1. O Shadows diz que Jorge Jesus tem alergia a jogadores portugueses.
O shadows não diz de que nacionalidade é Rúben Amorim, Fábio Coentrão, Carlos Martins ou Sílvio.
2. O Shadows criticou a não titularidade de Nuno Gomes no Benfica e a saída do mesmo Nuno Gomes e de Moreira do Benfica, prova da alergia de Jesus ao jogador português.
O Shadows não diz quantos jogos fez o Moreira no Swansea ou quantas vezes Nuno Gomes foi titular no Braga no ano seguinte. Ou quantos golos Mestre Oliveira tem marcado com outras camisolas vestidas.
3. O Shadows diz que Jorge Jesus é arrogante e inflexível, e que com ele nunca há segundas oportunidades.
O Shadows não explica porque raio Rúben Amorim e Cardozo continuam a jogar no Benfica, apesar de casos de indisciplina passados.
4. O Shadows foi passando a ideia ao longo dos tempos, de um balneário destruído, de um grupo de jogadores que só queria ver Jesus pelas costas.
O Shadows não explica as palavras elogiosas de ex-jogadores em relação ao seu antigo treinador ou a razão pela qual os jogadores nunca deixaram de correr e, ganhando ou perdendo, nunca puderam ser acusados de não deixar a pele em campo.
5. Para o Shadows, a obrigação de ganhar está do lado do treinador que tem o maior ordenado.
A obrigação de ganhar não está de maneira nenhuma no clube com orçamento mais elevado, e que por isso, tem obrigação de ter um plantel mais bem apetrechado.
6. O Shadows gosta de comparar Jorge Jesus a Simeone e a Mourinho.
O Shadows não gosta de comparar os orçamentos do Benfica com os do Chelsea ou Atlético de Madrid.
O Shadows também não gosta de imaginar sequer do que seria capaz Jorge Jesus de fazer num clube com orçamento ilimitado, em que pudesse manter de ano para ano os melhores jogadores do seu plantel, e reforça-lo ainda com o que de melhor existe nos planteis dos adversários.
7. O que o Shadows recorda de 5 anos de Jesus no Benfica é uma derrota por 5-0 no Dragão. Do Atlético de Madrid o Shadows só lembra as vitórias, ignorando até uma certa derrota por 5-0 com o grande rival da mesma cidade.
8. Para o Shadows chegar às finais não conta para nada, e o percurso para nada conta se não servir para levantar as taças.
O percurso só conta quando se elogia Simeone ou Marco Silva, mesmo que até ao momento não tenham ainda nenhuma taça para mostrar.
9. O Shadows atribui parte do sucesso de Jorge Jesus no Benfica na primeira época ao trabalho formidável de Quique Flores um ano antes.
O Shadows não diz que com Quique Flores, David Luís era defesa esquerdo, Aimar era extremo esquerdo, Coentrão não contava, e Reyes se preparava para ser contratado a título definitivo para ocupar o lugar de Di Maria.
10. O Shadows diz que na primeira época Jorge Jesus só foi capaz de ser campeão na última jornada.
O Shadows não explica qual a fórmula que ele conhece que permite a um treinador controlar não só os pontos da equipa que treina, mas também os pontos das equipas que não treina e que são adversários no mesmo campeonato.
11. O Shadows diz que nenhum treinador no Benfica gastou como Jorge Jesus.
O Shadows não diz quem foi o treinador que vendeu como Jorge Jesus, não diz qual o treinador que conseguiu em TODAS as épocas lucro no diferencial entre compras e vendas, ou o treinador que teve no nosso clube um papel tão decisivo nas contas da SAD, numa altura em que a maioria dos clubes estão falidos.
12. O Shadows prefere distrair-se com assuntos acessórios. O Shadows prefere destacar as frases infelizes do treinador, as frases egocêntricas. O Shadows nunca tem o televisor ligado quando as palavras de Jesus são para elogiar a performance dos seus jogadores. O Shadows fecha sempre os olhos no estádio quando Jorge Jesus entra em campo no final dos jogos para cumprimentar (e às vezes beijar) qualquer um dos seus jogadores.
13. O Shadows diz que com Jorge Jesus o Benfica ganha pouco. O Shadows não explica por onde tem andado nos últimos 30 anos, nem qual o treinador que fará o Benfica ganhar muito. O Shadows também não explica a lógica que há em culpar um treinador pelo insucesso da equipa quando mais de metade dos posts que escreve são para criticar um sistema que existe e que atribui penalties e vitórias forjadas ao nosso maior adversário.
14. O Shadows desvaloriza o percurso porque só contam as taças levantadas. O Shadows já esqueceu os anos em que acabávamos a 20 pontos do primeiro e a 6 ou 7 do segundo e em que um qualquer Halmstad nos punha fora da Europa. O Shadows não explica há quantos anos não era o Benfica uma equipa de peito cheio e com ilusões legítimas de bater qualquer adversário.
15. Para o Shadows o Benfica nunca perde. Quem perde é o treinador.
Para o Shadows o treinador nunca ganha. Quem ganha são os jogadores.
16. Para o Shadows o Benfica só perde jogos que só por causa de Jesus perderia.
Para o Shadows o Benfica só ganha com Jorge Jesus, o que com qualquer outro treinador também ganharia.
17. Para o Shadows qualquer treinador seria campeão no Benfica com este plantel.
Para o Shadows este é um plantel formado por obra e graça do Espírito Santo, sem, claro, qualquer mérito nem dedo do treinador.
18. O Shadows critica o ordenado de Jorge Jesus.
O Shadows não diz que na primeira época de Jorge Jesus no Benfica, o seu ordenado era ao nível do que recebia no Braga. O Shadows não diz que no final dessa época, Jorge Jesus recebeu proposta de Pinto da Costa, um cheque em branco à espera que Jesus escrevesse o ordenado que queria receber. O Shadows não diz que Jorge Jesus escolheu, ainda assim, ficar no Benfica, e que naturalmente tinha de ser pago ao nível da proposta que recusara.
19. O Shadows é um otimista com todo o direito de acreditar que quem vier a seguir fará melhor.
Mas o Shadows ignora que um dia se vai escrever a história deste ciclo de Jorge Jesus no Benfica, e vai perceber aí, se calhar tarde demais, que há muito mais de positivo para realçar no trabalho do profeta, do que as noites infelizes ou os defeitos que seguramente também tem.
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