Na minha opinião, não.
Paulo Bento é o reflexo de uma estrutura virada para o negócio e não para o futebol jogado, para os resultados desportivos.
Ora se assim não fosse, seriam os dirigentes a impor desde logo a proibição da entrada de agentes no hotel da selecção. Não só não acontece, como algumas das vezes até são eles que os acompanham.
Se assim não fosse, quaisquer favorecimentos ou deferências especiais dadas a clubes estrangeiros seriam proibidas. O que não acontece.
Se assim não fosse, jogadores com condutas questionáveis não seriam autorizados a integrar os trabalhos da selecção. O que não tem acontecido.
Se assim não fosse, Paulo Bento no final do Mundial do Brasil teria sido dispensado, por incapacidade clara em escolher uma selecção capaz. Paulo Bento não foi capaz de se mostrar imparcial quanto toca a escolher jogadores.
Na realidade, o comprometimento entre os vários "poderes" do futebol pouco quer saber dos resultados da selecção. A promoção de jogadores na selecção vem desde Scolari e é a única coisa realmente importante quando olham para a selecção.
Tenho muita pena que Humberto Coelho se disponha a dar a cara por isto.
Mas todo este descalabro tem uma face dupla: Fernando Gomes e Tiago Craveiro, a liderança bicéfala da FPF.
Depois de dizer que "fomos incompetentes", o que dirá agora Fernando Gomes? Ou será que está sem tempo, preocupado com as suas ambições pessoais e com o garantir do monopólio do amigo Oliveira, que a Liga colocou em causa?
Paulo Bento tem a sua quota de culpa, sem qualquer dúvida. Mas está longe de ser o único culpado.
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