"Tiago Ribeiro, presidente da SAD do Estoril, e habitual porta-voz dos clubes nos recentes problemas relacionados com a Liga, afirmou que a aproximação de Benfica e FC Porto foi benéfica para a Liga, não a considerando, no entanto, uma aliança, como muito se tem ouvido.
“Aliança é uma palavra mal empregue neste caso, o que há é um consenso, quase geral, dos clubes e Porto e Benfica fazem parte desse grupo. Com ideias comuns, discussão de pontos comuns, e as divergências [entre os dois clubes] tem que ficar em assuntos que não têm convergência”, afirmou o dirigente esta terça-feira, à partida da comitiva do Estoril para a Rússia, onde tem lugar o jogo da Liga Europa diante do Dínamo Moscovo.
Tiago Ribeiro disse ainda que o Sporting não foi excluído do processo pelos outros clubes da Liga, nem considerou a aposta em Luís Duque como qualquer afronta aos leões.
“Acho que o Sporting excluiu-se por conta própria. Fomos buscar uma pessoa competente no futebol amador e profissional, sem rosto de Benfica ou de Porto para que ninguém pudesse dizer nada. É uma pessoa isenta e o litígio com o Sporting não tem nada a ver com isto. Fomos buscar uma pessoa capaz de fazer a Liga funcionar de forma adequada”, rematou." - Record.
É notável a preocupação de todo o universo de apoio a Luis Duque em desmentir qualquer aliança entre Benfica e FC Porto.
Agora é o mui voluntarioso presidente do Estoril SAD que também veio reforçar essa ideia.
O mesmo Tiago Ribeiro que tinha afirmado que Luis Duque era uma escolha concertada entre Benfica e FC Porto e apresentada aos restantes clubes para ractificação.
Quando vejo Pinto da Costa falar em nome de FC Porto e Benfica, Tiago Ribeiro que fez parte do grupo da bomba de gasolina preocupado em desmistificar a tal Aliança, parece que ou realmente nunca houve Aliança ou então há uma preocupação muito grande em disfarçar algo que nem mesmo os termos "colaboração", "consenso"ou "convergência" conseguem mascarar.
Quais são os únicos interesses que foram afectados nos últimos tempos? Olivedesportos e FC Porto.
Quantas vezes foi escolhido um líder do futebol português, quer FPF ou Liga, nos últimos 15 anos sem a benção ou escolha de Joaquim Oliveira e Pinto da Costa? Nenhum.
Neste momento de vida ou morte para o futuro do "status quo" que domina o futebol português desde os anos 90, vamos todos fingir que acreditamos que Joaquim Oliveira e Pinto da Costa anuíram ao nome de Luis Duque porque estão muito fracos e desesperados.
Eles que têm na FPF um presidente das suas hostes, apanhado em escutas do Apito Dourado a facilitar bilhetes às "deusas", eles que durante 10 anos encheram os bolsos à custa do que NÂO FOI PAGO AO BENFICA no âmbito dos direitos televisivos, eles que conseguiram que fossem invalidadas as escutas que noutro país qualquer os tinham metido na cadeia, eles que são recebidos com honras no Parlamento, eles que têm deputados eleitos a trabalhar em legislação para lhes garantir mais uma década de domínio, eles que nem sequer sanções desportivas relevantes sentiram pela corrupção, sim eles agora não fizeram mais nada do que já foi feito desde Roquette ou Damásio.
Foi assim que solidificaram o seu poder e tem sido assim que têm dominado os chicos-espertos dos clubes de Lisboa que à vez têm servido de capachos do seu poder.
Acredita nas boas intenções de Joaquim Oliveira ou Pinto da Costa quem quer.
Acredita nas capacidades de Luis Duque, o homem de mão de Roquette durante o período do acordo FC Porto/Sporting, nada mais que um Seara 2.0, quem quer.
Não deixa de ser um sinal dos tempos o facto de que quando o Sporting fazia "acordos", "consensos" ou "convergências" com o FC Porto todo o universo benfiquista o repudiava e os chamava de vendidos.
Hoje quando se trata do nosso clube, já a coisa muda de figura. Bipolaridade? Dois pesos e duas medidas?
Post a Comment