O Bi-Campeão em três passos...

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Tuesday, August 5, 2014

O Bi-Campeão em três passos...

O FCPorto não é por acaso que está a fazer o "All In" este ano! Eles sabem que aquela chafarica de bairro fecha a porta se formos Bi-Campeões! Nós não podemos permitir isso, mas não temos condições para o fazer a todo o custo porque não somos corruptos, contudo, é inegável que "estamos em Maio" em termos de preparação da equipa, ou seja, estamos cerca de 2 meses e meio atrasados face à nossa concorrência, pelo que a solução passa por três passos:

1. Há muito que o escrevo, há demasiado tempo até: Falta-nos um verdadeiro "homem do futebol" a liderar a SAD do SLBenfica. Enquanto o futebol do SLBenfica não tiver uma estratégia desportiva, uma liderança reconhecida no mundo do futebol nacional e internacional... andaremos ano após ano a mudar de rumo ao sabor dos interesses dos negócios. O futebol é liderado por quem as vitórias são... os negócios e não os títulos. Rui Costa? Humberto Coelho? José Veiga? ... não haverá muitos e nenhum será nunca consensual.


Acção: Sujeitar rapidamente à avaliação dos sócios a reestruturação da SAD nomeando Rui Costa para Presidente da SAD (solução mais simples de adoptar e menos desruptiva, até porque o Presidente diz que há um alinhamento integral entre ambos e com Jorge Jesus). A mudança da liderança do futebol não pode continuar a ser ora o Luis Filipe Vieira ora o Rui Costa ora o Lourenço ora o Paulo Gonçalves conforme dá mais jeito. Tem que haver um líder que seja reconhecido e empossado.. para o bem e para o mal.


2. Resolver numa temporada só todos os problemas ou responsabilidades de curto prazo com  o parceiro financeiro que está em falência. Precisamos de encarar as próximas épocas ou com outros parceiros, ou com uma sustentabilidade financeira de longo prazo com o actual parceiro financeiro. "Meter dinheiro" este ano e voltar a ter que o fazer no próximo ano... será estragar duas temporadas. Se isso quer dizer que terão ainda que sair Enzo (que sai mesmo) e Gaitan ou até Salvio. Que seja... mas que se limpe tudo!

Acção: Fechar até final da semana a saída dos jogadores-chave do plantel. Enzo está negociado e penso que deve sair imediatamente. Não faz qualquer sentido "negociar" a presença dele para um jogo onde o Benfica tem a obrigação de ganhar seja com que jogadores for. Se para limpar a situação das obrigações de curto prazo com  o BES é preciso então vender o Gaitan ainda... que seja. Mas que fique tudo resolvido de vez e que seja possível estabelecer com o BES, mas preferencialmente com outro(s) parceiro(s) um plano de longo prazo. Se, como prevejo, o Salvio se apresentar descontente e quiser sair também... repito: que se limpe tudo de uma vez por todas.


3. Apostar definitivamente na formação como base de trabalho complementada com jogadores de inegável qualidade e experiência que suportem e sustentem a integração dos jovens. Obviamente que NENHUM clube consegue prometer títulos aos adeptos apenas suportado na formação! Mas não é menos claro que no actual momento económico e financeiro os investimentos têm que ser o mais criteriosos possível, contidos e, preferencialmente, com retorno desportivo e financeiro. Portanto teremos que ir contratar apenas quem faz a diferença e apenas e só se não pudermos transformar em qualidade superior o potencial de quem temos na formação.

Acção: Identificar quem são realmente os jogadores da formação e dos quadros do clube, em geral, em que a SAD pretende apostar. O treinador terá que se solidarizar com a decisão da SAD e fazer o que melhor sabe na procura de retirar o maior potencial dos jogadores jovens... mesmo que ele tivesse outras preferências. A minha aposta de treinador de bancada para estes são: Bruno Varela, Cancelo, Cavaleiro, Teixeira, Bernardo e Nelson Oliveira, com Guedes à espreita de algumas oportunidades. Numa segunda linha: Vindelof, Nunes, Rochinha, Nuno Santos, Baldé e Guzzo. Mas sem esquecer já da integração gradual na B de alguns valores diferenciadores dos juniores como o Renato Sanches, entre outros.

Em resumo, a questão da formação é um processo, não é um capricho! Ou seja, não se aposta no Bernardo porque sim. Aposta-se no Bernardo ou no "Manel" preparando-o dois anos antes para esse "salto".

Depois há um conjunto de valores nacionais que podem ser interessantes para complementar o plantel como o Rafa, o Eder e o Aderlan do SCBraga, o Danilo Pereira do Marítimo (que eu já teria ido buscar!!) ou o Filipe Augusto do Rio Ave.

No entanto, um plantel tem que ter esses jogadores como apoio de pilares de sustentabilidade que terão sempre que existir. 

Há que investir forte na baliza! Um guarda-redes jovem, de grande potencial, compleição física e segurança, seria porventura onde seria menos controlado em termos financeiros. 

Depois há jogadores nesses planteis de top que podem ser opção como Classie, Chicharrito, Nani, Nastasic, Van Ginkel, Halilovic (será que não irá fazer um período de adaptação?), Deulofeu (idem), Illarramendi, Jesé... eh pah e estou apenas a correr alguns nomes de cabeça que poderiam ver a Luz como um bom espaço de relançamento por empréstimo dos clubes actuais (alguns como definitivos).

De saída, Artur Moraes, Steven, Luis Filipe (emprestado em Portugal, porque continuo a acreditar que tanto crédito no Brasil tem que ter uma explicação), Pizzi, Candeias e Jara. Vitor Andrade na B.

Jara VS Nelson Oliveira. Qual fica e qual sai?

Em tese, olhando à forma ERRADA como ambos jogam... quem ficar tem que ser como aposta do Jesus para fazer dele um jogador e neste ponto acho que o Nelson tem muito melhores características que o Jara para ser desenvolvidas.

Actualmente são dois jogadores sem sentido colectivo de jogo e sem percepção de serem parte de um todo. Para ambos, eles são parte apenas do processo de decisão e isso faz como esse mesmo processo seja totalmente errado em ambos os casos. Contudo, entendo que o Nelson tem dois argumentos que deveriam, se o JJ não fosse casmurro, prevalecer face ao Jara: 1) É da formação e representa menores custos; 2) Tem melhores características inatas e potencial para ser melhorado.

Ainda entre os que ficam, manter Cancelo como alternativa quando se tem um "todo terreno" como o Maxi permite ir trabalhando e lançando o Cancelo sem pressões nem pressas. Fará 10 jogos no ano e será um factor positivo, sendo o foco no aspecto de treino. Tal como o Nelson, peca pela falta de sentido colectivo na tomada de decisão.

Talisca, na minha opinião não pode ser o "pau para toda a obra". Não tem características para isso, além de que não se pode colocar num miudo que vem do Brasil e que tem potencial atacante, a responsabilidade de ser o pulmão que o Enzo era (mas que não se transformou de um dia para o outro...).

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