EXCLUSIVO: A "ligação" entre o BES, o Grupo Promovalor e o Benfica

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الخميس، 7 أغسطس 2014

EXCLUSIVO: A "ligação" entre o BES, o Grupo Promovalor e o Benfica



A pressão financeira que alegadamente o Benfica está a sofrer não está relacionada com receitas ou com eventuais prejuízos, tal como ficou comprovado no post ”Benfica é o Clube que obtém mais Receitas com jogadores a nível mundial“ e no post “As Finanças dos 3 Grandes (Previsão 2013/2014 & 2014/2015)”.


A grande questão que assombra o universo Benfiquista está na eventual renovação ou não dos financiamentos de curto prazo que o Benfica tem neste momento, e que ascendem a mais de 150M€.
(Link do R&C da Benfica SAD 3º Trimestre 2013/2014, Página 29: http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PCT50666.pdf)


No que diz respeito a financiamentos o mercado actua de uma forma muito simples: O mercado financeiro empresta dinheiro a empresas sólidas e/ou a gestores credíveis.


Analisando a situação de Luís Filipe Vieira e as suas relações com a Banca, temos de analisar a situação do Grupo Promovalor (a holding que junta todas as empresas de Promoção imobiliária de Luís Filipe Vieira, onde se inclui o Grupo Inland).
(Link das Empresas do Grupo Promovalor, de Luís Filipe Vieira: http://promovalor.pt/organograma.aspx?lang=pt&id_object=911&name=Empresas-do-Grupo )


GRUPO PROMOVALOR:
Os negócios pessoais de Luís Filipe Vieira estão sob supervisão do Banco de Portugal, desde o final de 2013. O Grupo Promovalor é um dos 12 grupos empresariais, da lista de principais clientes da banca nacional, que são considerados de “risco” em Portugal, e por causa disso é que o Banco de Portugal mandou executar auditorias às contas dessas empresas, no final do ano passado, de forma a conhecer melhor a situação de grupos financeiros, de promoção imobiliária, comunicação social, entre outras áreas de actividade. Pelo facto de a Media Capital (TVI) e a Impresa (SIC) estarem nesse lote de 12 Grupos Empresariais este facto noticioso não teve quase nenhum destaque na comunicação social nacional e passou algo despercebido. Nessa lista de 12 grupos supervisionados pelo Banco de Portugal estão inseridos o “Grupo Espírito Santo Internacional, o grupo SGC, a Prisa/Media Capital, a Impresa, a Controlinveste, a Ongoing, a Soares da Costa, a Sacyr, o grupo Lena, a Promovalor, a Artland e a Efacec.”

Desses 12 Grupos Empresariais, e após a auditoria do Banco de Portugal, sabe-se que por exemplo Joaquim Oliveira teve de perder a maioria do controlo da Controlinveste, e o Espirito Santo Internacional faliu nas últimas semanas. Outras empresas desse lote poderão estar agora em situações de maior risco, na medida em que nessas auditorias do Banco de Portugal não foi considerada a exposição aos agora falidos “BES - Banco Espírito Santo” e “GES - Grupo Espírito Santo” (holding da família Espírito Santo).

Um dos principais apoios das empresas de Luís Filipe Vieira tem sido o BES e as holdings da família Espirito Santo. Apesar de o BES ter sido salvo pelo “NovoBanco”, as holdings familiares do Grupo Espírito Santo (ESFG / RIOFORTE / ESI) entraram em falência. Isso é um facto, e agora todas as pessoas já conhecem a situação difícil desse grupo financeiro.
(Link sobre a insolvência das holdings da família Espírito Santo: http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=4059599 )

Atendendo a esta situação, e desconhecendo-se a exposição de Luís Filipe Vieira ao Grupo Espírito Santo torna-se mais difícil que consiga novos empréstimos a título pessoal junto da Banca, sem se perceber primeiro qual o impacto que o "caso Espirito Santo" vai ter no seu património pessoal e nas suas empresas. Para dar um exemplo, o seu grande amigo Eduardo Rodrigues (da Obriverca), empresa onde Luís Filipe Vieira foi sócio e onde começou a sua actividade no sector imobiliário, encontra-se numa situação muito difícil e tem perdas nas "holdings Espíríto Santo".
(Link das dificuldades de Eduardo Rodrigues: http://www.cmjornal.xl.pt/search.aspx?q=obriverca )  

A 30 de Julho, o Jornal de Negócios fez capa com a notícia de que o BES emprestava a grupos empresariais com a condição de também esses grupos empresariais investirem no GES, ou seja nas tais holdings da família que agora estão falidas. Como tal, teremos de esperar para analisar se Luis Filipe Vieira terá perdas em investimentos realizados nas holdings da família Espírito Santo. Neste momento ninguém sabe, e isso é que o sector financeiro quererá analisar muito bem.


O Grupo Promovalor em 2010 tinha activos de 465M€, financiados em grande parte pela Banca, e desde então já obteve mais 250M€ para investimentos no Algarve, 120M€ para investimentos no Brasil, 30M€ para investimentos em Moçambique, sem considerar os investimentos realizados noutras regiões do globo.

(Link do lançamento da holding Promovalor em 2010, com 465M€ de Activos: http://casa.sapo.pt/Noticias/Grupo-Inland-apresenta-holding/?ID=14223)
(Link de investimentos de 120M€, no Brasil em 2011: http://www.dinheirovivo.pt/empresas/interior.aspx?content_id=3881427&page=-1 ) -


Foi o BES, tal com o BCP e CGD que entrou no consórcio para o investimento de 250M€ no Algarve em 2011 da Promovalor.
Foi o BES que montou o financiamento para o investimento de 120M€ no Brasil em 2011 da Promovalor.
Foi a Rioforte (GES), que financiou o investimento de 30M€ em Moçambique em 2013 da Promovalor.
(Link do financiamento do BES à Promovalor para investimento no Brasil. R&C do BES, página 35: https://www.bes.pt/sitebes/cms.aspx?plg=700b1024-f090-418d-9c0e-6c1495ca79b6 )
(Link do financiamento da Rioforte à Promovalor em Moçambique, no R&C da Rioforte, Página 7: http://www.rioforte.pt/empresas/ESCOM1/documentos/Rioforte%20Relat%C3%B3rio%20Anual%202013.pdf )

O financiamento total obtido pela Promovalor é enorme, e alguns analistas acreditam que esse valor pode superar os 1.000M€ na soma de todos os investimentos pessoais realizados por Luís Filipe Vieira, tendo sido o BES e o GES fundamentais para o financiamento da Promovalor.



BENFICA:
Existem informações de que os recentes empréstimos de curto prazo do BES ao Benfica (+-65M€) tiveram o aval pessoal de Luís Filipe Vieira. Se a última época corresse mal e ele saísse do Benfica, e fosse eleito outro presidente, quem garantiria o pagamento desses empréstimos? É natural que pedissem essa garantia. 
Por outro lado, cerca de 67M€ dos empréstimos obrigacionistas de curto prazo do Benfica foram assumidos pelo BES através de um fundo de investimento "ES Liquidez".


Perante estes factos, existem 2 soluções:

- O Benfica arranja outra instituição que empreste dinheiro, para renovar o empréstimo bancário de curto prazo realizado pelo BES e os empréstimos obrigacionistas de curto prazo assumidos em grande medida pelo BES, num valor próximo dos 150M€.
- Ou então o Benfica vende activos (jogadores) nesse montante e "hipoteca" o clube em termos desportivos. 

Esperemos que Luís Filipe Vieira supere os desafios que enfrenta no seu Grupo Empresarial Promovalor, no entanto os sócios do Benfica merecem explicações, atendendo às vendas massivas de jogadores que se têm observado de forma anormal e sem qualquer justificação.

Após mais de 100M€ obtidos com a saída de jogadores, hoje saíram mais 3 jovens talentos do Benfica: Bernardo Silva, João Cancelo e Ivan Cavaleiro, alegadamente por "Empréstimo" a clubes próximos de Jorge Mendes (Mónaco, Valência e Desportivo da Corunha), depois de terem surgido notícias que deram conta da venda dos 3 jovens a um fundo de Jorge Mendes, por 30M€, que elevaria as saídas do Benfica para 130M€, estando para breve as vendas de Enzo Perez (Valência) e Gaitan (Mónaco ou Zenit) por verbas a rondar os 70M€. Nesse cenário, o total de vendas poderá chegar aos 200M€ "brutos", situação sem precedentes na história do futebol mundial.



Atendendo a estes factos (com a devida referência para todas as fontes), é importante que as seguintes perguntas sejam respondidas:

- Perante o momento “delicado” do grupo empresarial Promovalor, que foi colocado na "lista de supervisão" do Banco de Portugal desde 2013, e a posterior queda do BES e do GES, será que Luís Filipe Vieira perdeu margem de manobra no sistema financeiro?

- Como é que a Benfica SAD com mais de 400M€ de Activos e 400M€ Passivos, e facturação anual de 170M€, aparentemente está a ter dificuldades em renovar empréstimos de curto prazo de 150M€ (num total de 290M€) e o Sporting Consolidado com 180M€ de Activos e 450M€ de Passivos, e facturação anual de 70M€ consegue manter e renovar empréstimos de 300M€ junto do Sistema Financeiro?

- A redução da margem negocial do Benfica junto da Banca está relacionada com alguma situação desconhecida sobre o clube, ou a situação do Grupo Promovalor de Luis Filipe Vieira está a afectar negativamente o Benfica?

- O que explica a aparente necessidade de o Benfica deixar sair jogadores, este verão, num valor que pode chegar aos 200M€?

As respostas a estas perguntas deverão ser respondidas por Luis Filipe Vieira e Domingos Soares de Oliveira.


É preciso no entanto lembrar que uma das grande bandeiras deste Presidente foi a restituição da credibilidade do Benfica junto da Banca.

Esperamos e desejamos que essa credibilidade do clube não esteja agora a ser afectada por questões que nada têm a ver com o Sport Lisboa e Benfica.
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O Jornal Expresso na edição de 09 de Agosto de 2014 confirma o que se adiantou neste post:
- Existirá um corte de crédito do NovoBanco (ex-BES) ao Benfica.
- Confirma a existência de uma conta caucionada de curto prazo (que implica "aval pessoal")
- Serão vendidos 200M€ "brutos" em jogadores por parte do Benfica.
- Os 3 jovens (Bernardo Silva, João Cancelo, Ivan Cavaleiro) não foram emprestados, mas sim vendidos a um fundo de investimento.

Leia a notícia do Expresso:

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