As explicações de Luis Filipe Vieira foram, como em tantas outras ocasiões, curtas, vazias de fundamentação e reveladoras da pouca ou nenhuma vontade de explicar as suas decisões, ou sequer que os benfiquistas as consigam compreender.
Os factos são claros: Benfica e Porto, em conjunto e ao mais alto nível, escolheram Luis Duque e indicaram-no aos restantes clubes da Liga, conforme afirmado às câmaras de TV por Tiago Ribeiro, porta-voz de todos os clubes.
Em vez de assumir um caminho autónomo, promovendo um candidato com sangue novo, apresentando-o e fugindo a consensos "podres" com o Grupo da Gasolineira, preferiu juntar-se aos mesmos que sempre procuram corromper o futebol.
Não foi também Pinto da Costa eleito presidente da Liga nos anos 90 com um consenso alargado e em nome do interesse do futebol português? Com o apoio expresso de Damásio?
Dessa forma, apoia Luis Duque, que conforme já o havíamos escrito aqui e ontem António Oliveira na RTP também o reafirmou, é uma marionete para proteger os interesses de Joaquim Oliveira e perpetuar a sua influência em todo o futebol português, defendendo assim o FC Porto.
Aliás, curioso também o facto de António Oliveira destacar a influência do brasileiro do Estoril em todas as movimentações. Daí o rapaz não ter visto as agressões ao presidente da AF Lisboa.
Os mais distraídos nem sequer sabiam que pelo menos até à pouco tempo todos os directores de topo da FPF andavam com carros "cedidos" pela empresa de Joaquim Oliveira. Todos na mão portanto.
Porque não aproveitou o presidente do Benfica para explicar a razão pela qual Luis Duque é o homem certo?
Se o Benfica escolheu seguir um caminho contrário ao do monopólio da Olivedesportos, porque agora apoiou Luis Duque?
Se o Benfica não se identifica com os métodos que deram ao FC Porto o domínio do futebol português, porque entrega a um lacaio do sistema o poder transitório?
Porque razão tinha apoiado no bastidores Fernando Seara, que vinha com a mesma missão e "consenso"?
Porque razão foram convidados pelo Benfica e FC Porto, antes de Luis Duque, os ex-presidentes do Sporting (e submissos ao FC Porto) Filipe Soares Franco, José Eduardo Bettencourt e Godinho Lopes?
Nada disto o presidente do Benfica se deu ao trabalho de explicar.
Como em muitas outras decisões suas no clube, pergunta, escuta, mas não liga patavina ao que lhe dizem e prefere seguir antes o caminho das lealdades e amizades que construiu ainda no Alverca. Só que o Benfica não é o Alverca. Ainda.
A noite de ontem trouxe também outra novidade.
Samaris afinal veio a custo zero para o Benfica. Como?
Segundo 3 comentadores da TVI24, o grego foi pago na totalidade pelo empresário angolano António Mosquito, novo co-proprietário do Grupo Controlinveste (sim esse mesmo) e da construtora Soares da Costa.
A ser verdade, o que levou António Mosquito, cujos negócios se estendem ao petróleo e diamantes, a investir 10M num jogador grego sem grande mediatização e a colocá-lo no Benfica?
Favores em troca de quê?
Esperemos pelo desmentido do Benfica face a afirmações claras e que contrariam o que foi comunicado pelo clube à CMVM. Ou será que o angolano só emprestou o dinheiro, numa de benfiquismo e boa-fé?
Resumindo, se estes tipos disseram uma verdade, Benfica fora da orla do sistema? No way.
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