Não resisto a escrever umas palavras ao intervalo do jogo da Selecção do Jorge Mendes.
Um conjunto de vedetas, cuja cabeça está nas entrevistas, nos anúncios, nos posts no Facebook e no Twitter.
Um treinador que como outros acha mais importante ser 'fiel' às suas ideias do que escolher as melhores opções para a equipa.
Enquanto isso, os alemães concentrados, focados, sempre cientes do sítio onde estão, não desperdiçaram oportunidades.
O Pepe, depois de o árbitro deixar passar em claro o encosto da sua mão, ainda sente vontade de ir encostar a cabecinha ao alemão, nas barbas do árbitro. É claro que iria levar o vermelho.
As opção por João Pereira em vez de Amorim, muito mais seguro a defender perante uma equipa de topo como a da Alemanha foi outro erro que se está a pagar caro. O jogo com a Irlanda tinha deixado claro que Amorim perante uma equipa compacta e de nível superior precisaria de outro tipo de consistência defensiva e até mesmo no meio campo.
E já que falo no meio campo, o trio mais pobre da selecção. Veloso um passador, Moutinho ainda não fez um bom jogo pela selecção nos últimos tempos e até Meireles está muito abaixo do que costuma produzir.
A opção por William Carvalho a 6 era evidente para todos, menos para o Paulo Bento. Isso permitiria outra organização e apoio daí para a frente.
Na frente, tudo previsível e sem grandes oportunidades.
O resultado ao intervalo é uma lição de humildade para esta selecção, cujos jogadores se acham muito mais do que realmente são. É nestes momentos que se provam os melhores. Contra os melhores. Não é com os 'Sevilhas' ou as 'Irlandas' que se demonstra que é de topo. É nas melhores competições e a jogar com os melhores.
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