"O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, reconhece o fracasso no Mundial-2014, mas manifestou «confiança plena» no trabalho de Paulo Bento, garantindo a permanência do treinador à frente da Seleção até ao Euro-2016.
«Só temos um registo e cumprimos os nossos compromissos. Quando assinámos contrato com Paulo Bento até 2016 foi com confiança plena no seu trabalho para nos levar até ao Euro-2016», vincou Fernando Gomes, em declarações aos jornalistas após o jogo com o Gana.
«Obviamente que só temos de estar insatisfeitos, tínhamos outras expectativas e temos de assumir que não conseguimos os nossos objetivos. Por outras palavras podemos dizer que falhámos», referiu o líder federativo, colocando-se, contudo, ao lado de todo o grupo de trabalho:
«Sei que toda a equipa tudo fez para que atingíssemos outros resultados. Infelizmente não conseguimos e vamos para casa.»
Ainda assim, Fernando Gomes não deixou de referir que tudo aquilo que não correu bem será analisado em conjunto com a equipa técnica, médica e restante estrutura, até de forma a evitar problemas na qualificação para o Campeonato da Europa de 2016." - A Bola.
Fernando Gomes é o espelho da medíocridade desta estrutura da FPF, que vive à sombra dos contratos milionários que concentra.
Paulo Bento teve mérito na campanha do Euro-2012, isso é inegável.
Mas após isso foi incapaz de promover a renovação natural da selecção e criar condições para que outros jogadores com qualidade pudessem emergir como opções válidas.
A qualificação foi sofrida, à rasca, e Paulo Bento preferiu agir como chefe de um clã e não como selecionador/treinador onde teriam obrigatoriamente de jogar os melhores ou em melhor forma.
A campanha deste Mundial foi o culminar dessas opções erradas.
Postiga, Bruno Alves, Hugo Almeida, Miguel Veloso ou Rui Patricio são apenas alguns exemplos de jogadores que demonstraram durante este mundial que não tinham qualidade ou forma física para serem convocados.
As opções tácticas e de 11 inicial foram sempre o triunfo da teimosia de um treinador obcecado pelas suas ideias e com umas palas do tamanho do Brasil.
As ausências de William Carvalho, Ruben Amorim ou Varela dos 2 primeiros onzes e o não posicionamento de Ronaldo como o ponta de lança foram erros antecipados por toda a gente, menos por Paulo Bento.
O não ter levado um segundo defesa esquerdo de raiz quando André Almeida tem polivalência e cumpriu sempre que chamado mas não é defesa esquerdo.
A estupidez que foi recompensar Pepe com a titularidade depois do que fez no primeiro jogo, sacrificando Ricardo Costa que, apesar de não ser um central do outro mundo, fez um bom jogo frente aos Estados Unidos.
O deficiente planeamento para este Mundial com escolhas completamente incompreensíveis quanto aos locais de estágio, preparação física e adaptação às condições especiais dos locais dos jogos.
Preferiram andar a cumprir uma campanha comercial nos Estados Unidos.
Dizem que Portugal não tinha outras opções de qualidade em alternativa a estes jogadores. Nada mais falso.
Adrien ou Cedric tinham lugar nesta selecção. André Gomes, face à prestação miserável de Miguel Veloso tinha concerteza lugar nos 23. Mas mais nomes existem. Somos um país louco por futebol com milhares e milhares de praticantes. Querem-me dizer que só temos 20 e poucos jogadores que prestam?
O que andou Paulo Bento a fazer durante a temporada em vez de assistir aos jogos da 1ª e 2ª Liga em busca de alternativas? Não lhe interessava. O seu empresário assim o dita.
Falta coragem é para afrontar o poder de Jorge Mendes e de todos os interesses que giram em torno de Fernando Gomes.
O presidente da FPF, Humberto Coelho, Carlos Godinho e João Vieira Pinto têm que assumir as suas responsabilidades.
Assim como Paulo Bento. Ficou evidente que não tem capacidade para mais que isto nem inteligência ou vontade para dar à selecção nacional aquilo de que ela precisa: renovação, sangue novo.
Percebemos esta semana que o bode expiatório poderá ser Humberto Coelho, face ao ataque de alguém que tem saudades dos tempos em que tinha tacho na FPF.
Futebol medíocre este que lavará no sangue de alguém as responsabilidades de uma estrutura muito bem paga, mas completamente incapaz de produzir resultados com qualidade.
Veremos se algum destes nomes terão coragem de bater com a porta.
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