Fernando Gomes, no seu cargo de conselheiro de Michel Platini, não teve nada a dizer sobre o castigo ridículo de Markovic ou sobre a dualidade de critérios dos árbitros.
Muito diferente de outras ocasiões como aquela em que Meireles cuspiu num adversário e ele logo veio a público defender o ex-jogador do FC Porto.
Também grande parte da imprensa portuguesa nisso demonstra a falta de preocupação com a verdade desportiva. Mas isso também não surpreende pois são os mesmos que propagandeam mentiras como a data de fundação do FC Porto, ou que se negaram a escrever uma linha sobre as escutas do Apito Dourado.
De facto, ninguém veio dar a cara pelo Sport Lisboa e Benfica no final do jogo, quanto à arbitragem.
O treinador do Benfica disse que foi uma boa arbitragem, o presidente do Benfica nem vê-lo, vice-presidentes idem, Fernando Gomes nada.
Como alguém comentava no post anterior, para a semana a final da Champions é na Luz e ninguém quer pisar os calos à UEFA. Preparam-se as entrevistas especiais ao Platini, os exclusivos com A e B, tudo sem levantar alarido para que ninguém seja impedido de entrar no camarote presidencial da Luz.
Enquanto os espanhóis se antecipam aos momentos decisivos, aqui em Portugal grita-se muito depois da casa arrombada. Ninguém pensa por antecipação, ou se pensa nada faz.
Por exemplo, promover uma entrevista com o presidente do Sport Lisboa e Benfica junto da 'Marca' ou outro jornal espanhol de grande tiragem a exaltar a presença na final e a colocar um enfoque sobre o que esperaria da arbitragem na final.
A trazer à ordem do dia que esperava a despenalização de Markovic, bem como a injustiça que é não despenalizar jogadores para a final que não tenham sido violentos/racistas como Enzo Perez, Salvio ou Xabi Alonso, promovendo assim uma comunhão de sentimentos partilhada por todo o horizonte do Real Madrid e aumentando a pressão sobre Platini, a face da política de governação da UEFA, e sobre a própria UEFA.
Um departamento de comunicação eficiente não pararia sem que toda a Europa do futebol estivesse a falar disto e a UEFA se sentisse forçada a amenizar a coisa com a despenalização do Markovic.
Poderia não produzir qualquer resultado no imediato, mas na próxima vez certamente que Platini pensaria 2 vezes antes de prejudicar o Benfica.
Todos se colocam em bicos de pés nas vitórias, todos aparecem para festejar, mas na hora das derrotas poucos são os capazes de apontar os erros, as falhas e assumir posições de rotura criticando o que tem que ser criticado. São os chamados dirigentes, sócios e adeptos de vitórias mas que desaparecem quando as coisas não correm bem.
Tipo os milhares que votaram em Damásio ou Vale e Azevedo mas que desapareceram da face da terra entretanto.
Vemos um link para um programa espanhol no site do Benfica. Só. Mais nada.
Criticar publicamente a UEFA ninguém o fez. Estão todos demasiado preocupados consigo próprios.
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