Lembram-se do "risco Oblak"? Eu estou a ver outro...

... oxalá esteja enganado, e como quero estar mesmo, mas ouvindo Jorge Jesus já a avançar para as desculpas antecipadas (e não lhe estou a tirar razão), mas sempre sem abdicar da sua habitual teimosia, caso saiam, como se espera, Gaitan, mas especialmente Enzo Perez... ou entram as famosas trutas ou o tal "risco sistémico" de contágio do virus da "saídíte aguda" pode alastrar-se a mais gente, que não queira cá ficar para segurar o telhado antes de ele desabar.

Salvio, Maxi ou mesmo Luisão podem olhar para este desmantelamento, e para as reacções do treinador, como um sinal de preocupação e de antecipação de uma época difícil - que é muito diferente (como alguns já fazem) de antecipar insucessos. Ser difícil é só isso mesmo... difícil, não torna a temporada impossível e menos ainda inalcançável.

Mesmo Enzo e Gaitan, que estão à porta mas são nossos jogadores, podem sentir-se tentados a arriscar a saída com receio de desvalorizarem e perderem, no curto prazo, o que é realmente importante para eles: Um grande contrato financeiro.

Este risco de contágio só pode ser combatido com a estabilização do discurso do treinador. Uma coisa é o que nós adeptos pensamos ou escrevemos, outra coisa totalmente diferente é o impacto das palavras do treinador a "culpar" o Presidente pela alegada falta de qualidade.

Calhando correr menos bem com  o Marselha de Bielsa e do quase reforço do Benfica Michy (que preferiu ir para um clube que não tem competições europeias), depois segue-se o Emirates Cup com Monaco, Valencia e... Arsenal.

Se nesta semana Jesus continuar a alimentar estes receios gerais - bem sei que não é fácil resistir - torna-se complicado os próprios jogadores (e especialmente a pressão dos empresários) não se deixarem influenciar e quererem sair... e bem sabemos que num balneário não é tudo um mar de rosas, pelo que nestes momentos difíceis, mais fácil que se unirem... é fugirem e "quem vier atrás que feche a porta".

Vamos lá, JJ! Calma e tranquilidade... bem sei que a situação não está fácil, mas há que acreditar que o mercado ainda nos vai trazer "prendinhas"...