Onde terminará a ambição do Sistema que domina o futebol português? Esta questão poderá ditar a dança de cadeiras que vamos assistir em 2015 no futebol nacional e internacional.
A FPF sempre esteve para a UEFA como Portugal para a União Europeia: o bom aluno, cumpridor, sempre a apoiar que saberá, quando nos cargos mais importantes, defender os interesses de quem mais os beneficiou. Tal como na UE, também na UEFA vamos tendo cargos de "sombra", que passam abaixo do radar da opinião pública, até que um dia chegue o nosso dia... Madaíl ainda achou que poderia ser ele, mas não foi... Teve que se contentar com uma daquelas prateleiras douradas, mas que são importantes para "minar" o caminho para quem atrás de si vier...
Quando li o texto anterior do Shadows sobre o Proença lembrei-me que nem o árbitro, nem Fernando Gomes, nem os restantes "patrões" do futebol português querem mais do mesmo. Não é por acaso que Proença fez uma "campanha de notoriedade" na UEFA, suportado pela FPF e não é por acaso que Fernando Gomes tem desde 2004 sucessivos cargos-sombra na UEFA que lhe permitem criar uma teia de relações com as confederações que o podem um dia apoiar ao lugar de Presidente da UEFA.
Então e o Platitni? Obviamente que o francês corrupto quer a FIFA! Estas duas organizações são, possivelmente, as organizações legais corruptas menos fiscalizadas do mundo. O sítio certo para gente como Platini e como o testa de ferro da corrupção do futebol português.
Não subestimem o futebol português como plataforma giratória de dinheiro dos grandes clubes do mundo, dos grandes proprietários, das grandes negociatas de jogadores com fundos, passando assim longe dos olhares mais atentos dos reguladores dos grandes países europeus.
É apetecível para todos ter portugueses bem posicionados na UEFA. Fernando Gomes sabe disso, ou melhor, o Sistema sabe disso... E Platini saberá disso.
Ora, é aqui que as eleições da Liga têm um papel fundamental. A acontecer em 2015 uma possível mudança de Fernando Gomes para a UEFA, é importante ter na Liga alguém de consenso que poss ou seguir os passos de Fernando Gomes e transitar para a FPF, ou apoiar a ascensão de outro testa de ferro para a FPF, criando assim o "arco do poder" dominado integralmente pelos "patrões" de sempre, com Benfica e Sporting a servirem de "lorpas" da já antiga estratégia do "cavalo de Tróia".
Reparem bem: Fernando Gomes, próximo de Platini, a assegurar na UEFA a defesa dos interesses do extinto G14 (onde sempre "barraram" o Benfica), o francês a dominar o futebol mundial e os interesses corruptos dos muitos milhões de patrocínios e interesses que circulam na FIFA por ocasião das organizações de competições mundiais... E por cá o poder de organização, arbitragem, regulação e disciplina totalmente controlado pelos peões que venham a assumir o papel nacional de defesa deste desígnio, sendo que poderá até ser um boa oportunidade para voltar a fundir a Liga com a FPF - um plano que avançará seguramente se o Platini não avançar para a FIFA e Fernando Gomes tiver que aguardar mais tempo pela sua vaga.
Obviamente que Pedro Proença, a quem Vitor Pereira passou a perna no Mundial "esquecendo-se" de fazer campanha por ele para a final como fizeram os italianos, terá em Fernando Gomes um importante aliado para ser o futuro líder da "evolução fictícia" da arbitragem e com isso uns anos mais tarde subir também ele para a UEFA. Ora, Pedro Proença pode ser muito benfiquista, até acredito que o seja, mas sabe bem que o benfiquismo e honestidade dele não o levam a lado nenhum neste "MasterPlan". Proença sabe bem que terá que estar do lado dos que o podem levar até onde quer estar em Portugal e depois na UEFA.
Saberá Proenca esperar pelo MasterPlan, continuando a alinhar com os interesses de quem o pode levar a fazer parte desse plano?
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