarem neles e não para impedir que esse jogador vá para um rival como tantas vezes vimos.

Na pior das hipóteses, um clube poderia emprestar 3 jogadores a clubes do mesmo escalão e com um máximo de 1 por clube.

Se os clubes estivessem interessados num futebol transparente, teriam seguido um caminho não necessariamente igual a este mas parecido.

Curioso é que o novo presidente da Liga de Clubes, Luis Duque, tem-se remetido ao silêncio neste tema dos últimos dias. 
Aquando da aprovação pelos clubes da norma que impedia os empréstimos em 2012, Luis Duque na altura na SAD do Sporting, defendeu esta norma e disse que se o Nacional não a tem proposto teria sido o Sporting a avançar com ela. 

O que será que o presidente da Liga de Clubes defende hoje? 



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