Promover cada jogador por parte das máquinas de propaganda lideradas por empresários (e não só) faz hoje parte do quotidiano e isso está patente nas páginas de jornais.
Talvez por isso perdi o encanto de, como muitos (talvez ainda a maioria), idolatrar os jogadores logo à chegada à Portela. Craques sem bola, não!
Poucos compreenderam quando não fui capaz de chamar craque ao Cristante, não por ele não seja (acredito que o será), mas porque ainda não o vi ser. Não perceberam mas eu também não vou explicar outra vez.
A esses, deixo apenas a recordação de um aviso do seleccionador italiano sub20 - notem bem que não estamos a falar de um momento de transição, mas sim de uma selecção jovem - trazido à capa de um desportivo de hoje:
"Cristante tem que dar mais se quer fazer parte deste grupo".
Pois é! Não chega ser bom, é preciso demonstra-lo a cada treino e em cada jogo. Ser craque não se declara nos jornais ou nas opiniões de quem pouco ou nada os viu jogar. Ser craque não se faz no aeroporto, mas sim no campo. Talvez por isso seja prudente esperar que os jogadores que chegam à Portela comecem a justificar, para depois sim podermos encher-nos de esperança e ambição pelas suas qualidades.
Não confundam as coisas. Nada disto tem que ver com o jogador em causa que, repito, acredito que tenha muita qualidade. Tem que ver com uma necessária atitude de exigência de mais-valia sobre quem chega. Não basta serem bons ou terem sido bons, têm que mostrar ser melhores do que aqueles que ja temos e aí sim, quando isso desejavelmente acontecer, esses jogadores devem entrar na "galeria" dos que admiramos. Até lá, como é o meu caso em relação ao Cristante, não posso dar-lhes mais que o benefício da duvida - esperar para ver.
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