Mais uma jornada passou e o Benfica mantém-se no primeiro lugar, recuperando parte do que perdeu quando visitou Braga.
Há duas conclusões a reter desta jornada: o Benfica continua a apresentar um futebol fraco mas que vai chegando para os adversários mais limitados, e que o ataque que se vinha insinuando nas últimas semanas às arbitragens dos jogos do Benfica teve ontem o seu início oficial.
O futebol do Benfica continua sem apresentar uma qualidade aceitável para o seu custo.
E aí, por muito que incomode algumas alminhas, o dedo tem que ser apontado a Jorge Jesus. O treinador mais caro da história do clube está a viver uma nova fase "Emerson" em várias vertentes.
A insistência de que todos têm que se adaptar ao lugar 6, continuando a ignorar a opção mais válida neste momento que é o André Almeida é um exemplo disso. Também a insistência de colocar o André como defesa esquerdo é incompreensível quando não só se tem um defesa esquerdo apto no plantel neste momento como também temos a equipa B onde ir buscar alguém que esteja rotinado nessa posição.
Para o treinador do Benfica, o que não pode estar em causa é a sua concepção do jogo e por isso também se explica que só a muito custo abdique de Talisca que tirando os momentos de golo nos últimos jogos, é um peso relativamente morto na equipa perdendo bolas atrás de bolas e sem ter poder de embate.
Não entendo o desaparecimento do Cristante, um jogador que custou 6M e a dificuldade em colocar Samaris a render na posição que melhor faz e que não é a 6.
Não faz sentido contratar jogadores que se tenham notabilizado numa determinada posição para depois estar a forçar que joguem noutra em que não estão rotinados só porque o treinador ganhou a mania de que vê mais que os outros.
Também não se entende a justificação dos "jogadores cansados" quando estamos ainda no início de Novembro e o jogo da Champions foi na passada terça-feira e em casa. Como disse alguém ontem, o que faria Jorge Jesus se treinasse em Inglaterra? Pedia três plantéis?
Costuma-se dizer que um jogador motivado corre aquilo que já aparentava não conseguir. Será cansaço ou será "cansaço" deste treinador? Fica a questão.
Há outro ponto importante que mencionei acima. As arbitragens.
Há uma dificuldade muito grande dos intervenientes nos jogos em serem honestos nas análises que fazem às arbitragens dos seus jogos. Em especial quando erros dos árbitros podem eventualmente ter beneficiado ou favorecido as suas equipas.
Também nisso o Benfica não é exemplo para ninguém. Não temos sido beneficiados pelas arbitragens, mas o lance de fora de jogo ontem marcado ao Nacional podia e devia ter tido outro tratamento da parte do Benfica.
É nestes momentos que se nota a ausência de um director ou administrador para o futebol que viesse assumir esse papel e que arrumasse logo essa questão. Como não há ninguém entre Jesus e Vieira, ninguém veio a terreiro derrubar esta falsa questão dos benefícios ao Benfica.
Daí que continuará na ordem dos próximos dias os "benefícios" da arbitragem ao Benfica, sendo que mais uma vez essas teorias e conversas terão um fim bem objectivo: continuar a cavar um diferendo entre Benfica e Sporting o que só servirá os interesses do FC Porto.
Espero que o Benfica possa encontrar uma forma de abafar estas conversas sobre a arbitragem de forma célere.
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