Bom, vamos lá falar serio: Na verdade à excepção do Ivan Cavaleiro, Jorge Jesus não lançou nenhum jogador da formação do Benfica, ou terá lançado Andre Gomes se, com muito esforço, o quisermos considerar da formação.
Mas isto não acontece por acaso, acontece pelo mesmo motivo que neste momento o Cardozo na equipa do Benfica não joga um chouriço... Ou seja, porque depois de cinco anos de Jorge Jesus e dois/três com o núcleo duro que sustenta a equipa desta temporada, os processos estão tão consolidados e joga-se a um ritmo e dinâmica tão elevados, que não há tempo nem espaço para quebras com jovens que não têm a mesma dinâmica e que irão demorar a adquirir porque ainda estão na ultima etapa da formação.
Está é a realidade! Se concordo com ela? Não... Acho que em tudo na vida há um meio termo e entendo que o SLBenfica deveria ter um plano para os seus principais jovens com maior potencial. Com base nesse plano deveria haver trabalho específico dentro e fora de campo para "atenuar" as dificuldades.
Para isso acontecer, o Jesus tem que continuar a evoluir e tranformar-se num pedagogo e não num pedante como é - não sendo isto uma critica, mas sim um apontar de uma característica de personalidade.
Deveríamos começar de baixo para cima a partir dos juvenis a seleccionar o top 5 todos os anos de jogadores com maior potencial e estabelecer uma equipa de acompanhamento multi-disciplinar para esses miúdos. Já aqui disse que a liderança dessa equipa poderia perfeitamente ser de um homem que os viu a quase todos de fraldas quando chegaram ao Benfica, chamado Prof. Antonio Fonte Santa - foi ele "o pai" da primeira treinadora de uma equipa profissional masculina no Mundo, a Helena Costa.
Esses miúdos deveriam ao longo do ano ser integrados em planos específicos de acompanhamento físico, em treinos específicos de desenvolvimento de características de jogo, em trabalho psicológico de acompanhamento, em planos de trabalho com referências do Benfica (ex jogadores), em treinos regulares com o escalão acima e convocatórias para alguns jogos, etc.
Isto fará com que o processo de entrada nos escalões acima e depois mais tarde no futebol profissional seja mais suave mas, acima de tudo, mais produtivo e com resultados melhores.
Não podem ser aos 4 e 5 por ano a chegar à equipa A... Vai ter que ser um processo menos impactante porque, como disse acima, não há espaço nem possibilidade de o fazer com três ou quatro de cada vez.
Dito isto e porque entendo que não há neste momento nem táctica nem capacidade para integrar muitos dos valores da B e dos juniores, a minha opinião é que Cancelo, Bernardo, Lindelof e Ruben Pinto deveriam ser emprestados a clubes da primeira divisão onde possam jogar com regularidade... POR VITÓRIAS. Nao servirá de nada empresta-los ao Belenenses ou ao Setúbal. Estes jogadores terão que jogar em equipas como o Marítimo, Guimarães, Braga....
Na próxima equipa apostaria na integração, sim, do Nelson Oliveira e tentaria fazer dele um avançado de nível europeu.
Os restantes jogadores da B, entre os que mais se destacam como o João Teixeira, o Hélder Costa, etc dariam continuidade ao percurso na B mais um ano e, se "derem o salto" poderem também ser emprestados na primeira liga na época seguinte.
Este princípio deveria ser adoptado também aos juniores onde, os melhores valores devem obviamente ser integrados na B, tal como deverão vir a integrar gradualmente o plantel (treinando com regularidade na B e jogando nos juniores) aqueles que ainda terão mais um ano de júnior - como o Gonçalo Guedes, por exemplo.
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