De Trapattoni a Jorge Jesus: O que mudou em dez anos de Benfica

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Monday, November 3, 2014

De Trapattoni a Jorge Jesus: O que mudou em dez anos de Benfica



Tendo ao meu dispor estes dois plantéis, o de 2004/2005 e o de 2014/2015, o meu onze seria (convido cada um a fazer o seu):

1. Quim
2. Miguel (Desculpa Maxi, mas em termos de qualidade, aquele Miguel era fora de série)
3. Fyssas (não era craque, mas pelo menos era defesa esquerdo)
4. Luisão
5. Lisandro (muito longe de me convencer, mas entre Argel, Ricardo Rocha e Jardel, o nível é muito baixo)
6. Petit (Quero acreditar que Samaris ou Cristante lá chegarão, mas de momento, a minha escolha não pode ser outra.
7. Sálvio
8. Enzo Peres
9. Jonas (arrisco neste apesar de ainda ter visto pouco. Mas a concorrência é fraca)
10. Gaitan (que arrasto para esta posição porque para mim Simão não podia ficar de fora)
11. Simão

No banco:

12. Júlio César
13. Maxi Pereira
14. Jardel
15. Manuel Fernandes
16. Talisca
17. Ola John
18. Sokota (o de antes da lesão nas costas)



As MINHASconclusões:
1. Partindo do princípio que Luisão esteve nos onzes de Trap e de JJ, dos outros 10 inclui 5 do plantel de Trapatoni e 5 do plantel atual. 50% para cada lado.

2. No Banco, apenas 2 não fariam parte do plantel atual.

3. Muitos apontam como lacuna ao plantel de Trapatoni a ausência de banco, não tanto a falta de qualidade do onze. É um facto, tal como para mim também é um facto que o banco do atual Benfica também é fraco, ou pelo menos não tão forte como já foi.

4. O banco de Trapattoni era fraco porque não havia dinheiro para mais. O banco do Benfica de Jesus é fraco porque o dinheiro foi gasto em escolhas que tardam a confirmar o seu valor. E obviamente, pelos bons jogadores que sairam.

5. Em termos de 11, se o de 2005 era limitado e não permitia sonhar alto, o de 2014 também não permite sonhar muito mais alto. Ok, há mais banco, mas não é o banco que nos dará um onze com mais qualidade, talhado para os grandes momentos.

6. De salientar também que os pontos anteriores não servem para desculpar eventuais falhanços para este ano. Este plantel tem obrigação de ser melhor, porque os valores dos passes dos jogadores e a folha salarial de 2014 não se pode comparar a 2004.



Em matéria de análise dos dois treinadores, aponto as seguintes notas:

1. Trapatoni é um Senhor do futebol mundial, treinador consagrado, mas não pelo que fez em Portugal. O que fez em Portugal não tem qualquer expressão no seu curriculum.

2. Jorge Jesus não pode ser nunca um senhor do futebol mundial, porque o seu curriculum só fala português, e a nível europeu nunca conquistou nada. Mas que não fique triste por causa disso, já que não é um título menor deixar o seu nome gravado na história do grande Benfica.

3. Jorge Jesus devia estar na eleição dos 10 melhores do mundo do ano passado? Podia estar, mas não é nenhuma aberração não estar. Ganhar em Portugal conta pouco lá fora. A nível europeu falhou redondamente na maior prova europeia, e na competição da segunda divisão europeia chegou longe mas não levantou o caneco.

4. Jorge Jesus podia estar entre os 10 melhores treinadores do mundo deste momento? Podia estar. Tem valor para lá estar na minha opinião. Mas se quer lá estar, e ser reconhecido por isso... tem de dar cartas na Liga dos Campeões... ou então devia ter aceite treinar o A.C. Milão, e tentar a sorte com um clube com maior relevo no panorama internacional.

5. Trapatoni teria feito melhor do que JJ com o Benfica dos últimos 5 anos? É possível que sim mas também é possível que não. O curriculum de Trap permite todas as conjeturas.

6. Jorge Jesus teria feito melhor que Trapatoni em 2004/2005? É possível que sim também. Trapatoni fez 65 pontos em 102 possíveis. Não há razão para duvidar que com JJ o Benfica não teria também sido campeão mas com mais pontos conquistados.



Numa outra análise, no fundo o ponto a que quero chegar com este texto, e esta baseada na eleição por parte dos leitores do NGB do melhor onze do Benfica desde o ano 2000 (aqui) em Abril de 2013. O onze eleito foi:

1. Enke
2. Maxi
3. Fábio Coentrão
4. Garay
5. David Luís
6. Matic
7. Ramirez
8. João Pinto
9. Cardozo
10. Aimar
11. Simão

Este foi portanto o onze escolhido pelos nossos leitores. Discutível obviamente, deixar de fora nomes como Di Maria, Sálvio, Luisão ou Saviola mas, foi no que deu a votação de todos. E daqui retiro as seguintes conclusões:

1. Trapatoni teve apenas um destes jogadores: Simão;

2. Jorge Jesus teve a maioria mas, em 2014/2015 também só tem um: Maxi Pereira. Os melhores saíram todos;

3. E daqui a conclusão óbvia de que o melhor Benfica não existiu nem em 2004 nem existe agora em 2014. O melhor Benfica existiu no meio, e este Benfica de 2014/2015 é um Benfica já a perder qualidade em relação ao Benfica de outros anos;

4. A maior vítima disto tudo? Será, claro, Jorge Jesus, quem mais? A não ser que de repente, JJ opere um milagre e consiga colocar muita da mediania que treina na Luz neste momento a jogar à bola a um nível que ainda não lhes vi. Para os adeptos o culpado será sempre só um. Até porque a exigência dos adeptos é máxima e sempre comparada ao passado recente. Mas atenção, que se a época em curso correr bem (como acredito), quero ver quem terá coragem para continuar a pôr em causa os méritos do treinador que temos.

5. Jorge Jesus também não pode apenas culpar a Direção pelas saídas e pela pior qualidade dos ovos deste ano. Alguns reforços escolhidos pelo treinador tardam em justificar o que se pagou por eles, e se de facto querias estar entre os 10 melhores do mundo, porque raio recusaste tu o A.C. Milão meu caro George?!


Trapattoni ou Jorge Jesus? Cada um no seu tempo, dois excelentes treinadores da história do Sport Lisboa e Benfica.


P.S. Num dos meus últimos textos escrevi “...Eu, ao contrario de muitos que aqui escrevem, não tenho agenda...” Alguns aproveitaram a dica para ver nisso a confirmação de algo que já pensavam: Que há agenda da parte de quem escreve neste blogue.

Naturalmente não foi nada disso que quis dizer. Nem sequer me referi aos escribas do blogue. Referi-me a TODOS os que aqui escrevem. E também não entendo o termo “agenda” como “encomenda”. “Agenda” para mim é um propósito claro de atacar ou defender SEMPRE a pessoa A ou B, olhando apenas para o lado dos méritos ou dos deméritos dessa mesma pessoa, não vendo a coisa como um todo e assim enviusando a realidade.

A quem imaginou que havia algo mais, lamento desiludir. Neste blogue não há encomendas seja daquilo que for. Concorda-se ou discorda-se do que se lê, mas aqui todos escrevem pela sua cabeça, sem qualquer ambição que vá para além disto.







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