Esta frase de Luis Filipe Vieira produzida a 19/04/2003 foi o marcar do estilo do presidente do Benfica.
Promessas realizadas sempre para um futuro não muito distante, em que se alimente o imaginário de quem nele acredita e que encha as capas dos jornais. O chamado "sound bite".
Confesso que já lhe perdi a conta. Algumas delas:
"Temos a coluna vertebral do futuro campeão europeu. Queremos só fazer alguns reajustamentos, sabemos que temos um grande técnico(Jesualdo Ferreira)." – 28/04/2002.
"Se o Benfica não tiver 300 mil sócios até Outubro, demito-me." – 2005.
"A dívida do Benfica não assusta ninguém, deixem chegar o Benfica a 2011 e verão que o Benfica será um colosso europeu, para não dizer mundial." – 21/09/2006.
"Vender e baixar a massa salarial, mesmo que isso signifique sacrificar a nossa competitividade." 22/09/2012.
"Todos nós temos essa tristeza, mas as coisas vão mudar." - Outubro de 2001. Atirou esta frase feita quando foi interpelado por benfiquistas nos EUA acerca da inexistência de jogadores do SLB na Selecção.
“Vamos baixar as quotas e os bilhetes até Janeiro. Esta medida já estava a ser pensada e não é demagogia. Quero um estádio sempre cheio e não meia casa.” - 2012.
A promessa da aposta em 4 ou 5 jogadores da formação é mais uma dessas frases e entrevistas que chutam para o futuro a resolução dos problemas do Benfica, sempre numa altura em que as coisas estejam mais difíceis como é agora com a eliminação das competições europeias.
O problema desta promessa específica prende-se logo com o primeiro facto: a falta de pulso e autoridade de Luis Filipe Vieira relativamente a Jorge Jesus. O treinador do Benfica pode eventualmente ceder em ter 2 ou 3 jogadores impostos no plantel, mas dificilmente eles tocarão na xixa.
O treinador do Benfica tem horror à formação. Isso envolveria ter a capacidade de ensinar e fazer crescer os jovens, coisa que Jorge Jesus como se viu na forma miserável como se dirigiu ao Samaris em Coimbra, não tem capacidade. A diferença é que se ele trata assim um estrangeiro a coisa fica por aí. Se trata assim um jovem, com a família a acompanhar sempre de perto o seu crescimento, terá provavelmente depois problemas com os familiares.
O Bernardo Silva foi um dos exemplos mais recentes.
Caro Luis Filipe Vieira, a única forma de conseguir cumprir as suas promessas de estratégia desportiva como esta será quando entregar a gestão do futebol a quem dele goste e perceba. Enquanto for Luis Filipe Vieira a mandar e Jorge Jesus a desmandar, continuaremos a gastar milhões na formação sem qualquer proveito.
E já agora, desde quando André Gomes é um produto da formação do Benfica?
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